A grande novidade da Pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro – divulgada em maio por SNEL e Nielsen – era o fato de que as chamadas livrarias exclusivamente virtuais passaram a ser o principal canal de vendas de livros no país. Há pelo menos três anos, a Nielsen divulga um “paper” analisando os resultados. O deste ano, divulgado com exclusividade pelo PublishNews nesta terça-feira (29), aponta que essa mudança foi sim catalisada pelo período da pandemia, mas já havia se iniciado antes, com a crise das grandes redes de livrarias a partir de 2018. Até porque o salto – vertiginoso – se inicia com os números já de 2019, que apontavam um crescimento de 300% neste canal de vendas. Ou seja, em 2018, as livrarias exclusivamente virtuais representavam 3,4% do faturamento das editoras segundo a PeV. Em 2019, esse número era de 12,7%, e em 2020, 24,8%. “O período de pandemia tem forte impacto na indústria do livro e transforma a relação entre editoras e canais de distribuição, mas no caso brasileiro é interessante perceber que essa transformação já havia sido iniciada com a crise das duas maiores grandes redes de livrarias do país”, afirma o relatório. Clique no Leia mais para ler a matéria na íntegra.

Seguindo o ritmo de desaceleração visto no mês anterior, o 8º Painel do Varejo de Livros no Brasil – pesquisa realizada pela Nielsen Book e divulgada pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livro (SNEL) – apresenta o segundo pior desempenho do ano nas vendas e em volume. Mesmo com as diversas ações promocionais de varejistas realizadas entre 17 de julho e 13 de agosto, o desempenho do período ficou significativamente abaixo dos números registrados no ano anterior. Os 3,91 milhões de exemplares comercializados em 2023 ficaram distantes dos 4,36 milhões de livros vendidos em 2022, o que representa uma variação negativa de 10,13%. No faturamento não foi diferente, os R$ 181,56 milhões não foram suficientes para passar a marca de R$ 184,07 milhões deixadas no ano anterior, registrando uma variação negativa de 1,36%. O resultado positivo no 8º período é referente ao preço médio, que apresentou crescimento de 9,76% saindo de R$ 42,24 em 2022 para R$ 46,36 em 2023. Já o desconto médio teve uma leve queda de 1,06 p.p. A performance negativa do setor afetou também o desempenho acumulado do ano. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

A Câmara Brasileira do Livro (CBL) anunciou o escritor Pedro Bandeira como a Personalidade Literária da 65ª edição do Prêmio Jabuti. Reconhecido como um dos mais influentes autores da literatura infantojuvenil brasileira, Pedro recebe homenagem por sua contribuição para o mundo literário e seu compromisso em enriquecer a imaginação de leitores de todas as idades. Em 1972 teve suas primeiras histórias infantis publicadas em revistas da Editora Abril. A partir de 1983, se dedicou exclusivamente à escrita, marcando o início de uma jornada literária com a publicação do livro O dinossauro que fazia Au-Au. O ponto culminante de sua carreira veio em 1984, quando lançou A droga da obediência. A obra deu origem à sua série mais famosa, Os Karas. Conhecido por produzir obras que marcam o público jovem, com seu tom contestador e ousado, Pedro traz em seu texto traços de humor e poesia, onde ele é responsável pela construção afirmativa da identidade infantil. Além de ganhar o Prêmio Jabuti em 1986, com a obra O fantástico mistério de Feiurinha, Bandeira recebeu o Troféu APCA, o Prêmio Adolfo Aizen, o da Academia Brasileira de Letras e da União Brasileira de Escritores, além do reconhecimento pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Dessa vez quero fazer um texto um pouco diferente…não quero aqui falar de nenhum modelo de negócio, um tipo de conteúdo ou uma novidade da tecnologia. Acho importante refazer um combinado que a indústria já fez (ou fingiu fazer) alguns anos atrás... é sempre bom de tempos em tempos relembrarmos e refazermos os combinados. Nem todo conteúdo vai ser digital. Não é porque é digital que é melhor. O digital não exclui o físico, ele complementa e potencializa. Essas são três premissas para serem lembradas sempre. Quero aqui também dizer que não é porque trabalho com conteúdo digital, que eu vou defender o digital em qualquer situação, dizer que tudo precisa ser digital e que ele cabe em todos os contextos. Nem tudo é ou deveria ser digital. Existem momentos, faixas etárias e contextos onde o conteúdo oferecido em uma mídia física faz muito mais sentido e é muito melhor. Ou seja, não estou aqui pra defender o conteúdo digital a qualquer custo! O digital tem sim um valor imenso, principalmente em dois grandes pilares: distribuição e acesso. É inegável - quem nega faz por pura pirraça - que o digital ajuda a levar mais histórias, para mais lugares; de um jeito mais fácil, barato, rápido e prático. Clique no Leia mais para conferir a íntegra deste artigo.

O Troféu HQMIX – o Oscar dos quadrinhos brasileiros – divulgou a lista dos indicados e anunciou o troféu da sua 35ª edição. Este ano, a estatueta escolhida para homenagear um personagem nacional de HQ e seu criador é o Curupira, de Flavio Colin. Reconhecido como mestre dos quadrinhos de terror e ecológicos, Colin tem um traço em estilo único que marcou toda uma geração de leitores e autores que se inspiraram em sua obra. Morreu em agosto de 2002, mas nunca foi esquecido pela grande produção de quadrinhos que criou. A confecção da estatueta ficou a cargo do artista Bruno Braga, fundador do Instituto Impressão 3D, localizado no município de Jaboatão dos Guararapes – Pernambuco. Já a lista completa dos indicados ao 35 º Troféu HQMIX pode ser conferida clicando aqui. Na categoria Editora do Ano, concorrem: Brasa Editora, Comix Zone, Draco, Conrad, JBC, Mino, Pipoca & Nanquim, Skript Editora, Universo Guará e Veneta. A divulgação dos vencedores, após a votação nacional, será no mês de novembro. O evento volta a ser presencial no Sesc 24 de Maio, dia 6 de dezembro de 2023, às 19h, com a apresentação do padrinho do HQMIX, Serginho Groisman, e participação do DJ MZK. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

O grupo HarperCollins chega à Bienal do Livro Rio 2023 com novidades. Neste ano, a editora cristã do grupo, a Thomas Nelson Brasil, terá um estande próprio com 100m². O já tradicional estande da HarperCollins Brasil – que terá 250m² – vem com uma reprodução de Nárnia, fazendo referência a um de seus principais destaques na feira: os livros de C.S. Lewis da coleção As crônicas de Nárnia. Durante o evento, que ocorre entre os dias 1 e 10 de setembro, o grupo estará no espaço J13 do pavilhão azul. Já o estande da Thomas Nelson Brasil ficará no pavilhão verde, no espaço P32. O estande da HarperCollins também terá painéis que farão referência a outros dois grandes nomes do catálogo da editora: Agatha Christie e J.R.R. Tolkien. A editora criou um espaço dedicado aos fãs de Minecraft, um dos principais lançamentos do fim do ano, quando serão lançados os guias oficiais do jogo, além do Almanaque 2024. Para os fãs de romance, o estande terá um painel dedicado ao lançamento Amor às causas perdidas, da autora Paola Aleksandra, publicado pela Harlequin. Por fim, a HarperCollins também preparou um espaço dedicado aos livros de Abdi Nazemian, que vem ao Brasil pela primeira vez para participar da Bienal do Livro. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Na edição comemorativa de 40 anos da Bienal do Livro Rio, as editoras Citadel e Alta Books vão se unir para criar uma experiência imersiva no universo dos livros em um estande com mais de 200m², localizado na Rua O16 com a N17 (pavilhão Azul). Entre os autores com lançamento pela Citadel Grupo Editorial estão a romancista Mila Wander e a atriz Giulia Benite. Já a Alta Books terá autores espalhados pela programação oficial da Bienal. No espaço Palavra-Chave, a autora Paula Gicovate estará presente para uma sessão de autógrafos do livro Notas sobre a impermanência. Além disso, haverá um bate-papo sobre o amor no dia 3, às 17h. O Espaço Infantil receberá os títulos do selo Camaleão – obras infantojuvenis da Alta Books. Um dos painéis mediados será o da autora Bianca Santana, que apresentará seu livro Diálogos feministas antirracistas (e nada fáceis) com as crianças, no dia 10, às 12h. Outros autores de peso participarão dos dez dias de evento. Entre os escritores já confirmados estão André Vianco, Clóvis de Barros Filho, William Sanches, Carol Campos e Darla Sierra, Mateus Baldi e Maína Melo. Clique no Leia mais para conferir a programação das editoras.

A Antofágica vai participar pela primeira vez como expositora na Bienal do Livro Rio. A editora, fundada em 2019, fará a sua estreia na edição em que o evento comemora 40 anos. Um dos objetivos é levar novos leitores para os clássicos. Destaques do estande nesse sentido é a Nano – a coleção de livros de bolso lançada em março, comemorando os quatro anos da editora. Além dos seis títulos da coleção, a Nano contará com um espaço dedicado no estande. Segundo a casa, a coleção tem tido uma recepção muito positiva por parte dos leitores, principalmente com o público mais jovem. Ao todo, a editora vai para a Bienal um catálogo com cerca de 50 títulos. Durante o evento, esses títulos estarão com descontos a partir de 20%. Uma outra novidade é que a ação promocional também vai para o site (www.antofagica.com.br) entre os dias 1 a 10 de setembro – assim, quem não puder estar presencialmente na Bienal no Rio de Janeiro também poderá participar. O estande que inaugura a participação da editora é o P29, com 25m² e estará localizado no Pavilhão Verde, próximo do Café Literário e do SAC e ponto de encontro. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O Museu da Língua Portuguesa, de São Paulo, promove o curso Essa nossa canção em três encontros virtuais. Ministrados por José Miguel Wisnik, Luiz Tatit e Rafael Galante, as aulas vão abordar as relações entre língua e a canção brasileira. Gratuitos e sem necessidade de inscrição, são destinados a todos os públicos, principalmente professores e pesquisadores de assuntos ligados à canção popular brasileira – quem acompanhar a atividade receberá certificado de participação. As aulas serão apresentadas pelo YouTube do Museu nos dias 31 de agosto e 14 e 21 de setembro (às terças-feiras), das 19h30 às 21h30. O tema da primeira aula será a exposição temporária Essa nossa canção, em cartaz no Museu da Língua Portuguesa até março de 2024, que aborda o elo profundo entre o português e a canção popular brasileira. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Livraria Cabeceira (Praça Alfredo Weiszflog, 38, Vila Romana – São Paulo / SP) terá dois eventos sobre o tema rios brasileiros esta semana. O primeiro deles é a abertura da exposição fotográfica Canoar, nesta sexta (1º), às 18h. A exposição reúne seleção de fotos tiradas pelo biólogo Eduardo Carvalho nos mais de 15 anos viajando de canoa a remo pelos rios do Brasil. O projeto expográfico é do Estúdio Guega, e a curadoria é de Ana Carolina Ramos e Guega Rocha. O segundo evento é o lançamento do romance Guaporé, de Eurico Cabral, no sábado (2), às 16h. Publicado pela Record, o livro envereda pelo cotidiano do sertão mato-grossense, tendo o rio como testemunha de uma história familiar. Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

Amanda é a garota mais bonita e popular do colégio. Decidida e muito fiel às amigas, conquistou a duras penas uma reputação impecável desde o nono ano. Daniel é tímido e sensível, com um lado rebelde que nem sempre mantém sob controle. Sempre rodeado pelo grupinho de amigos marotos que vive causando confusão no colégio, não poderia ser menos popular. Quando a professora de artes determina que os dois precisam fazer um trabalho em dupla, Amanda e Daniel descobrem que são mais parecidos do que achavam. As coisas que eu não disse (Rocco, 416 pp, R$ 69,90), de Babi Dewet, traz uma história cheia de sentimentos não ditos que os dois compartilharam anos antes vem à tona, e tudo que pensavam sobre popularidade e a hierarquia social do colégio é posto à prova.

Lisa acabou de encontrar a última peça de seu quebra-cabeça, uma descoberta que permitiu a ela, pela primeira vez, encarar a si mesma sem se sentir uma incógnita. Agora ela sabe quem é e está feliz com isso. Mas as maiores aventuras de sua vida estão apenas começando… Para desempenhar seu papel neste recomeço, nossa protagonista precisará esconder o que sabe sobre a existência dos três mundos ao mesmo tempo que luta para promover a paz entre eles. Em meio a tantas responsabilidades em Entre 3 segredos (Gutenberg, 336 pp, R$ 59,80), Lisa ainda precisará aprender a conviver com sua nova família, que tem muito a lhe ensinar. E como a jornada de uma heroína nunca é fácil, e neste livro de Lavínia Rocha, a jovem vai encarar mais uma descoberta: a revelação de três segredos que prometem afetar toda a realidade que ela julgava conhecer. Será que Lisa está pronta para encarar tantas mudanças? Será que aqueles que estão ao seu lado permanecerão com ela até o fim? Descubra essas e outras respostas nesta eletrizante continuação de Entre 3 mundos!

Os sobrados antigos, o cemitério, o parque da Aclimação, o largo, ônibus elétricos, ruas de paralelepípedo e até mesmo bares onde nomes importantes da música brasileira costumavam bater ponto. Todos esses cenários do Cambuci fazem parte da trama do romance Um sorriso aprisionado (Kotter, 118 pp, R$ 49,70). O livro que coloca o Cambuci no mapa literário brasileiro traz a história de Ben, um pequeno traficante e aspirante a DJ, tenta se aproximar de Jane, uma garota mais velha, que trabalha no correio e nunca mostra o seu rosto por completo. A Covid não afeta apenas a aproximação de Ben e Jane. O narrador precisa ainda conviver com a recuperação de um amigo que está internado com o vírus, numa São Paulo praticamente paralisada pela pandemia; com as memórias de seu pai, falecido após ser infectado; e ainda com a polícia, que está em seu encalço. Narrado em primeira pessoa, o livro é, nas palavras do autor, uma história bem-humorada, mas um tanto amarga, que explora as implicações do vírus nas relações, e também traz à tona a solidão da velhice, religiosidade, subemprego, gentrificação e ativismo nas redes sociais.

Hunter nunca se imaginou como parte de uma boy band, muito menos como alguém que estamparia capas de revista e seria assunto recorrente dos tabloides. Mas agora ele é o único integrante abertamente gay da Kiss & Tell, a boy band mais famosa do mundo e que está prestes a embarcar em uma grande turnê pela América do Norte. Porém, quando detalhes da sua vida pessoal são vazados na internet e ele é forçado a se tornar um modelo gay perfeito a ser seguido, tudo desanda — seja em seu novo relacionamento, no papel que performa diante das câmeras ou, o mais importante, em quem o próprio Hunter quer ser. Do autor de Darius, o grande, não está nada bem (HarperCollins) Adib Khorram, Aconteceu naquela turnê (HarperCollins, 352 pp, R$ 59,90 – Trad.: Vitor Martins) é uma história divertida e comovente sobre os impactos de ter que ser o representante de toda uma comunidade, enquanto ainda está descobrindo quem realmente é.