Atualmente, Maria Amélia conta que trabalha por conta própria, criando projetos e sugerindo autores e livros para diversas editoras. "Costumo brincar que sou uma espécie de mascate, saio com minha valise de projetos e vou mostrando meu catálogo de ideias e novidades", comenta. "Não é fácil, como sabemos, mas não posso me queixar. Tenho emplacado projetos bem legais!"
Embora viva no Rio, ela estará em São Paulo na semana da premiação participando de alguns eventos. "Fico muito contente com a lembrança de meu nome, com a premiação", comenta. "É sempre um reconhecimento ao nosso trabalho, a todos que atuam no mercado editorial. Trabalho muitos anos na área cultural, é a minha vida toda, tenho meus amigos, os editados. E esta atividade me permitiu conhecer e conviver com pessoas criativas, escritores, jornalistas, designers, tradutores, entre tantos outros. Então, é um privilégio receber esta homenagem".
Maria Amélia Mello é jornalista carioca e executiva da indústria editorial. Formada pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) em Comunicação Social (1976), fez também diversos cursos de especialização, inclusive no exterior, em Cambrigde (Inglaterra) e Stanford (Estados Unidos). Participou de todas as grandes feiras internacionais do livro, como Frankfurt, Paris, Lisboa, Bolonha, e editou dezenas de livros que receberam prêmios, entre eles diversos Jabutis.
Sua primeira experiência profissional foi no jornal Tribuna da Imprensa, onde chegou a editar o “Suplemento Literário”. Depois, trabalhou com Ênio Silveira na editora Civilização Brasileira, onde criou o departamento de imprensa. Em 1980, criou e dirigiu o Centro de Cultura Alternativa, pioneiro projeto da RioArte – braço cultural da Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro – com objetivo de identificar, coletar e catalogar jornais, livros e revistas produzidos de maneira independente durante os anos de 1960 e 1970. O convite partiu do escritor e amigo Rubem Fonseca.
Em 1985, entrou para a editora José Olympio, trabalhando com autores como Antonio Callado, Aníbal Machado, Ariano Suassuna, Campos de Carvalho, Chico Buarque, Ferreira Gullar, José Lins do Rego, Marques Rebelo, Rachel de Queiroz, Ziraldo, José Cândido de Carvalho, Raul Bopp, sem mencionar uma imensa gama de escritores internacionais.
Após 30 anos na tradicional editora, transferiu-se, em 2015, para a Autêntica, onde coordenou projetos literários. Entre suas atividades, destacam-se a criação de livros e o desenvolvimento de projetos brasileiros e internacionais. Entre outros, a reunião inédita de grandes cronistas brasileiros no livro Os sabiás da crônica, lançado em 2021, finalista do prêmio Jabuti, o mais significativo do mercado editorial brasileiro.
Em 2022, saiu pela ComArte, selo editorial da Escola de Comunicações e Arte (ECA – USP), o volume Editando a Editora 10 – Maria Amélia Mello, uma longa entrevista abordando sua trajetória editorial. Criado em 1989, o projeto contempla edições especiais com os mais significativos editores brasileiros, e que, pela primeira vez, contará a trajetória profissional de uma mulher.
Ainda nos anos 1970, estreou ela mesma na literatura com Compasso de espera, livro de poemas. É autora do livro de contos Às oito, em ponto (1984, Prêmio Afonso Arinos da Academia Brasileira de Letras) e integra a antologia Os cem melhores contos brasileiros do século (2000).
O Prêmio PublishNews
Três categorias do Prêmio estão com as votações abertas ao público: Livraria Destaque e Livreiro do Ano (Prêmio Catavento) – votação aberta aqui. Categoria Inovação do Ano (Prêmio Skeelo) – votação aberta aqui. Categoria Profissional de Marketing e Vendas do ano – votação aberta aqui.
Já receberam o troféu de Contribuição ao Mercado Editorial em outros anos Carlo Carrenho, Paulo Rocco, Alfredo Weiszflog, Luiz Alves Jr., Karin Schindler e Julio Cesar Cruz e Roberto Novaes.
Em 2023, o Prêmio chega à sua 7ª edição, reconhecendo os livros mais vendidos do ano anterior e os profissionais por trás destes sucessos, bem como diversas outras contribuições ao mercado editorial brasileiro.