No começo dessa semana, eu li o que “xofens” fizeram nos EUA e me deu uma alegria tão grande que resolvi escrever sobre isso.
Para contextualizar: a galerinha do TikTok (se você não sabe o que é isso, dá um Google e tenta se atualizar, please!!) combinou de reservar centenas de milhares de ingressos do comício do Trump sem a menor intenção de comparecer. Com isso, eles esperavam esgotar o limite de entradas e deixar o estádio em Tulsa vazio.
De fato, dos 19 mil lugares, apenas 6,2 mil foram ocupados. Há controversas se os tiktokers foram os únicos responsáveis pelo esvaziamento, mas há aí uma galerinha engajada a quem devemos dedicar um pouco da nossa atenção.
Mas o que isso tem a ver com esta coluna? TUDO! A mobilização dos jovens através de uma plataforma digital é algo empolgante. E você acha que eles contaram para os pais? Não contaram! Um estadunidense deu uma entrevista dizendo que a filha chegou à noite perguntando se o plano deles tinha dado certo. Ela sabia há dias, ele ficou sabendo naquele momento.
A apropriação das ferramentas digitais não tem limites. Para o bem e para o mal: basta lembrar o caso da Cambridge Analytica ou das últimas eleições brasileiras em que redes sociais foram usadas para disseminação em massa de fake news.
Por isso, a discussão da ética nos meios digitais precisa fazer parte das salas de aula.
Daí vem a minha provocação: O que nós, do mercado de conteúdo, podemos tirar disso?
O que um governo teria em retorno (retorno significa benefícios para a população, porque um país NÃO É UMA EMPRESA) se estivesse investindo em letramento digital, expansão de redes de infraestrutura e hardware em vez de uma operação gigantesca de entrega de livro de papel que leva o ano letivo todo para completar a logística e quando chega no final nem todo mundo recebeu?
Escrevi e saí correndo!
Ps: ok ok, entendo que antes de tudo isso tem um abismo colossal social que temos que dar conta. Mas não pensar na tecnologia e no que ela pode nos ajudar nesta luta é um erro.
Camila Cabete (@camilacabete no Twitter e instagram) tem formação clássica em História e foi responsável pelo setor editorial de uma editora técnica por alguns anos. Entrou de cabeça no mundo digital (em 2009) ao se tornar responsável pelos setores editorial e comercial da primeira livraria digital do Brasil, além de ter feito pós-venda e suporte às editoras e livrarias da primeira distribuidora de conteúdo digital do Brasil. Hoje é a senior country manager da Kobo Brasil e é a podcaster e idealizadora do Disfarces Podcast.
** Os textos trazidos nessa coluna não refletem, necessariamente, a opinião do PublishNews.
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