Parece que foi ontem que comecei aqui na PublishNews escrevendo sobre metadados como se fosse a última cocada do pacote. Me sentindo a moderna, ninguém sabia o que era e como funcionava e não faziam ideia também de como isso impactaria, em um futuro muito próximo, os algoritmos que levariam o leitor aos livros que se publicava. Parece que foi ontem, não... foi ontem!
Foi ontem que falamos sobre formatos de e-books, audiobooks e tudo o de mais "disruptivo" que chegava em nosso mercado tão tradicional e tão querido.
E lá se vão 12 anos? Ontem! Gente, 12 anos atrás foi ontem. Mas no mundo de tecnologia, 12 anos foi em outro milênio, essa é a sensação. Para quem trabalha com tecnologia e está sempre com a cabeça no amanhã, 12 anos é um piscar de olhos.
Abri os olhos e estamos na era do chat GPT....aquele chat que faz tudo, responde tudo e ajuda a compor rimas, escrever novelas e muito mais. Aquela indignação dos tradicionalistas e dos desconhecedores, que no fundo só estão com medo. Quando isso bate em educação... é um outro alvoroço.
Dizem que quando a gente fica velha a gente conta muita historinha... então me deixa fazer jus a minha idade (44 de corpo, 220 de mente): nos idos anos 2000, quando comecei a dar aulas de História, eu causei uma polêmica enorme porque um dos trabalhos que valia nota poderia ser entregue em disquete (Geração Z, procurem no chat GPT o significado de disquete). Foi um escândalo! Os professores reclamando que se isso virasse moda eles teriam que corrigir os trabalhos no computador... Pois é... imagine se eles soubessem que alguns alunos me entregaram por e-mail!!
Esta coluna é uma ode aos avanços tecnológicos e um pedido de que antes que comece a lutar contra, se aprofunde um tiquinho.
Num mercado tradicional, ainda discutindo coisas tão básicas (tipo pagamento e calote de grandes redes de livrarias), às vezes a gente deixa uma baita oportunidade passar. As escolas nos EUA estão tentando abolir o chat GPT como a escola que eu trabalhei tentou abolir o trabalho digital. Não vão conseguir. Em vez disso deveriam estar estudando a ética, filosofia integrada ao próprio chat, ensinando os alunos a extraírem o que esta inteligência artificial têm de mais poderoso. Isso nada mais é do que a democratização do conhecimento (?). Ou não?!
Cada vez mais a leitura e interpretação de texto se farão necessárias. Você consegue uma resposta, e aí? É um facilitador, e aí? Para se conseguir uma resposta você precisa de uma linha de raciocínio, um briefing, uma linha de pensamento.
E sim, profissões vão acabar, sempre acabaram. Objetivos e direcionamentos de empresas sempre mudaram. Num ritmo mais lento, mas sempre aconteceu. Resistir é perda de tempo.
Dizem as várias bocas do Google, que já há outra disrupção para acontecer, e está ligada ao nosso cringe gmail de todo dia. O que poderá ser?
Camila Cabete (@camilacabete no Twitter e Instagram) tem formação clássica em História. Foi pioneira no mercado editorial digital no Brasil. É a nova Head de Conteúdo da Árvore e a podcaster e idealizadora do Disfarces Podcast.
camila.cabete@gmail.com (Cringe!)
** Os textos trazidos nessa coluna não refletem, necessariamente, a opinião do PublishNews.
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