É desesperador para qualquer geração X ou millennial. A sensação de estar sendo deixado para trás é concreta, dolorosa — e, sim, digna de ansiolítico.
A não ser que você abrace o caos.
Sim, o bom e velho “tá no inferno, abraça o capeta” (perdão aos mais religiosos, mas esse ditado me parece perfeito para os tempos atuais).
Abraçar o caos aqui é se informar. É buscar o mínimo letramento no assunto pra conseguir, humanamente, acompanhar o que aparece de novo TODO SANTO DIA. E é exatamente por isso que eu acho que vale a pena fazer um curso — mesmo que ele já esteja defasado no segundo dia. Ele serve como pontapé inicial (sem fim) pra você se sentir minimamente letrado e começar a navegar nesse mar. Parece desesperador, eu sei. Mas, no fim, talvez você nem precise do ansiolítico (pelo menos não por causa disso).
Eu resisti muito a convites de instituições e empresas queridas pra montar um curso sobre o tema. Me acovardei, confesso. Sem culpa, só reconhecendo a insignificância de quem ainda estava (e está) aprendendo. Pensava: "o que eu poderia ensinar se eu mesma tô tentando entender tudo isso?". Ainda bem que colegas mais corajosos toparam o desafio.
Porque sim, vale a pena. Nem que seja só para se letrar, colocar o pé na água, testar uma plataforma ou ferramenta que ajude a desbravar. Qualquer passo é melhor do que se fechar na negação ou ficar girando em círculos de demonização do novo.
A conversa sobre AI precisa ser ampla e infinita. E a discussão tem que ir além da técnica: precisa ser ética, política, regulatória. Porque o uso? Ah, o uso... já começou. Já é. Já está acontecendo.
Quer você queira ou não.
Seja pra revisar o inglês de um e-mail ou pra processar mil informações em segundos — AI é a nova tela em branco de qualquer profissional.
Camila Cabete (@camilacabete no Twitter e Instagram) tem formação clássica em História. Foi pioneira no mercado editorial digital no Brasil. É a nova Head de Conteúdo da Árvore e a podcaster e idealizadora do Disfarces Podcast.
camila.cabete@gmail.com (Cringe!)
** Os textos trazidos nessa coluna não refletem, necessariamente, a opinião do PublishNews.
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