O juiz da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do TJ-SP, Ralpho Waldo De Barros Monteiro Filho, decretou nesta quinta-feira (9) a falência da Livraria Cultura. Ele afirmou que o grupo não teve êxito em superar a crise que se arrasta, pelo menos, desde 2014. No plano de recuperação judicial inicial, a Cultura apresentava dívidas que chegavam a R$285 milhões. O CEO da Cultura, Sérgio Herz, disse ao PublishNews que vai analisar a decisão. "Mas pretendemos recorrer pois entendemos que há outras soluções mais apropriadas à empresa hoje, buscando sua recuperação, que não a falência", escreveu em uma mensagem. O juiz destacou na sentença que em mais de uma ocasião a empresa deixou de prestar as informações necessárias para comprovar o cumprimento do plano de recuperação judicial. Também foram citados créditos trabalhistas que deveriam ter sido quitados até junho de 2021 e não o foram. A sentença prevê a venda de bens móveis e imóveis, o bloqueio de ativos financeiros, veículos e imóveis em prazos entre 30 e 60 dias. Quem vai tocar o processo de falência é a Laspro Consultores. O novo administrador tem 10 dias para apresentar a relação nominal de credores, descontando eventuais valores pagos ao tempo da recuperação judicial. Em nota via assessoria de imprensa, a Cultura informou que recebeu a notícia com grande surpresa. "As operações das duas lojas físicas (Conjunto Nacional em São Paulo, e Bourbon Shopping Country em Porto Alegre), site e demais canais mantém-se normalmente em funcionamento", comentou. Clique no Leia mais para ler a matéria na íntegra.

Com a notícia da falência da Livraria Cultura, decretada por um juiz da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do TJ-SP nesta quinta-feira (9), o PublishNews procurou entender a repercussão do assunto com o mercado editorial. Antes de terem suas recuperações judiciais decretadas em 2018, as livrarias Saraiva e Cultura chegaram a ser responsáveis por 40% do varejo de livros no Brasil e nos últimos anos, o mercado teve que aprender a lidar com uma reestruturação desse elo da cadeia. Essa mudança foi citada em nota enviada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), que lamentou a notícia da falência da rede, “um dos ícones do varejo de livros no Brasil por décadas”. “As livrarias são fundamentais para um mercado saudável e sustentável. A diversidade de pontos de venda contribui para um mercado mais estabilizado e promove o acesso ao livro”, comentou Vítor Tavares, presidente da CBL. A Associação Nacional de Livrarias (ANL) preferiu ainda não comentar a decisão. A Cultura marcou a vida de milhares de leitores e profissionais do livro, fato lembrado por Gerson Ramos, diretor comercial da editora Planeta. "Um dos ônus de ser profissional no mercado de livros é o de precisar separar a emoção e a paixão que temos pelas obras dos autores e das livrarias para conseguir manter foco na obtenção dos resultados necessários para mantermos nossas empresas saudáveis", disse ao PublishNews. "Fortalecer a cadeia produtiva do livro, respeitando a atuação de cada um dos agentes (Livraria/Distribuidor/Editora), é mais importante do que nunca". Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta matéria.

Com o anúncio da decisão que decretou a falência da Livraria Cultura, nas redes sociais os internautas misturaram tristeza e nostalgia, com a maioria dos leitores lamentando a situação e se perguntando como as lojas ficarão no futuro. Entretanto, vários usuários denunciaram as ações da Cultura nos últimos anos. Além dos inúmeros processos trabalhistas, com falta de pagamento e denúncias de tratamentos abusivos no local de trabalho, há também um questionamento de como será o futuro das editoras que fizeram negócios com a livraria. Além dessas reações, vários comentários no post do PublishNews no Instagram deram tom à tristeza dos leitores. As lembranças dos bons momentos e memórias foi o que prevaleceu na fala dos usuários, mas os comentários de livreiros e profissionais do mercado também não podem ser excluídos. Grande parte dos trabalhadores continuam sem notícias de seus direitos e, para as editoras, resta esperar como as decisões judiciais vão impactar em seus planos. Clique no Leia Mais para conferir as repercussões nas redes.

Mesmo com a notícia da falência da Livraria Cultura, a Citadel Editora vai inaugurar neste sábado (11), a partir das 10h, na Cultura do Conjunto Nacional (Av. Paulista, 2.073 – São Paulo / SP), uma área exclusiva, em parceria com a Alta Books. Desde dezembro, a editora de Mais esperto que o diabo (Napoleon Hill) prepara um espaço na loja com cerca de 60 m² com estantes e prateleiras e que vai reunir mais de mil livros das duas editoras. O local conta ainda com espaço para sessão de autógrafos e outros eventos de lançamentos. “Iremos ficar até o último momento na Cultura”, acrescenta Marcial Conte Jr., editor-chefe da editora, levando em conta as últimas notícias sobre a rede da família Herz. Ele acrescenta ainda que o trabalho da casa editorial é tentar ajudar no que for possível todas as livrarias, sejam elas físicas ou virtuais. "Esperamos que os leitores utilizem e aproveitem ao máximo essa área que construímos com tanto carinho”, enfatiza André Fonseca, editor sênior da Citadel. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Em uma semana sem grandes mudanças no topo da Lista de Mais Vendidos do PublishNews, um dos destaques é o Grupo Editorial Alta Books, que emplacou quatro títulos novos nas listas, e ainda incluiu pela primeira vez um livro do selo Alta Geek, dedicado aos quadrinhos. O livro é Blade Runner – Origens – Vol. 1, escrito por K.Perkins e Mellow Brow, e pelo veterano Mike Johnson. A HQ se passa 10 anos antes do aclamado filme de Ridley Scott. Na categoria Autoajuda, a Alta Life incluiu o livro A arte do impossível, de Steven Kotler. A editora descreve o livro como "um manual prático para pessoas não práticas", para quem tem objetivos pouco adequados à sua própria situação. Em Não ficção, o mesmo selo emplacou dois novos títulos: Nunca é o suficiente, de Judith Grisel, e Minha vida por inteiro, de Indra Nooyi. Um livro que promete crescer e permanecer na Lista em 2023, e que nesta semana aparece pela primeira vez, é Você pode tudo (Companhia Editora Nacional), de José Carlos Semenzato. Em 2º na categoria Não ficção e estreando em 4º lugar na Lista geral, o livro é um relato do empresário, que começou sua trajetória como vendedor de coxinhas, mais tarde fundou a SMZTO, holding de investimentos em franquias, e atualmente é também jurado no reality show Shark Tank Brasil. Com os novos livros, o Grupo Editorial Alta Books alcançou o 5º lugar entre as editoras no ranking, com sete livros no total. À sua frente, estão Intrínseca (9), Sextante (13), Grupo Editorial Record e Grupo Companhia das Letras, cada um com 15 livros cada. Clique no Leia mais para ler a matéria na íntegra.

Em destaque na Folha, os números que apontam que a série Harry Potter chegou a mais de 600 milhões de cópias vendidas em todo mundo, se tornando a mais comercializada da história. Com 25 anos de história, a saga de sete volumes também entra no mundo dos games, com seu novo RPG Hogwarts Legacy. O Estadão destacou o possível sucesso do jogo, já aguardado por todos os leitores e fãs da série. Já O Globo destacou que o game terá uma personagem trans, Sirona Ryan, que é proprietária do pub Três Vassouras em Hogsmeade Village. O destaque dessa notícia vem por conta da polêmica envolvendo comentários desagradáveis de J.K Rowling, autora da saga, em relação à população LGBTQIA+. Tanto a Folha quanto o Estadão publicaram matérias sobre Salman Rushdie, autor que foi atacado com uma faca em um evento em agosto de 2022. Ele deu sua primeira entrevista depois do atentado, em conversa com a The New Yorker. O escritor peruano Vargas Llosa se tornou o primeiro autor que não escreve em francês a tomar posse na Academia de Letras da França. Em seu discurso de posse, ele criticou Putin e exaltou a democracia. “O romance salvará a democracia ou afundará com ela e desaparecerá”, disse o ganhador do Prêmio Nobel de Literatura em 2010, de 86 anos. Clique no Leia mais e confira a notícia na íntegra.

A HarperCollins EUA chegou a um acordo provisório com o sindicato dos seus funcionários, que estão em greve há cerca de três meses, reivindicando melhores salários e condições de trabalho. O acordo foi aceito por representantes do sindicato e pela empresa, mediado pelo governo americano, e inclui aumentos no salário de entrada de diversas categorias, bem como um bônus de US$ 1,5 mil para membros do sindicato – se o acordo for aceito em assembleia. A HarperCollins havia solicitado um mediador do governo federal no fim de janeiro para tentar avançar nas negociações. Os salários iniciais passariam a ser de US$ 50 mil por ano. Outras editoras praticam valores semelhantes nos EUA – a Hachette e a Macmillan pagam US$ 47,5 mil por ano, segundo o Publishers Marketplace. O trato ainda depende da aprovação dos membros do sindicato, e se for aprovado, valerá até dezembro de 2023. Mais de 200 funcionários dos times editorial, de vendas, comunicação, design, jurídico e marketing da HarperCollins estavam em greve desde o dia 10 de novembro de 2022. Clique no Leia mais para ler a matéria completa.

O curso Projeto e Produção Editorial com a professora Sandra Espilotro abriu suas inscrições em pré-venda, que vai até a próxima segunda-feira (13). O curso acontecerá nos dias 15, 20, 22, 27, 29 de março, 3 e 5 de abril de 2023 das 19:00 às 22:00. Serão 20 horas de vivência com a professora e interação com os demais participantes. Para se inscrever, clique aqui. As aulas têm como objetivo oferecer o conhecimento necessário para que o participante compreenda o que é e como é possível escolher e montar um Projeto Editorial na prática - o que contempla; sua importância como primeiro passo no desenvolvimento de uma nova editora, ou no reposicionamento de uma pré-existente; sua criação e uso como bússola de cumprimento de metas ou de mudança de rumos; como preparatório para o estabelecimento da produção editorial; cases de sucesso. Clique no Leia mais e confira a nota na íntegra.

Um quarto escuro pode ser muito assustador para uma criança sozinha. Mas se ela tiver companhia, ainda que minúscula, fica mais fácil lidar com o medo. Essa é a história do pequeno Arthur, que, logo depois da mamãe desligar o abajur, ficou muito assustado. A sorte dele foi que — sem demora — sentiu passinhos em seu braço e assim conheceu Quibe, uma formiga que estava por ali em busca das migalhas de biscoito. Mais sortudo ainda, Arthur convenceu Quibe a fazer companhia para ele e — quem sabe? — lhe contar histórias. E ela, uma formiga corajosa, tinha as melhores histórias de aventura. Essa é a história de Quibe, a formiga corajosa (Companhia das Letrinhas, 32 pp, R$ 49,90 - Ilustração: Juliana Eigner), o livro de estreia na literatura infantil da escritora, roteirista, influencer e podcaster Camila Fremder, que encabeçou projetos de sucesso como o Calcinha Larga e apresenta o É nóia minha?. Inspirada na experiência do filho da autora, Arthur, de cinco anos, a história acompanha diversos momentos desafiadores do cotidiano do menino e as peripécias de Quibe, que enchem o pequeno de coragem para lidar com seus medos.

Sabia que existia uma cidade onde todos só podiam ter o mesmo formato, cor e tamanho? Até que um dia, um círculo vermelho ficou incomodado por precisar viver dentro de uma forma e mudar de cor todos os dias para ser aceito. Então, ele decidiu tomar uma atitude: revelar a todos quem verdadeiramente era. Sua atitude foi um grande desafio, mas foi transformadora e libertadora para a sua cidade. Venha descobrir o que ele fez. Embarque nesta história sobre a diversidade com o novo livro Qual a sua forma (Ases da Literatura, 25 pp, R$ 39,90). A autora Liliane Mesquita é escritora de literatura infantil e infantojuvenil. Seus livros falam sobre respeito a diversidade, seu site pode ser consultado aqui.

Era uma vez uma menina que seguia pela floresta a caminho da casa de sua vovozinha. Na mata havia um lobo, que a tudo assistia. Você conhece essa história, não é mesmo? Mas nem tudo ocorreu como se imagina... Em Pra que essa boca tão grande? (Panda Books, 44 pp, R$ 46,90), releitura do clássico conto da Chapeuzinho Vermelho, são reveladas cenas inéditas do encontro da menina com o lobo. A obra foi escrita por Tino Freitas e ilustrada por Raquel Matsushita e neste sábado (11), às 15h, ambos estarão na Livraria NoveSete (Rua França Pinto, 97 – São Paulo / SP) para um bate-papo e sessão de autógrafos.

Qual criança nunca desejou ser grande? Só para poder comer doces à vontade e sem pedir permissão, ir para a escola sozinho e assistir desenhos animados sem limite de tempo. Ou, talvez, para virar um super-herói, morar numa cabana no meio de uma floresta e viajar para Marte. Com textos e ilustrações bem humoradas, Um dia (VR, 32 pp, R$ 59,90 - Trad.: Fabrício Valério) revela momentos da vida de uma criança em que o desejo de autonomia entra em conflito com as limitações impostas pelos adultos. Com um final emocionante, a obra propõe uma reflexão sobre os desafios e responsabilidades do crescimento, tanto para os pequenos quanto para pais e mães. Guillaume Guéraud é um autor francês de livros infantis.