O acordo foi aceito por representantes do sindicato e pela empresa, mediado pelo governo americano, e inclui aumentos no salário de entrada de diversas categorias, bem como um bônus de US$ 1,5 mil para membros do sindicato – se o acordo for aceito em assembleia.
A HarperCollins havia solicitado um mediador do governo federal no fim de janeiro para tentar avançar nas negociações. Os salários iniciais passariam a ser de US$ 50 mil por ano. Outras editoras praticam valores semelhantes nos EUA – a Hachette e a Macmillan pagam US$ 47,5 mil por ano, segundo o Publishers Marketplace.
O trato ainda depende da aprovação dos membros do sindicato, e se for aprovado, valerá até dezembro de 2023. Mais de 200 funcionários dos times editorial, de vendas, comunicação, design, jurídico e marketing da HarperCollins estavam em greve desde o dia 10 de novembro de 2022.
A HarperCollins, subsidiária do grupo News Corp, é uma das cinco maiores editoras dos Estados Unidos e emprega cerca de 4 mil pessoas globalmente. A greve não teve impacto significativo na produção, mas gerou um problema de relações públicas para a companhia.
A News Corp havia anunciado os seus resultados na quinta-feira (9), com más notícias para a editora, cujas receitas caíram 14% no último trimestre comparadas às do ano anterior. Em um comunicado em janeiro, o CEO da HarperCollins, Brian Murray, havia informado que a empresa diminuiria sua força de trabalho nos EUA em 5% antes do fim do ano.