Dave Grohl é um homem multitalento. Ex-baterista do Nirvana e fundador do Foo Fighters, é cantor, multi-instrumentista, compositor, ator – ainda em fevereiro estreia o filme Studio 666, protagonizado por ele e sua banda – e também autor. Em janeiro chegou ao Brasil a sua autobiografia O contador de histórias, lançada por aqui pela Intrínseca. Agora, a obra chega também à Lista dos Livros Mais Vendidos do PublishNews ao vender 248 exemplares e alcançar a 17ª posição em Não Ficção. No livro, o vocalista e guitarrista do Foo Fighters compartilha, em um retrato honesto, as memórias da sua vida particular e da sua carreira. Nas mais de 400 páginas, Dave revela casos de backstage, fala sobre encontros com outros astros e compartilha reflexões sobre o ofício de ser músico. Episódios como uma parceria de poucas horas com Iggy Pop e os anos em que foi baterista do Nirvana – banda que, segundo ele, tinha uma “dinâmica disfuncional e esquisita” – também estão na obra. Nessa semana, a lista apresentou um aumento de 8% nas vendas, em relação a semana passada, sendo a categoria de Negócios, a que mais cresceu, com 33%. Infantojuvenil (9%) e Ficção (7%) também ficaram no positivo. Enquanto Não Ficção e Autoajuda apresentaram queda de 8% e 2%, respectivamente.E além de O contador de histórias, a lista também deu as boas-vindas a outras quatro obras. Clique no Leia Mais para conferir a íntegra desta nota.

Economista e professor, Eduardo Giannetti é um autor vencedor de dois prêmios Jabuti e que se caracteriza pela capacidade de transformar assuntos áridos em leituras agradáveis, acessíveis a vários tipos de público. Seu livro mais recente, O anel de Giges, fala de ética por uma proposta quase lúdica, trabalhando com a hipótese fantasiosa de como as pessoas agiriam se tivessem o dom da invisibilidade. Eleito no ano passado para a Academia Brasileira de Letras (ABL), Giannetti será o entrevistado do próximo Sabatina PublishNews, programa mensal que já recebeu nomes como Luiza Helena Trajano, presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza; Marcus Teles, diretor da Livraria Leitura; Marcos da Veiga Pereira, ex-presidente do SNEL, Marcos Guedes, ex-CEO da Saraiva; Luiz Schwarcz, CEO da Companhia das Letras; e Lucia Riff, fundadora da Agência Riff. O programa será transmitido na terça-feira (22), às 17h30. Na próxima semana, o PN divulga os nomes que farão parte da bancada.

Temos um episódio extra no podcast do PublisNews essa semana. Nesse bônus, a nossa equipe conversou com Gorki Starlin, CEO da Alta Books, uma das editoras com maior crescimento no mercado editorial nos últimos anos. Gorki começou como um autor e algum tempo depois, decidiu empreender. Assim, criou a Alta Books, uma editora de livros técnicos e de tecnologia, um nicho muito importante no mercado editorial duas décadas atrás. Da vontade de fazer a editora crescer e da percepção de que o mercado estava caminhando para outra direção, começou um plano para expandir a Alta. Primeiro, adquiriu a coleção Para leigos (For Dummies) no Brasil e começou a diversificar o catálogo, se tornando uma editora mais abrangente e publicando obras de não ficção, autoajuda, negócios, finanças, guias de viagem e gastronomia entre tantos outros. E todo o esforço deu certo: em dois anos de pandemia, a Alta Books cresceu 54%, resultado similar aos da crise de 2018, quando as redes Saraiva e Cultura entraram em recuperação judicial. Em 2022 esta expansão continua. Apostar contra o óbvio, contratar novos profissionais, novos títulos e novos selos e continuar investindo são algumas das estratégias usadas por Gorki e sua equipe. Clique no Leia Mais para conferir a íntegra desta nota e ouvir o episódio.

A situação da Livraria Nobel de Petrópolis, depois dos deslizamentos de encostas e enchentes provocadas pela forte chuva na cidade, está gerando solidariedade. Editoras estão se reunindo para compor uma força-tarefa com intenção de ajudar a livraria. A meta é doar exemplares, para que a loja recupere pelo menos parte de seu estoque. Fotos feitas pela proprietária da livraria deixaram exposta na internet a condição de perda total. São pilhas e pilhas de livros sujos e molhados na calçada em frente à loja, que fica na movimentada Rua 16 de março, ponto de comércio na cidade serrana que se transformou em um rio de lama na tragédia que já ultrapassou uma centena de mortos, com outro tanto de pessoas desaparecidas. Várias editoras já aderiram à ação, como Citadel, Companhia das Letras, HarperCollins Brasil, Gente, Astral e Todavia. O número de participantes segue crescendo. Para efetuar a doação, as editoras devem enviar os exemplares para a Catavento Distribuidora de Livros, que irá centralizar o envio. O local de entrega é na rua Conselheiro Ramalho, 928, Bela Vista, São Paulo, CEP 01325-000. A nota fiscal deve ser feita para Madeira & Filhos, classificando a operação como “doação” ou “bonificação”.

O integrante da Academia Brasileira de Letras, advogado, professor e escritor Cândido Mendes de Almeida morreu na tarde da quinta-feira (17). Tinha 93 anos e estava internado no Rio de Janeiro, com quadro de embolia pulmonar. Com passagens como professor na PUC do Rio e na Fundação Getúlio Vargas, além de ter dado aulas em instituições renomadas como Columbia, Harvard e Stanford, ele era reitor da Universidade Candido Mendes. Quinto ocupante da cadeira número 35 da ABL, escreveu obras relevantes, como Nacionalismo e desenvolvimento (1962), O país da paciência (2000) e Subcultura e mudança: por que me envergonho do meu país (2010). Nas redes sociais, escritores e educadores elogiaram seu trabalho, dedicado à defesa da educação. A escritora Nélida Piñon afirmou que Cândido Mendes "tinha uma vocação para interpretar o Brasil, com grandes vínculos com os centros nevrálgicos da sabedoria e da cultura", destacando seu colega de ABL como ativo colaborador na ajuda a exilados brasileiros na ditadura militar Também sociólogo, filósofo e cientista político, Cândido Mendes deixa viúva Margareth Dalcomo, pneumologista e pesquisadora da Fiocruz, além de quatro filhos e cinco netos.

Nos anos 1990, o então adolescente Simon Gärdenfors recebeu um telefonema. Foi avisado que seu melhor amigo, Kalle, teve morte fulminante após contrair meningite. Hoje ele é cantor de rap e humorista de stand-up de sucesso na Suécia, e também um dos quadrinistas aclamados da nova geração. Gärdenfors transformou seu processo de luto em uma HQ de poucas cores, traço de formas arredondadas que beira o livro infantil e uma visão sobre a amizade que pretende ser comovente e também divertida. Meu amigo morto (Todavia, 176 pp, R$ 74,90, – Trad.: Guilherme da Silva Braga) oferece mais do que uma narrativa de luto. Fala dos ritos de passagem da adolescência, das descobertas sexuais e, principalmente, da estrutura nada simples de uma forte amizade. O foco está mesmo nas relações humanas, dando muita atenção ao apoio que o jovem Simon presta à mãe de Kalle. O autor consegue montar a narrativa como uma celebração do que a vida tem de melhor, mesmo que seja algo efêmero.

Os fãs da animação Avatar: a lenda de Aang poderão voltar ao universo da série com Avatar: a lenda de Aang – A promessa (Intrínseca, 232 pp, R$ 49,90 – Trad.: Ulisses Teixeira), história em quadrinhos que traz pela primeira vez ao Brasil a trilogia completa. No quadrinho, os leitores acompanham a jornada de Aang, Katara e Sokka depois que a paz é restabelecida entre as quatro nações. Após Zuko se tornar Senhor do Fogo, ele promete ajudar Aang em seu projeto de realocar os moradores de uma colônia da Nação do Fogo localizada no Reino da Terra. Porém, o plano não funciona como esperado, e os dois povos ameaçam entrar em guerra a qualquer momento. Aang e seus amigos precisam correr contra o tempo para impedir que o mundo entre em conflito novamente, e que sua amizade com Zuko seja destruída por uma terrível promessa. Escrito pelo vencedor do Eisner e indicado ao National Book Award Gene Luen Yang, o quadrinho contou com a colaboração dos criadores de Avatar, Bryan Konietzko e Michael Dante DiMartino.

Anos após o público brasileiro conhecer o premiadíssimo Jimmy Corrigan: o menino mais esperto do mundo, agora o mais recente trabalho do inovador quadrinista americano Chris Ware chega às lojas. Rusty Brown (Quadrinhos na Cia, 356 pp, R$ 92,90 – Trad.: Caetano W. Galindo) é um romance gráfico em que as narrativas fragmentadas compartilhadas pelos personagens pretendem ser fluidas, como passagens pela memória. São quatro histórias, porém interligadas a ponto de necessitarem umas das outras para transmitir entendimento ao leitor. Numa escola, nos anos 1970, Rusty é mais um adolescente desajustado, sem achar seu lugar no mundo. No passado, surge o personagem mais poderoso do livro, Woody, pai de Rusty, que tenta lidar com interesses amorosos e seu grande desejo de ser autor de ficção científica. As outras duas narrativas voltam para a escola de Rusty, destacando o valentão da turma, Jordan Lint, terror de todos os colegas, e a professora negra Joanne Cole, outra personagem desajustada, sofrendo muita pressão numa escola predominantemente branca. O que faz a diferença é o traço ímpar de Ware, que não se parece com nada no mercado e dá personalidade única a essa história de cotidianos.

James e Alyssa são um casal de jovens que vivem o que parece ser uma adolescência comum, com medo da vida adulta que está por vir. A história é contada do ponto de vista dos dois personagens, intercalando as vozes nos capítulos. Mas logo o leitor percebe que tem algo de errado: a sociopatia de James ameaça o futuro de ambos. Alyssa, apaixonada, ignora o comportamento do namorado, mas até quando? O fim da porra toda (Conrad, 176 pp, R$ 49,90 – Trad.: Dandara Palankof) que deu origem à série de sucesso na Netflix (The end of the f***ing world) reúne em volume único todos os momentos icônicos que foram apresentados nas telas. A história foi criada pelo cartunista americano Charles Forsman, em 2008, e basicamente aborda a rotina esse casal de adolescentes entediados, com conflitos existenciais, que começam a cometer crimes como uma forma de dar sentido à vida.