Pois bem... se manteve. A Nielsen e o SNEL acabam de publicar o sétimo Painel, referente ao período que vai de 17 de junho a 14 de julho. O que se viu foi a venda de 2,93 milhões de exemplares e faturamento de R$ 112,1 milhões, o que representa uma alta de 4,34% e 2,67% (não considerando aqui a inflação no período), respectivamente, ante os 2,81 milhões de livros vendidos e a receita de R$ 109,2 milhões do mesmo intervalo de 2018.
No acumulado do ano, no entanto, as vendas permanecem no vermelho. Em volume, foram vendidos de janeiro até agora 21 milhões de cópias, queda de 12,82% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram vendidas 24,2 milhões. Em faturamento, o varejo monitorado pela Nielsen apurou até agora R$ 937,7 milhões, cifra 12,75% menor do que a apurado de janeiro a julho de 2018.
Aqui vale uma lembrança. A apuração do sétimo Painel de 2018, que serve de base de comparação com este agora, foi feita concomitante com a realização da Copa do Mundo, que tradicionalmente ajuda a despencar as vendas do varejo como um todo. E mais, o mercado vinha da ressaca da greve dos caminhoneiros, deflagrada no mês anterior. Os dois períodos de 2018 – o sexto, marcado pela greve, e o sétimo, pela Copa – interromperam um ciclo de bonança iniciado em fevereiro de 2017 e no qual o varejo crescia acima da inflação. Tudo isso para lembrar que há um crescimento sobre uma base que não era das melhores. É um alívio, mas não motivo de grandes comemorações.
A despeito disso, a Nielsen fala em otimismo. “Apesar das perdas expressivas no Painel no acumulado do ano, os números de quedas vêm diminuído e temos observado um otimismo progressivo do setor. Isso aumenta as chances de o mercado apresentar recuperação e fechar o ano de 2019 positivamente”, comentou Ismael Borges, gestor da divisão de Bookscan, a ferramenta da Nielsen que monitora o varejo de livros no Brasil.
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