Em janeiro, o PublishNews adiantou que a Livraria da Travessa preparava uma nova unidade no Shopping Iguatemi (Av. Brigadeiro Faria Lima, 2232), prevista para julho. Cumprindo o prazo previsto, a nova loja da rede comandada por Rui Campos abriu as portas no último sábado (30) com 330 m² distribuídos entre dois andares e trazendo ao público o melhor da sua já tradicional identidade visual, assinada por Bel Lobo. Na época, em conversa com o PN, Rui contou que a terceira unidade da rede em São Paulo teria o conceito de “loja vitrine”, “com uma ideia mais de sedução e com uma seleção bem apurada". Agora, ele complementa: "O objetivo da loja vitrine é ser um ambiente atrativo, que seduz o visitante e proporciona o encontro do livro com o leitor. Oferecemos uma seleção bem apurada, em um ambiente aconchegante e acolhedor e que desenvolvemos especialmente para o Iguatemi São Paulo”. Mantendo o seu diferencial pautado no que Rui chama de "três As" – Arquitetura, Acervo e Atendimento – o que se espera é que a nova Travessa repita o sucesso das anteriores, com ambientes bonitos, funcionais e um acervo robusto. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Discutir e entender todas as etapas e processos do mercado editorial pode ser um dos melhores caminhos para quem quer começar uma carreira no setor. Foi pensando nisso que Daniel Lameira, editor da Aleph e Antofágica, lançou em 2015 o curso Vida do Livro, que inicia sua nova edição no próximo dia 08. No Podcast do PublishNews desta semana, ele fala sobre os bastidores do curso e de como começou esse projeto que já formou mais de mil alunos. Na conversa, Lameira compartilha que começou falando sobre o assunto em uma sala da Aleph, com dez, 15 pessoas. Depois, o projeto cresceu e, antes da pandemia, quando deu a primeira edição on-line, ficou surpreso ao ver que tinha mais de 600 alunos inscritos. “Fiquei muito impressionado com tanta gente querendo saber sobre esse mercado”, contou. Nesta edição de 2022, Daniel juntou 24 profissionais de diferentes áreas para entregar aos interessados um material completo. “Passado dois anos do curso anterior, me senti pressionado, se eu desse uma nova edição, fazer com mais responsabilidade e cuidado do que tinha feito anteriormente, e foi assim que comecei a organizar esse, um curso que eu gostaria de ter feito quando comecei a trabalhar com livro”. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota e ouvir o programa.

Sônia Machado Jardim, presidente do Grupo Editorial Record, é a entrevistada da próxima edição do Sabatina PublishNews. Será amanhã, num bate-papo sério, mas descontraído, sobre o momento do mercado editorial. Sônia foi presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), entre 2008 e 2014. Ela conversará com três entrevistadores convidados, em transmissão ao vivo pelo canal do YouTube do PN, nesta terça (02), às 17h. Para falar com a gestora de um dos maiores grupos editoriais do país, o PN convocou Elga Pedri, diretora da rede Livrarias Curitiba; o editor Paulo Tadeu, da Matrix; e a jornalista Yasmin Santos. Programa do PN, Sabatina já recebeu nomes como Luiza Helena Trajano, presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza; Marcus Teles, diretor da Livraria Leitura; Marcos da Veiga Pereira, ex-presidente do SNEL, Marcos Guedes, ex-CEO da Saraiva; Luiz Schwarcz, CEO da Companhia das Letras; Lucia Riff, fundadora da Agência Riff; Eduardo Giannetti, autor e economista; e o também autor Ilko MInev. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

André Palme, que deixou a direção geral da Storytel no Brasil em junho, é o novo contratado do Skeelo, plataforma de e-books e audiolivros atrelada a operadoras de telefonia. O empreendedor, executivo, professor, palestrante e podcaster chega na nova empresa no cargo de Chief Business Development Officer (CBDO), ficando responsável pela área de produtos B2C da companhia e pela internacionalização. A ideia é expandir os produtos e ofertas da Skeelo dentro e fora do Brasil, para que a empresa se torne ainda mais um hub de leitura e consumo de livros. “Me sinto honrado em poder contribuir para a expansão do Skeelo em sua missão de levar a leitura e os livros para cada vez mais pessoas. Atuar junto com esse time incrível e apaixonado pelos livros vai ser uma missão inspiradora e de muita realização”, disse ao PN.

Completando o time de brasileiros que participará dos programas internacionais da Feira de Frankfurt (19 a 23/10) este ano, José Antonio Homem de Montes, da Ozé Editora, foi selecionado para participar do Frankfurt Invitation Programme, voltado para pequenas editoras independentes. Fundada em 2011, a Ozé publica obras infantis e já conta com mais de 40 títulos em seu catálogo. Em 2019, ganhou o Prêmio Jabuti de Melhor Livro Infantil com a obra A avó amarela, de Júlia Medeiros e Elisa Carareto; e em 2021, com o título Sagatrissuinorana, de João Luiz Guimarães e Nelson Cruz, venceu como Livro do Ano. Segundo Zeco, as expectativas para participar da feira são altas. “É um reconhecimento e uma responsabilidade muito grande. Estamos preparando material para uma participação digna, porque nossos livros merecem circular num âmbito maior”, disse ao PublishNews. Os 20 selecionados da África, Ásia, mundo árabe, América Latina e Caribe e Europa Oriental recebem um estande gratuito na feira, além das despesas de viagem e hospedagem. Eles também participam de eventos e seminários uma semana antes da feira. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Na área digital do New York Times dedicada a debates matinais, “The Morning”, divulgada por newsletter, a britânica Claire Moses conversou neste domingo (31) com suas colegas americanas Alexandra Alter e Elizabeth Harris, que cobrem o mercado editorial para o jornal. O resultado é um panorama preocupante sobre o movimento crescente de proibição de livros nos EUA. As tentativas de proibição cresceram nos últimos anos, de batalhas relativamente isoladas, como questões escolares ou comunitárias, a uma ofensiva mais ampla voltada para trabalhos sobre identidade sexual e racial. Segundo Alexandra, antes os pais podiam ouvir falar de um livro porque seu filho trazia uma cópia para casa; agora, reclamações nas redes sociais sobre material impróprio se tornam virais, e isso leva a mais reclamações em escolas e bibliotecas em todo o país. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Depois de um início confuso e muito decepcionante para uma grande parte dos fãs que comprou ingresso, a feira geek Ucconx conseguiu ter um final de semana agradável para quem decidiu ir até o Complexo do Anhembi para acompanhar as atrações na programação. Fica no balanço do evento muita insatisfação de quem queria encontrar os atores Millie Bobby Brown, de Stranger Things, e George Takei, da série clássica Star Trek, que cancelaram suas vindas em cima da hora. Restou como grande estrela do evento o ator britânico Rupert Grint [foto], que interpreta o ruivo Rony Weasley na saga Harry Potter. E fica também a sensação de que o evento poderia ter sido muito maior. Mesmo nos momentos de maior lotação durante o fim de semana, era evidente que o local poderia receber pelo menos o dobro do número de pessoas que estavam ali. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A notícia literária do fim de semana que mais surpreendeu acadêmicos foi divulgada na coluna Painel das Letras, na Folha: a descoberta de um texto inédito de Machado de Assis (1839-1908). Quem encontrou foi o pesquisador Fernando Borsato, que cursa doutorado em Literatura Brasileira na USP sob orientação de Hélio de Seixas Guimarães, um dos maiores estudiosos do escritor no país. O texto de outubro de 1858, quando Machado tinha 19 anos, foi publicado no jornal Correio da Tarde e seria o primeiro de um projeto de livro nunca lançado pela autor, A lanterna de Diógenes. O Globo trouxe resenha de Underground (Edições Sesc), coletânea de textos de Luiz Carlos Maciel (1938-2017), um dos principais nomes que puxou a locomotiva de resistência bem-humorada d’O Pasquim no final dos anos 1960 e começo dos anos 1970. Underground era o nome de sua coluna no jornal, que, em plena ditadura militar, deu aos leitores acesso a um mundo de liberdade e transgressão, falando sobre antipsicanálise, literatura beat, teatro experimental, práticas psicodélicas, revolução sexual e outros temas. Clique no Leia mais para cessar a íntegra desta nota.

O tema da tradução literária voltou a ganhar destaque nos últimos tempos. Este ano, por exemplo, será o foco da 74ª edição da Feira do Livro de Frankfurt (19 a 23/10) e, na próxima semana, será discutido no evento "A tradução de livros brasileiros no exterior", realizado pela Oasys Cultural, de 11 de agosto a 1º de setembro, sempre as quintas-feiras, às 13h. Em uma série com quatro debates mediados pela agente literária Valeria Martins, dona da Oasys, o ciclo terá a missão de esclarecer e mostrar a realidade do mercado editorial a todos os escritores. Um dos maiores sonhos dos autores é ver sua obra traduzida e publicada nos EUA, Alemanha, França e outros países, mas o caminho não é fácil e profissionais que atuam nesta área no Brasil terão a missão de explicar como tudo funciona. O primeiro encontro, no dia 11, terá o tema "Relevância da Língua Portuguesa no mundo" e contará com a presença de Andréa Zamorano, escritora brasileira há 20 anos em Lisboa; Krishna Monteiro, escritor brasileiro publicado na França; e Amosse Mucavele, poeta, jornalista e produtor cultural de Moçambique. Clique no Leia mais para conferir a programação completa.

Estão abertas até 15 de agosto as inscrições para a 11ª edição da revista Subtextos. A publicação reúne contos de até 10 mil caracteres e para essa edição o tema é Tempo. Cada escritor pode concorrer com um texto de sua autoria e as inscrições são gratuitas. Em dois anos de publicação, a revista virtual já publicou cerca de 1.600 contos, de mais de 100 autores de todo o país. O retorno é de mais de 9 mil downloads. A previsão de publicação digital é 23 de setembro. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A Academia Brasileira de Letras (ABL) realiza em agosto o seu quinto ciclo de conferências do ano, em quatro sessões. O ciclo “Cadeira 41” propõe apresentar nomes que poderiam ocupar em suas épocas uma das cadeiras da ABL e que, por razões diferentes e individuais, não se tornaram membros da Academia. O título vem do limite de 40 cadeiras disponíveis na entidade. A coordenação do ciclo é da acadêmica e escritora Ana Maria Machado, com palestras gratuitas sempre às quintas-feiras no mês de agosto, às 17h30, na sede da entidade. O espaço possui capacidade de 85 pessoas e está sujeito a lotação. A cada semana serão abertas inscrições para a atividade na quinta-feira seguinte. A primeira palestra vai falar sobre o escritor gaúcho Erico Verissimo (1905-1975) [foto] e está marcada para esta quinta (04). Quem vai comandar o trabalho do autor e as circunstâncias que não permitiram sua entrada na academia é o escritor Jeferson Tenório. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

O espírito de liderança de Caetano Veloso em nossa música, sua independência intelectual e sua importante capacidade de manter-se em evidência por décadas a fio são invocados pelo jornalista Tom Cardoso em Outras palavras: seis vezes Caetano (Record). O autor reúne depoimentos, entrevistas e uma extensa pesquisa bibliográfica para apresentar ao leitor o retrato múltiplo de um camaleão da cultura popular brasileira. Entre as muitas polêmicas mencionadas, o livro destrincha o falso antagonismo com Chico Buarque, uma rivalidade musical fabricada pela imprensa, e os embates com a militância de esquerda, que cobrava uma postura mais engajada do artista; a nova poética musical da Tropicália; a estética vanguardista e suas experimentações; os envolvimentos e decepções com projetos políticos; e os muitos envolvimentos amorosos que inspiraram ­– declaradamente ou não – algumas das mais belas composições da música brasileira. As contradições de Caetano são abordadas através de seis capítulos temáticos ­– o homem de Santo Amaro, o polêmico, o líder, o vanguardista, o amante e o político –, que demonstram, por exemplo, o contraste entre a imagem dócil do tropicalista de “Odara” e a personalidade leonina que sempre viveu às avessas com a imprensa. Aspectos como a juventude em Santo Amaro embalada pelos filmes de Federico Fellini, os contos de Clarice Lispector e a devoção por João Gilberto incrementam a lista de curiosidades que Cardoso traz à tona. Além do ensaio, se somam também anexos como notas, discografia, índice onomástico e bibliografia.

Escrito pelo jornalista Marcel Souto Maior, a obra As vidas de Chico Xavier (Planeta, 256 pp, R$ 59,90), biografia do médium brasileiro, ganha uma versão ampliada e atualizada. Chico Xavier viveu seus 92 anos no limite. Com um pé na Terra e outro no além, fechou os olhos e pôs no papel poemas, crônicas, mensagens. Em mais de 500 livros publicados, mortos ilustres e anônimos consolam os vivos, pregam a paz e propagam o equilíbrio e a solidariedade. Para seus admiradores fervorosos, foi um santo. Para os descrentes, no mínimo um personagem intrigante. Em 2002, o médium, eleito um dos brasileiros mais importantes do século XX, encerrou sua missão. Multidões formaram filas nos dois dias de velório, em Uberaba, para se despedir do homem que foi enaltecido e insultado, indicado para o Prêmio Nobel da Paz e alvo de insultos, perseguições e atentados. Desprezado por intelectuais, adulado por poderosos, Chico Xavier viveu imune a uns e outros. Virou mito. O audiobook da obra também acaba de ser lançado pela Storytel, com narração do autor.

Artista polêmico e camaleônico, Caetano Veloso é uma das mais complexas personalidades da cultura brasileira. Presente em praticamente todas as discussões que envolvem o contexto sociopolítico e cultural do país, o cantor e compositor chega aos 80 anos produzindo e participando ativamente do debate nacional, conectado com o que há de mais atual e vanguardista. Lançar mundos no mundo: Caetano Veloso e o Brasil (Fósforo, 208 pp, R$ 69,90), uma reedição de um ensaio do Folha Explica: Caetano Veloso (PubliFolha, 2005), revisto e atualizado por Guilherme Wisnik, analisa com acuidade obras do músico lançadas até hoje. O autor, em uma “ambição original um pouco quixotesca de ‘explicar’ Caetano”, entrelaça seu perfil biográfico e intelectual ao estudo aprofundado dos aspectos que envolvem todos os discos, dos momentos históricos em que estão inseridos, das relações de Caetano com outros músicos nacionais e estrangeiros, bem como do respeito que ganhou do público ao longo das décadas. Do exílio na ditadura militar às querelas envolvendo a lei Rouanet no governo Bolsonaro, Caetano sempre se fez ouvir tanto por meio de sua música quanto por sua opinião. E em todos os momentos foi polêmico, assertivo e contraditório: tudo o que se espera de um artista plural. Lançar mundos no mundo apresenta um vaivém no tempo, formalizando no ensaio o que faz o artista na vida, ao adequar suas convicções, sem se apegar aos modismos.

Nascido em Fort-de-France, Martinica, Frantz Omar Fanon, também conhecido como Ibrahim Frantz Fanon, foi um psiquiatra, intelectual e revolucionário que atuou na linha de frente pela libertação da Argélia. Antes, foi um soldado da França Livre combatendo o nazifascismo. E, antes ainda, foi um jovem negro na sua Martinica natal que percebeu o quanto a cor, e mesmo o tom, da pele e o patrimônio pessoal marcavam socialmente o indivíduo e selavam seu futuro. Não, ele não era argelino. Também não era filósofo ou sociólogo – apesar de ter pensado a situação do negro em um mundo branco como poucos – ou líder revolucionário – embora tenha participado ativamente de uma das mais importantes e violentas guerras de libertação, a da Argélia. Os equívocos sobre a vida se estendem à sua obra, muito influente nos campos dos estudos pós-coloniais, mas nem sempre devidamente compreendida ou mesmo aceita. Escrito por Alice Cherki, com tradução de Rainer Patriota e prefácio de Priscilla Santos, Frantz Fanon: um retrato (Perspectiva,360 pp, R$ 84,90) conta a história desse autor fundamental para entendermos a psicodinâmica do colonialismo, da violência e do racismo. A obra integra a coleção Palavras Negras, que reúne textos de intelectuais negros e negras, produzidos em diferentes contextos, como o acadêmico e o dos movimentos sociais.