A Feira do Livro começa neste sábado (14), na Praça Charles Miller, em São Paulo (SP), e vai até o próximo domingo, dia 22 de junho – o aniversário de 40 anos da redemocratização é o grande tema de sua quarta edição. No decorrer dos nove dias de debates, oficinas, contações de história e outras atividades gratuitas, o evento promovido pela Associação Quatro Cinco Um contextualiza a Nova República em torno de discussões como meio ambiente, história, divulgação científica, cultura afro-brasileira, cultura indígena, alimentação, cultura do livro, teologia, jornalismo, educação, luta antirracista, relações afetivas, empreendedorismo social, entre outros assuntos. Para o jornalista e membro da Academia Paulista de Letras Eugênio Bucci, um dos convidados desta edição da Feira, a grande façanha do período atual é a estabilidade da democracia. "Nós temos muito a celebrar nos 40 anos de democracia desde 1985, mas talvez o que mais mereça a nossa atenção seja a extensão do período de 40 anos de normalidade, de estabilidade. É o grande feito da nossa sociedade", comenta. Bucci participa da mesa "40 anos de Democracia", no Palco Petrobrás, às 13h45, ao lado de Carlos Fico, autor de O golpe de 1964 (FGV) e História do Brasil contemporâneo (Editora Contexto), e do mais recente Utopia autoritária brasileira (Crítica / Planeta), que analisa a história política do Brasil sob o viés do autoritarismo. "Não houve muitas celebrações este ano relativas ao fim da ditadura em 1985, de modo que é muito importante que a Feira do Livro assinale esses período de 40 anos de democracia", afirma o historiador. O diretor artístico da Feira, Paulo Werneck, correlacionou a força de mercados editoriais com a força da democracia: "O nosso mercado editorial é a própria democracia circulando. Não existe nenhuma democracia forte com mercado editorial fraco", afirmou. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Sob o tema “O ecossistema do livro”, a 33ª Convenção Nacional de Livrarias lotou a sala reservada para sua realização em todas as sessões do dia. Organizada pela Associação Nacional de Livrarias (ANL) no Hotel Lagune, no Rio, o evento tocou novamente no tema da Lei Cortez – sua pauta principal –, procurou ouvir os elos da cadeia, teve falas repetidas, mas também mostrou uma maior urgência do setor em colocar ações e mudanças em prática. A programação se iniciou com a participação de Nicolas Roche, presidente do France Livre – The French Publishing Network, que deu um panorama histórico sobre a Lei Lang na França, projeto que já completa 45 anos e continua estruturando o mercado editorial do país. Roche explicou que as primeiras conversas entre editores e livreiros para a construção da Lei ocorreram ainda nos anos 1970 e que não havia uma unanimidade. A união veio após a Fnac iniciar a venda de livros em Paris. A varejista montou uma loja no coração da vida intelectual da cidade oferecendo descontos de 20% na época e, em seis meses, 11 livrarias fecharam as portas. “O balanço, 45 anos depois, é que ninguém, absolutamente ninguém entre os profissionais do livro e políticos, questiona a Lei”, resumiu Roche que também deu números: “Temos 20 mil pontos de acesso ao livro e 3,5 mil livrarias independentes. Se compararmos território x população, podemos dizer que desenvolvemos a rede mais densa de livrarias do mundo”. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta matéria.

Atenção! Ainda estão disponíveis as últimas vagas para expor sua marca e participar da Casa PublishNews na Flip 2025 – a programação da Casa será realizada entre os dias 30 de julho (quarta-feira) a 2 de agosto (sábado), no mesmo imóvel dos anos anteriores, na Rua Tenente Francisco Antônio, 300 (Rua do Comércio), ao lado da sorveteria Pistache, coração do Centro Histórico de Paraty. Nos últimos anos, a Casa PublishNews tem buscado aproximar dois públicos fundamentais para o mercado editorial: os profissionais que nele trabalham e os leitores. “Se já é produtivo reunir sob um mesmo teto exclusivamente profissionais e versados no mercado do livro – algo que acontece muito por aí –, adicionar o público leitor ao espaço e aos debates se traduz numa fonte incomparável de ideias, interação e engajamento”, diz Ricardo Arcon, diretor-executivo do PublishNews. A programação da Casa PublishNews contempla, por exemplo, discussões sobre literatura, autoria e caminhos para a publicação, divulgação, políticas públicas do livro, fomento à leitura, audiolivro, metadados e modelos de negócio para as mais diversas iniciativas empresariais. Tudo isso só é possível com a parceria de patrocinadores e apoiadores, que colaboram, inclusive, com a curadoria da programação. Tem interesse em ser um deles? Mande um e-mail para comercial@publishnews.com.br. Mais informações, neste mídia-kit. Neste ano, já estão confirmadas as seguintes empresas e entidades: Abrelivros, Alta Books, Antroposófica, Bookwire, CBL, Disal, Gráfica Viena, Labrador, MVB e Skeelo. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Bienal do Livro Rio realizou a cerimônia de abertura na manhã desta sexta-feira (13), homenageando Ruy Castro. Autoridades, profissionais do livro e representantes dos patrocinadores discursaram ressaltando a importância do evento para a democratização e o acesso ao livro. Em meio às falas, no Palco Apoteose, o principal desta edição, o burburinho das crianças e adolescentes já era ouvido em alto e bom som – mais de 130 mil estudantes de escolas públicas e particulares devem visitar a Bienal neste ano. O homenageado agradeceu e disse estar emocionado, citando em seu discurso o mote Capital Mundial do Livro. “O Rio sempre foi, desde 1808, a capital nacional do livro. Em 217 anos, o Rio recebeu escritores, editores, livreiros e leitores de todo o país. O Rio foi a forja da literatura brasileira nesses séculos todos. É emocionante estar aqui porque essa homenagem acumula uma aventura que começou há mais de 70 anos, quando abri o Alice no pais das maravilhas e nunca mais saí daquelas páginas. Desde que Luiz Schwarcz, meu editor, me inventou como autor, passei a habitar também o mundo do livro”, disse Ruy. Ele disse que na sua função, de escritor de não-ficção, seu objetivo é oferecer ao leitor clareza, objetividade e verdade. "No fim, a gente tem que agradecer a eles, que nos levam para a cama todos os dias. Simbolicamente, quero beijar a mão de todos os meus leitores neste momento”, concluiu. Mais cedo, o prefeito Eduardo Paes elogiou a organização no evento por começar no horário – “raridade no Rio”, brincou o alcalde. Ele disse se sentir emocionado ao receber o Prêmio José Olympio, homenagem do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL). Antes de partir para Brasília em viagem oficial, o prefeito afirmou ter feito questão de participar da cerimônia. “Sejam bem-vindos à maior Bienal da história, a Bienal da Capital Mundial do Livro”, disse. Clique no Leia mais para ler a matéria na íntegra.

Depois de um primeiro dia com discussões concentradas em inovação, inteligência artificial e desafios do mercado editorial, o Rio International Publishers Summit – evento que antecedeu a Bienal do Livro Rio – debateu, entre outros assuntos, o futuro do audiolivro com especialistas internacionais. A palavra de ordem no painel foi esta: catálogo. Os executivos insistiram na importância da formação de catálogo em áudio para o crescimento e estabelecimento do segmento. "Nos EUA, construímos o mercado juntos, do zero", contou Amanda D'Acierno, presidente da Penguin Random House Audio Publishing Group. Paulo Lemgruber – que é carioca e comanda a operação internacional da Audible desde os EUA – também ressaltou a importância do processo. "Se o consumidor encontra um título que está buscando, ele gosta, permanece e retorna", afirmou. Chantal Restivo-Alessi, diretora digital e CEO de Línguas Estrangeiras Internacionais da HarperCollins Publishers, ressaltou que a qualidade do conteúdo é muito importante – e nem sempre com custo de produção alto. Para Videl Bar-Kar, vice-presidente de Áudio da Bookwire, o mercado brasileiro apresenta muitas oportunidades – não apenas, mas também por conta do alto consumo digital e de áudio em outros formatos e plataformas, como o uso massivo de mensagens de voz por Whatsapp e os altos índices de consumo de podcasts. De acordo com a Pesquisa Conteúdo Digital do Setor Editorial Brasileiro, divulgada em maio, os lançamentos de áudio corresponderam a 21% dos novos livros digitais produzidos no Brasil em 2024, com destaque para as vendas em modelos por assinatura, que cresceram 64% em relação a 2023. Clique no Leia mais para ler a matéria na íntegra.

A Livraria Leitura amplia sua presença no mercado nacional e paulista com a inauguração da sua 124ª unidade nesta quinta-feira (12). A nova loja está localizada no Shopping Piracicaba (Av. Limeira, 722, Areião – Piracicaba / SP), e conta com uma área total de 520m2 disponibilizando um portfólio incluindo livros, revistas, materiais de papelaria e suprimentos de informática. Além disso, oferece espaços de convivência, como área geek e ambientes de leitura, além de locais para eventos culturais e sessões de autógrafos. Segundo o CEO da Livraria Leitura, Marcus Telles, “a expansão da rede acompanha a demanda crescente por espaços dedicados à lazer tendo como carro chefe a leitura e consolida cada vez mais a marca como um centro de referência em entretenimento”. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O gênero romantasia é uma aposta das editoras e da própria Bienal do Livro Rio para a edição de 2025, que começa nesta quinta-feira (12) – com um encontro promovido pelo TikTok, plataforma na qual o gênero tem grande aceitação – e vai até o próximo domingo, dia 22, no Riocentro. Uma das curadoras do Palco Apoteose, o principal do evento, Clara Alves, preparou uma mesa com autoras brasileiras para discutir essa produção, concentrada em aventura, mitologia e paixão. Segundo os especialistas, os livros do gênero tem mais circulação entre leitoras de 15 a 30 anos, e pesquisas internas de editoras apontam que até 70% dos leitores da fantasia romântica descobrem os novos livros pelo TikTok. No dia 18 de junho, a mesa "Romantasia: Romances que desafiam mundos", vai reunir Giu Domingues, Ariani Castelo, Fernanda Castro e Bianca Jung, com mediação de Íris Teles, para debater diferentes aspectos do gênero. Já no dia 21, na Praça Além da Página, FML Pepper, Karine Leôncio, Breno Reads e Mira Peco se reúnem com os fãs no painel "Romantasia: Encontro com os fãs". Entre as editoras que estão apostando no gênero, desde a montagem dos seus estandes até novos lançamentos na Bienal, estão a Record, Rocco, Globo Livros, o selo Suma (Companhia das Letras), Autêntica, HarperCollins, Buzz, entre outras. A inclusão das mesas sobre o gênero na programação principal pela primeira vez e o interesse manifestado pelas editoras revelam algumas características da tendência – uma marca da entrada de autoras, de vez, no gênero fantasia, mais tradicionalmente associado a autores homens. "A fantasia por si só cresceu muito dentro da literatura jovem adulta", explica Clara Alves ao PublishNews. A curadora conta que a ideia foi reunir autoras nacionais do gênero nos palcos da Bienal justamente para conversar sobre as condições de produção de romantasias brasileiras. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Bienal do Livro Rio 2025 será realizada entre os dias 13 e 22 de junho de 2025, no Riocentro (Av. Salvador Alliende, 6.555, Barra da Tijuca – Rio de Janeiro / RJ). Os ingressos para a Bienal podem ser comprados pelo site oficial do evento por R$ 42 (inteira) e R$ 21 (meia). Professores e bibliotecários têm acesso gratuito/desconto, com a apresentação da carteira profissional. Confira abaixo algumas dicas para o evento deste ano. Para facilitar a chegada, o festival ampliou o número de rotas do Expresso Bienal. Os visitantes também poderão contar com as linhas de ônibus municipais. De carro, o visitante poderá estacionar no Riocentro, que conta com 7mil vagas. O estacionamento é operado por uma empresa terceirizada e o valor custa R$ 45 por um período de 12h. O aplicativo oficial do evento, já disponível para Android e iOS, reúne funcionalidades para facilitar a jornada do público, como acesso à programação completa e atualizada, mapa interativo do evento, criação de uma agenda personalizada e alertas em tempo real sobre atrações. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Depois aparecer pela primeira vez no evento em 2023, a Bienal do Livro Rio promete consolidar o espaço do Artists Alley, o "beco dos artistas", como uma referência no mercado de quadrinhos. Este ano, vai inovar também com a curadoria do jornalista especialista no gênero, Sidney Gusman, que cuidou pessoalmente da seleção dos ilustradores e quadrinistas participantes, e com o patrocínio do TikTok. A plataforma terá uma área especial neste espaço e ainda vai promover a geração de conteúdo sobre os artistas, ampliando o protagonismo do Artists Alley. Especialista neste universo e ganhador do Troféu HQ Mix por sete anos consecutivos como melhor jornalista especializado em quadrinhos, Sidney Gusman vê o mercado crescer ano a ano, revelando muitos artistas nos mais variados gêneros. Para ele, a expansão do Artists Alley faz com que a Bienal do Livro Rio, mais uma vez, saia na frente ao apostar firme nos quadrinhos e consolidar o espaço. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O Magalu anunciou oficialmente nesta terça (10) que André Palme passa a ser o head da operação da Estante Virtual, marketplace do grupo que conecta leitores a sebos e livrarias em todo o Brasil. O executivo já está no Rio de Janeiro e iniciou seus trabalhos junto ao time da Estante. “Fiquei muito honrado com o convite feito pelo Magalu para assumir a liderança de um negócio e uma marca tão amada por leitores e respeitada por stakeholders do mercado. A missão é de, junto com o mercado editorial e todos os nossos parceiros, levar a EV ainda mais longe e fazer chegar livros a cada vez mais brasileiros. Queremos fazer tudo isso dentro de um ecossistema sólido, robusto, sustentável e justo para todos os envolvidos. Para isso, diálogo e parceria são sempre fundamentais", disse Palme. “O Magalu tem um compromisso com o futuro da Estante Virtual. Por isso, estamos reforçando nosso time com uma liderança que conhece profundamente o setor, unindo experiência de mercado e visão digital para impulsionar essa marca tão querida por leitores e livreiros”, completou Christiane Bistaco, CEO da Época Cosméticos / Estante Virtual. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

A Biblioteca Mário de Andrade, equipamento da Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa, tem um novo diretor. Rodrigo Massi, com mais de 20 anos de experiência na gestão pública, assume a liderança da instituição com a missão de ampliar o alcance cultural da biblioteca, articular novos apoios institucionais e impulsionar eventos que promovam a literatura como ferramenta de intercâmbio entre cidades, estados e países. A mudança ocorre menos de cinco meses depois do anúncio de que Guilherme Galuppo Borba havia assumido o comando da instituição. Massi construiu sua trajetória em áreas estratégicas da administração municipal, com atuação na Secretaria Municipal de Relações Internacionais — onde foi secretário-adjunto, chefe de gabinete e coordenador de Relações Internacionais —, São Paulo Turismo (Spturis) e Agência São Paulo de Desenvolvimento (ADESAMPA). Atuou diretamente na organização de eventos como a Virada ODS, a Cúpula do World Cities Culture Forum (WCCF) em 2023 e a Expo Internacional do Dia da Consciência Negra. Também trabalhou por uma década no Escritório de Representação do Itamaraty em São Paulo, sendo condecorado com a Medalha da Ordem de Rio Branco em 2012. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A FTD Educação divulgou na semana passada seu Relatório de Sustentabilidade 2024. De acordo com os dados, a empresa detém cerca de 30% do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), alcançando oito a cada 10 estudantes da rede pública, com ao menos um componente curricular. Na rede privada são cinco mil escolas atendidas em 956 municípios, o que representa aproximadamente 25% de market share em sistemas de ensino, didáticos ou soluções suplementares, segundo a editora. A previsão da companhia é superar R$ 1,5 bilhão em faturamento no ciclo 2024/2025, ampliando a participação no mercado público e alcançando 600 mil alunos nas prefeituras, dobrando sua receita líquida nos últimos quatro anos. A meta de longo prazo, dentro do Projeto Gier, é dobrar novamente de tamanho até 2030 e atingir a marca de R$ 3 bilhões em receita líquida. “Não somos uma empresa com uma missão, somos uma missão com uma empresa: levar uma educação transformadora para estudantes de todo o país, apoiados em valores que ajudam a formar crianças e jovens como cidadãos protagonistas e ativos na sociedade. Nosso propósito e nossas soluções educacionais fomentam as habilidades e a capacidade de cada estudante, professor e gestor para que, junto com as famílias, possa construir um futuro mais promissor, disruptivo e humano”, destaca Ricardo Tavares, diretor-geral da FTD Educação. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A ideia de incompatibilidade entre tecnologias e bibliotecas não cabe mais na realidade aumentada! Dentro da proposta de pesquisar futuros – e seus tempos e movimentos associados aos livros – encontro a notícia, na mídia francesa e norte-americana, que o Conselho Nacional de Bibliotecas de Singapura tem investido em uma solução tecnológica que vai remodelar a forma como as pessoas interagem com os livros. Pioneiro na utilização do formato de Realidade Aumentada (RA), o órgão criou – para o sistema de bibliotecas do país – a Leitura Aumentada, ou seja, uma experiência que usa óculos Snapchat para sobrepor efeitos sonoros e visuais em tempo real aos livros físicos. Na prática, os óculos escaneiam o texto no momento da leitura e usam o aprendizado de máquina para criar elementos visuais e paisagens sonoras, além de música, que combinam com a narrativa. O sistema, portanto, cria um ambiente imersivo que pode conquistar, sobretudo, os leitores relutantes. Como tendência, a iniciativa reforça o uso por instituições culturais da tecnologia de Realidade Aumentada (RA). Em tempos em que o livro compete com outras fontes de entretenimento digital, pensar na construção de novos formatos para o ato de ler pode ser um instrumento de engajamento sustentado – defendem os articuladores da novidade. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta coluna.

No fim de semana participei de um evento literário aqui perto de casa. A frase pode parecer simples, mas vou situá-la: moro em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio de Janeiro. É o maior pedaço da cidade, e o mais esquecido no que se refere a oportunidades artísticas e culturais. A região aparece muito na imprensa por conta dos conflitos diários entre milícia-tráfico-polícia. Aliás, os assassinos de Marielle Franco mandam no território há décadas. Assim como na maior parte do Rio, no que se refere a livros, o que sempre foi ruim só piorou nos últimos anos. As poucas livrarias e os sebos do bairro fecharam. Já houve na minha rua, pasmem, uma pequena locadora de livros. O desenvolvimento se deu em outras cadeias de consumo. Subiu aqui perto um condomínio chamado Stories. Quando estavam vendendo, fui ao imóvel decorado filar um cafezinho e confirmar o esperado: apesar do nome, não haveria biblioteca para os moradores. Não há histórias, só papo furado mesmo. É provável que muita gente saiba, mas o mapa literário do Rio de Janeiro por muito tempo se concentrava na Zona Sul, onde estão as livrarias, onde vivem os escritores, críticos, professores universitários, editores e quase toda a intelectualidade. Alguma coisa acontece no Centro, que ainda se recupera do esvaziamento provocado pela pandemia. Mas, no geral, para o povão sempre foi preciso encarar mais de uma hora de trânsito para um lançamento de livro, por exemplo. Por isso é estranho e bom dizer: fui a pé para falar no evento literário. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta coluna.

A Editora Rocco celebra os seus 50 anos de existência nesta edição da Bienal do Livro Rio (13 a 22 de junho). Segundo a casa de Clarice Lispector, Harry Potter e outros sucessos editoriais, a taxa de crescimento anual é de dois dígitos desde 2023, com destaque para as vendas nas redes de varejo físico e nas feiras. "Esse crescimento vem também nas vendas crescentes dos formatos digitais, ganhando cada vez mais peso no nosso mix", completa o diretor comercial e de marketing da editora, Bruno Zolotar. Na Bienal, o plano é destacar os principais marcos da editora ao longo desse meio século de história. Obras de outros autores nacionais, além das sagas de Harry Potter (que completa 25 anos de lançamento no Brasil com uma edição especial) e Jogos Vorazes, também estarão em destaque. "A série Harry Potter continua extremamente relevante para a editora e é um dos seus principais pilares comerciais, além das vendas da obra de Clarice Lispector, que estão num grande momento", explica Zolotar. Em março, o fundador da editora, Paulo Rocco, completou 80 anos, e, em abril, comemorou o cinquentenário da editora fundada em 1975, após uma passagem sua pela Editora Sabiá, de Fernando Sabino e Rubem Braga. O catálogo da editora tem mais de seis mil títulos, 2,6 mil deles seguem ativos, e a mistura de apostas comerciais consistentes e um investimento na literatura consolidaram a casa como uma das principais do país. O nome da editora foi escolhido pela célebre agente literária espanhola Carmen Balcells, figura central no estouro da literatura latino-americana no mundo – com quem Rocco também negociou os direitos de Clarice. Clique no Leia mais para ler a matéria na íntegra.

O episódio do Podcast do PublishNews desta semana repercute a Pesquisa Produção e Vendas e Conteúdo Digital do Setor Editorial Brasileiro – o diagnóstico mais completo da performance editorial no país – com especialistas do setor. Na primeira parte, Mariana Bueno, economista da Nielsen BookData responsável pelo estudo, e Dante Cid, presidente do SNEL, elencaram os pontos mais importantes da pesquisa deste ano, como o crescimento visto em alguns subsetores, os desafios gerais, o aumento da participação das livrarias e a migração para o digital, além da importância da Série Histórica para o estudo. “O crescimento do canal Livrarias em Obras Gerais é um dado relevante. É algo que o setor já esperava, mas que conseguimos capturar nessa última edição, olhando para 2024. É um reflexo da expansão das livrarias, um processo que a gente sabe que leva tempo”, comentou Mariana Bueno. Na segunda parte do episódio, o ponto de vista das editoras. Marcial Conte Jr., editor executivo da Citadel Grupo Editorial, e Thiago Garcia de Biaggi, coordenador comercial Grupo Editorial Alta Books, discutiram as expectativas para a Bienal do Livro Rio. Este podcast é um oferecimento de Câmara Brasileira do Livro (CBL), MVB América Latina e UmLivro. Você também pode ouvir o programa pelo Spotify, iTunes; Google Podcasts, Overcast e YouTube.