O 4º Painel de Varejo de Livros no Brasil de 2025 apresenta uma boa performance do setor livreiro no período 04 de 2025. Houve um aumento de 15,84% em volume e 12,92% em valor. O varejo atingiu a marca de 3,93 milhões de livros vendidos no 04T2025, acumulando uma receita de R$201,47 milhões. No mesmo período de 2024 foram registrados 3,39 milhões em volume e R$178,43 milhões em faturamento. A pesquisa é realizada pela Nielsen Book e divulgada pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), e o quarto período diz respeito às vendas entre 24/03 e 20/04. “Há ainda uma ligeira queda no preço médio e também uma queda significativa no número de ISBN lançados (13,7%), com o aumento da participação do Top 500 em quase 2 pontos percentuais no acumulado do ano, o que demonstra que houve menos lançamentos e uma concentração entre os livros mais vendidos”, comenta Dante Cid, presidente do SNEL, reforçando, porém, que apesar dessa concentração, o resultado é animador. Luiz Gaspar, Diretor Regional da NielsenIQ Book Brasil, acrescenta: “O incremento de dois dígitos no período é um claro reflexo do fenômeno dos livros de colorir, com alguns títulos vendendo cerca de 75 mil unidades em quatro semanas. No entanto, ao excluirmos os livros de colorir, o mercado ainda apresenta taxas de crescimento de 7% e 8% em volume e faturamento”. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Será divulgado no dia 28 de maio de 2025 o resultado da Pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro, realizada pela Nielsen BookData e coordenada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL). Os dados se referem ao ano de 2024 e serão apresentados de forma online em duas sessões: às 10h para a imprensa, e às 11h para os editores – que podem acessar esta sala virtual na data. O estudo é feito desde 2006 e mostra um retrato anual do setor editorial, além de incluir um levantamento sobre a área digital do mercado. A pesquisa mostra o movimento do setor ao longo dos anos e a participação de cada um dos segmentos que compõem o setor, como o de obras gerais, de didáticos, religiosos e CTP (científicos, técnicos ou profissionais). Há também informações sobre o lançamento de novas obras e o total de reimpressão feito no ano inteiro. O estudo mostra ainda a quantidade de exemplares e o faturamento, sempre demonstrando cada segmento. Pela primeira vez, o estudo apresenta desempenho por gênero de livro. Divididos em cinco categorias - Didáticos, Ficção Adulto, Não Ficção, Infantil e Juvenil, e Religioso – os resultados aproximam o estudo brasileiro aos realizados em outros lugares do mundo. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Hoje inauguramos um espaço aqui no PublishNews para refletirmos sobre sustentabilidade e o universo do livro e da leitura — uma relação profunda e essencial para a formação de uma sociedade mais consciente e engajada diante dos desafios ambientais e sociais. Nesta e nas próximas colunas, pretendo explorar como nosso setor pode avançar na construção de uma agenda robusta de sustentabilidade, tanto por meio da adoção de melhores práticas ambientais em toda a cadeia produtiva, quanto pelo fortalecimento dos compromissos sociais intrínsecos ao mundo editorial. Nos últimos anos, percebo um interesse crescente por parte das empresas e profissionais do setor em estruturar suas ações em torno da pauta ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança) e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Nesse contexto, o livro e a leitura não apenas acompanham esse movimento — têm o poder de amplificá-lo. Comecemos pelo fundamental: o livro está na base das sociedades democráticas. É instrumento essencial para garantir a liberdade de expressão e de pensamento — e não há democracia real sem o direito de ler e de publicar. A leitura, por sua vez, é o que forma o cidadão pleno e ativo. Ao fomentar o pensamento crítico, ético e reflexivo, ela prepara cada indivíduo para compreender a complexidade do mundo e enfrentar, com mais discernimento, os desafios ambientais e sociais que se impõem. (...) Com a COP 30 no horizonte, o Brasil tem uma oportunidade única de afirmar a educação e a leitura como estratégias centrais para a construção de um futuro verdadeiramente sustentável. Clique no Leia mais para ler a coluna na íntegra.

A rede da Livraria Leitura amplia sua presença no mercado com a inauguração da sua 123ª unidade no dia 19 de maio. A nova loja estará localizada no Tietê Plaza Shopping (Av. Raimundo Pereira de Magalhães, 1465 – São Paulo / SP), Zona Noroeste de São Paulo, e contará com uma área total de 415m2 disponibilizando um amplo portfólio, incluindo livros, revistas, materiais de papelaria e suprimentos de informática. Além disso, oferecerá espaços de convivência, como área geek, ambientes de leitura além de locais para eventos culturais e sessões de autógrafos. As lojas da Livraria Leitura são planejadas estrategicamente para atender diferentes perfis de consumidores. Segundo a rede, a escolha dos pontos comerciais leva em consideração fatores como previsão de vendas e custos operacionais, garantindo a viabilidade financeira de cada unidade. A curadoria de produtos é baseada em estudos do público local e análises comparativas de vendas em lojas de perfis semelhantes. Segundo o CEO da Livraria Leitura, Marcus Telles, “a expansão da rede acompanha a demanda crescente por espaços dedicados à lazer tendo como carro chefe a leitura e consolida cada vez mais a marca como um centro de referência em entretenimento”. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A 7ª edição da Festa Literária da Mantiqueira (Flima) começa nesta quinta-feira (15), e promete uma abertura marcada por reflexões. Com o tema “Deslocamentos e Pertencimentos”, o festival estreia às 19h com um recital do músico sírio Rajana Olba, que apresenta o espetáculo Retrato Sonoro de um Certo Oriente, entrelaçando melodias do mundo árabe com peças contemporâneas. O recital conecta musicalmente a atmosfera do autor homenageado desta edição, Milton Hatoum, cuja obra transita entre culturas, identidades e geografias em constante movimento. Toda a programação é gratuita, com acessibilidade em Libras, audiodescrição e legendas, além de transmissão pelo YouTube. Ainda na quinta-feira, a "Mesa 1 – Distopia Americana: Trump e a nova (des)ordem mundial" inaugura os debates literários do evento. O jornalista e escritor Jamil Chade abordará os impactos simbólicos e práticos do segundo mandato de Donald Trump. A proposta da noite é fundir política internacional, literatura e música, criando um ambiente potente de escuta, crítica e pertencimento — marcas registradas da Flima, que em 2025 amplia sua programação com 10 mesas literárias, apresentações musicais, oficinas e a tradicional Feira de Livros, com mais de 30 expositores de todo o Brasil. Nomes como Kaká Werá, Luciany Aparecida, Milly Lacombe, Juliana Linhares e Zé Pitoco estão confirmados. Clique aqui para ver a programação completa. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O PublishNews+, área exclusiva para assinantes do PN, tem adiantado, semanalmente, os livros que só chegarão às livrarias em 45 dias. O serviço, chamado de Próximo Capítulo, é realizado graças a uma parceria com a MVB / Metabooks e tem por objetivo municiar livreiros de informações do que está no prelo das editoras. Entre os livros previstos para a semana entre 20 de junho e 06 de julho, está novo romance de Camila Sosa Villada, que narra em As malditas (Companhia das Letras) a busca de sua personagem por pertencimento desde a infância no interior, quando sonhava em despertar "convertida na mulher que quero ser". Outras novidades são A morte não vem amanhã (Cachalote), em que Raphaela Miquelete apresenta o leitor à saga trágica e ordinária de uma família sem nome; e Manual das donas de casa caçadoras de vampiros (Intrínseca), novo terror excêntrico de Grady Hendrix. Confira todas as novidades clicando aqui. Por enquanto, o Próximo Capítulo está aberto para todos os que se cadastrarem na plataforma, mas em breve o serviço ficará exclusivo para os assinantes do PN+. A nova seção se soma a outros serviços oferecidos aos assinantes do PN+, como o Radar de Licitações. Clique aqui para saber como ser um assinante do PN+.

No mês de maio, a editora Tinta-da-China Brasil promove cinco eventos para debater dois títulos da Coleção Ensaio Aberto, que une literatura e filosofia: O mar, o rio e a tempestade: sobre Homero, Rosa e Shakespeare, de Pedro Süssekind, e O escândalo da distância: uma leitura d’A montanha mágica para o século XXI, do escritor português João Pedro Cachopo. O evento de lançamento do primeiro traz um bate-papo seguido de sessão de autógrafos no dia 15 de maio, às 19h, na Livraria da Travessa, em Pinheiros. Além do autor Pedro Süssekind, participam as escritoras Paloma Vidal e Eliane Robert Moraes, que também publicaram na Ensaio Aberto — Vidal com Não escrever [com Roland Barthes] e Robert Moraes com A parte maldita brasileira. A mediação será do jornalista e colunista do UOL – Página Cinco Rodrigo Casarin. Já O escândalo da distância terá quatro eventos de lançamento: três em São Paulo e um no Rio de Janeiro. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Livraria das Marés, em parceria com a Casa da Cultura de Paraty, lança o Clube das Marés, um espaço dedicado à leitura, escrita e troca de ideias para jovens entre 18 e 29 anos. Sob a condução da jornalista e escritora Rosane Queiroz, o clube propõe uma jornada literária em seis encontros presenciais, de 21 de maio a 23 de julho, sempre às quartas-feiras, das 18h às 20h, na Livraria das Marés (Rua Ten. Francisco Antônio, 352 – Paraty / RJ), no Centro Histórico. Para participar do Clube das Marés, os interessados devem preencher o formulário de inscrição e compartilhar, em poucas palavras, por que desejam embarcar nessa aventura literária. A iniciativa tem como objetivo formar jovens leitores e prepará-los para a 23ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que ocorrerá de 30 de julho a 3 de agosto de 2025. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Quem tem o direito de contar as histórias? Quais narrativas são legitimadas como parte do cânone literário brasileiro? E qual o papel das bibliotecas na valorização de vozes historicamente silenciadas? Essas e outras questões estão no centro da palestra Quem conta as histórias? Literatura, poder e lugar de fala, com Djamila Ribeiro, promovido pela BibliON, biblioteca digital gratuita do Estado de São Paulo. O evento acontece no dia 20 de maio, das 15h às 16h30, com transmissão ao vivo pelo YouTube e tradução em Libras. A inscrição para a palestra é gratuita e deve ser feita pelo link. No encontro, Djamila também propõe uma análise sobre o papel social das bibliotecas, como a própria BibliON, no estímulo à leitura de autores(as) negros, indígenas, LGBTQIA+, periféricos e de outros grupos sub-representados, ampliando o acesso e democratizando as narrativas. A inscrição para a palestra é gratuita e deve ser feita pelo link. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Em A cabeça boa (DBA, 88 pp, R$ 64,90), Lilian, a protagonista deste livro, mora sozinha no décimo terceiro andar do Baroneza, edifício situado em uma zona fronteiriça, próximo a uma linha de trem. Dentro de seu apartamento: uma mesa, quatro cadeiras, um sofá, uma tv, poucas plantas, um quadro com o contorno do mapa da América do Sul. Lilian quer preparar um jantar para a família. A partir de um universo a priori restrito, composto por poucos elementos, e por meio de uma linguagem que dispensa floreios, a obra encadeia situações que se revelam absurdas. A narração em segunda pessoa — como se a Lilian autora se dirigisse à Lilian personagem — acentua a sensação de estranhamento e o humor particular. Parte da “tetralogia da perda”, série de livros que Lilian Sais escreve sobre o luto após a morte do pai, A cabeça boa não tenta ordenar, apaziguar ou dar sentido à desconcertante experiência da morte de um familiar, tampouco se fecha nesta ou em outra chave de leitura. Pelo contrário: investe na indefinição. Não é possível determinar se o terreno é de loucura ou sanidade, de realidade ou absurdo, de vida ou morte.

Em uma cidade na zona rural, de terra vermelha e com uma figueira num descampado, dois irmãos agora órfãos enterram a mãe. Simão, o mais velho, é dado às marras e confusões e protege o caçula, mais sensível, das hostilidades alheias. O menor é gago e, embora não consiga pronunciar trava-línguas, narra o romance em capítulos curtos com seu pensamento “sem rebarba” e uma linguagem única, que situa Caetano Romão entre os grandes prosadores de sua geração. O mundo dos sentidos explícitos não é o deste Escrevo seu nome no arroz (Fósforo, 192 pp, R$ 79,90). Romance de estreia de Caetano Romão, este livro é muito mais uma ode às linguagens, ou, como chamou Edimilson de Almeida Pereira, uma “alquimia ficcional”. Por sua prosa poética e bem-humorada, somos levados para a oralidade dos recantos do país, engolfados em um solo fértil de sabedoria popular, superstições, encantos e horrores que pairam nos quintais. Seja pelas traquinagens dos gatos, pelas curas com banhos, xaropes, unguentos e fés não ditas, seja pelos personagens que pegam carona no alumbramento da paisagem, o livro nos povoa de feitiços: os da língua e os sobrenaturais.

Uma criança dos anos 1990, um jovem dos anos 2000, um adulto dos anos 2010. A descoberta da sexualidade traz consigo uma revolução, em meio a Game Boys, Super Trunfo, bate-papos do uol, Rihanna, Tinder e outros detalhes da maior grandeza. Delírio e realidade. Sonho e projeção. Trauma e de sejo. Um garoto como outro qualquer (Urutau, 176 pp, R$ 55) traz uma narrativa não linear, calcada em fluxo de consciência, que mistura reflexões filosóficas e realismo cru, e transita entre a ficção, o livro de memórias, o ensaio e a poesia, para abarcar desde o intimista até o épico em fragmentos da vida de um garoto como outro qualquer. Para escrever o livro, o autor Pedro Karam ambicionou retratar a experiência do homem gay de maneira abrangente e ao mesmo tempo específica — num tempo determinado, mas com características de atemporalidade. Os desafios da autoaceitação, a jornada até a vida adulta, a busca pelo prazer, o entendimento do corpo, da mente, da alma, dos propósitos, o compreender-se como um homem, a descoberta da arte, a histórica luta da comunidade queer, amizades feitas e desfeitas, amores maiores que o mundo, desesperançados, expectativa e inocência, ficção e realidade, sonho e projeção, trauma e desejo.

Ano 2100: o Museu do Século XXI abre suas portas para revelar uma jornada fascinante pela história da humanidade e sua relação com a tecnologia. A narradora, uma inteligência artificial, nos guia pela exposição permanente, tecendo uma reflexão crítica e poética sobre a teia que conecta a humanidade às ferramentas que criamos. Mais do que uma exposição, o museu se transforma em um espaço para grandes debates contemporâneos, abordando temas como identidade, ética, progresso e o futuro da nossa espécie. Em Membrana (Relicário, 200 pp, R$ 68,90 – Trad.: Michelle Strzoda), de Jorge Carrión, o leitor é apresentado a um futuro onde avatares digitais circulam, interagem e até mesmo consomem em um espaço de realidade virtual e aumentada. Essa visão, que pode soar como ficção científica distópica, encontra ecos no metaverso idealizado pelo Facebook, prenunciando um futuro que pode estar mais próximo do que imaginamos. Através da voz dessas “entidades digitais”, nos vemos imersos em um mundo onde nós, seres humanos, nos encontramos em uma rede que transcende, em uma realidade na qual o físico e o digital se dissolvem e coexistem.

Um dia, Eve, protagonista de Como é para você? (Record,128 pp, R$ 49,90 – Trad.: Adriana Fidalgo), uma bem-sucedida autora de romances, acorda numa cama de hospital sem se lembrar de como chegou lá. O marido, sempre a seu lado, explica que ela foi submetida a uma operação para a retirada do grande tumor maligno que crescia em seu cérebro e que a deixou com algumas sequelas. Aos poucos, ela precisa reaprender a andar, a falar e a escrever. Em meio a um turbilhão de emoções, Eve começa a relembrar o que considera mais importante: as longas caminhadas de mãos dadas com o marido, as noites de jogos em família com os cinco filhos e os vestidos deslumbrantes que costumava comprar, assim, do nada. Narrada em cenas curtas – em que cada uma delas é a tentativa de responder às perguntas difíceis enfrentadas por qualquer pessoa perdida no labirinto do luto –, esta novela extraordinária, repleta de afeto e humor, é uma verdadeira celebração da vida. Sophie Kinsella é escritora e ex-jornalista de economia. É autora de vários best-sellers, além da série protagonizada pela irresistível consumista Becky Bloom. Também é autora de vários romances de sucesso assinados como Madeleine Wickham. Ela mora em Londres com o marido e a família.