Neste episódio do Podcast do PublishNews, vamos à China para falar da Feira Internacional do Livro de Pequim 2024, que recebeu mais de 300 mil pessoas em cinco dias. Foram mais de mil eventos culturais ligados à Feira neste ano, como lançamento de livros, palestras, seminários, exibições de diferentes tamanhos. Desde antes do início dos trabalhos, a organização vinha divulgando os esforços de internacionalização – 17% a mais de exibidores internacionais do que em 2023. Editoras chinesas demonstraram interesse em se aproximar do mercado brasileiro – o PublishNews noticiou que a biografia de Lula, de Fernando Morais, vai ser publicada por lá pela Yilin Press, selo do grupo Phoenix, um dos maiores do país. Neste episódio, o editor-chefe do PublishNews, Guilherme Sobota, conversa com duas pessoas que também estiveram lá na Feira de Pequim. Karine Pansa, diretora editorial da Girassol e presidente da International Publishers Association (IPA), e Leopoldo Cavalcante, editor da Aboio, editora independente que foi selecionada pelo programa de apoio da Feira. O Podcast do PublishNews é um oferecimento da MVB, a empresa que torna os seus livros visíveis com serviços como Metabooks e Pubnet; da UmLivro, novo modelo de negócios para o mercado editorial: mais livros e mais vendas; e da Câmara Brasileira do Livro (CBL), a entidade que representa editores, livreiros, distribuidores e demais profissionais do setor. Você também pode ouvir o programa pelo Spotify, iTunes; Google Podcasts, Overcast e YouTube.

A Secretaria de Cultura do Rio Grande do Sul estima que 100 mil livros foram destruídos pelas enchentes desde o mês de maio. Com o intuito de arrecadar obras para as bibliotecas públicas, a Secretaria lançou a campanha Juntos pela leitura no RS, em parceria com o clube de leitura TAG e com o apoio do Instituto Cervantes. É possível realizar doações pessoalmente ou pelo correio, e interessados devem preencher formulário, segundo o g1. No Uol, a notícia de que a Polícia Federal recuperou o exemplar do livro Souvenirs de Rio de Janeiro, obra que foi pintada a mão entre 1834 e 1835 por Johann Jacob Steinmann, que estava em posse de um colecionador brasileiro. O livro foi adquirido legalmente por ele por meio de um leilão em Londres. O colecionador, então, não tinha conhecimento que a obra tinha sido previamente furtada. O livro raro foi furtado há 16 anos de uma biblioteca em São Paulo e estima-se que deve custar entre R$ 90 mil e R$ 210 mil. Dentro de sua cobertura da Feira do Livro, a Folha de S. Paulo detalhou sobre a "guerra" por espaços no Pacaembu. Atualmente, a Feira disputa espaço com canteiro de obras e materiais de construção da reforma do estádio tombado. E a Folha também repercutiu nesta segunda (1˚) a morte de Ismail Kadaré, importante autor que discutiu em suas obras as consequências da ditadura da Albânia. Já em clima de férias escolares de meio de ano, o Estado de S. Paulo trouxe um guia com novidades para as crianças aproveitarem o mês de julho e, entre elas, recomendações de livros. O jornal também publicou um texto de Josélia Aguiar sobre o novo romance de Tatiana Salem Levy, publicado pela Todavia. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Bienal do Livro Rio iniciou, nesta terça-feira (2), a venda de espaços aos expositores interessados em participar da sua próxima edição, marcada para ocorrer de 13 a 22 de junho de 2025, no Riocentro. Uma reunião online ocorreu às 11h na manhã de hoje. Realizada pela GL Events Exhibitions e pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), a Bienal do Livro Rio 2025, um dos maiores festivais de literatura, cultura e entretenimento do país, marcará um ano dedicado à leitura na cidade e será a principal atração do calendário do Rio Capital Mundial do Livro, título formalizado após a candidatura vencedora da cidade do Rio de Janeiro pela UNESCO e pelo Comitê Consultivo da Capital Mundial do Livro, em abril. O sorteio de área dos espaços também já tem mês definido: fevereiro. Como de costume, as editoras associadas ao SNEL terão preferência na escolha da área dentro de cada faixa e grupo de metragem. Durante o lançamento, a organização do festival estará disponível também para esclarecer dúvidas. Diretora da GL Exhibitions, Tatiana Zaccaro adianta que a Bienal do Livro Rio 2025 vai trazer mais experiências de entretenimento, inovação e imersão no universo dos livros. “A experiência leitora que complementa e ratifica o protagonismo do livro permanecerá trazendo encantamento ao festival, que já está sendo desenhado com muito cuidado e dedicação”. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A 3ª edição d’A Feira do Livro começou no sábado (29) atraindo grande público e lotando a Praça Charles Miller – em frente ao Pacaembú – e os auditórios reservados para receber grandes nomes da literatura contemporânea. Realizada pela Associação Quatro Cinco Um e pela Maré Produções, A Feira não contou com uma abertura com grandes discursos, mas com um painel de peso que recebeu a advogada criminal e cineasta francesa Hannelore Cayre, que conversou sobre o seu livro A patroa (Dublinense), com Eduardo Muylaert, também advogado e especialista na área criminal. Em uma conversa franca e bem-humorada, Hannelore falou sobre as inspirações para criar a sua protagonista que, na trama, não vê alternativa a não ser transgredir a lei. Para a autora, o que distingue os bons romances policiais dos ruins são as passagens aos atos principais da história sem uma boa explicação. “Em A patroa, minha protagonista tem um passado que autoriza a transgressão da lei. Nunca ninguém me disse que meu livro era imoral, e meu livro é profundamente imoral. Isso tem a ver com a maneira como criei a história da personagem, eu apresentei antes um passado”, compartilhou. O primeiro dia d’A Feira seguiu movimentando os auditórios com nomes como Christian Dunker e Natalia Timerman, que falaram sobre o luto; Rui Tavares e Sergio Fausto, que abordaram os conceitos históricos de direita e esquerda e o futuro das ideias e da política; e Betina González e Andrea del Fuego, que falaram sobre a obrigação de ser genial imposta a escritoras mulheres e do boom feminino na literatura latino-americana em uma conversa mediada por Beatriz Muylaert. Uma grande fila se formou no Auditório Armando Nogueira para assistir ao bate-papo das ficcionistas. No domingo (30), apesar da frente fria (os termômetros não passaram dos 17º), o público continuou acompanhando a programação e visitando os 150 expositores, entre editoras, livrarias, instituições ligadas ao livro e à leitura. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Com um crescimento em valor de 1,2%, para 2,9 bilhões de euros, o volume de negócios das editoras francesas registrou um crescimento modesto em 2023, impulsionado pelo aumento do preço dos livros num contexto que permanece inflacionário. O Sindicato Nacional da Edição da França (Syndicat national de l’édition, SNE) divulgou os números do mercado editorial no país em 2023 na última quinta-feira (27), por ocasião da sua Assembleia Geral. A tendência é oposta em volume, com queda de 1,9% e 439,7 milhões de exemplares vendidos. Colocado numa perspectiva mais ampla e em comparação com 2019 – ano de referência antes da pandemia – o setor livreiro francês continua a crescer 4,9% em valor e 1,1% em volume. A queda no número de lançamentos – menos 5%, entre 2022 (38.743 títulos) e 2023 (36.819 títulos) – também foi destacado. Entre 2018 e 2023, a produção de novos lançamentos caiu 18%. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Como resultado de processos judiciais movidos por editoras contra o Internet Archive (IA) no ano passado, o site recentemente encolheu em cerca de 500 mil títulos. O IA informou em uma postagem que a imposição abrupta dessas remoções pelas editoras desencadeou uma "perda devastadora" para os leitores que dependem do site para acessar livros que, de outra forma, seriam impossíveis ou difíceis de encontrar. Para restaurar o acesso, o IA está agora recorrendo, na esperança de reverter a decisão e convencer o Tribunal de Apelações dos EUA de que o empréstimo digital controlado de seus livros físicos deve ser considerado uso justo sob a lei de direitos autorais. Um documento judicial de abril mostra que o IA pretende argumentar que as editoras não têm evidências de que o mercado de e-books foi prejudicado pelo empréstimo da biblioteca aberta e que a lei de direitos autorais local é melhor servida permitindo o empréstimo do Arquivo do que impedindo-o. Uma primeira audiência de apelação já foi realizada no fim da semana passada em um tribunal de Nova York. "Usamos tecnologia padrão da indústria para evitar que nossos livros sejam baixados e redistribuídos – a mesma tecnologia usada pelas editoras corporativas", escreveu Chris Freeland, diretor de serviços bibliotecários do IA, no blog do serviço. "Mas as editoras que processam nossa biblioteca dizem que não devemos ter permissão para emprestar os livros que possuímos. Elas nos forçaram a remover mais de meio milhão de livros de nossa biblioteca, e é por isso que estamos apelando". Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Ações da plataforma de quadrinhos Webtoon Entertainment abriram em alta de 14% acima do valor estipulado para o seu IPO (initial public offering) na última quinta-feira (27), na Bolsa de Valores de Nova York (Nasdaq). A ação abriu a US$ 21,30, dando à companhia um "valuation" de US$ 2,7 bilhões, de acordo com a agência de notícias Reuters. A empresa, subsidiária da gigante de tecnologia sul-coreana Naver, levantou US$ 315 milhões no seu IPO na semana passada. A Webtoon produz histórias em quadrinhos de curta duração criadas digitalmente e otimizadas para leitura em dispositivos móveis. Em 2021, o Wattpad, plataforma mundial de autopublicação, foi adquirido pela Naver em uma transação avaliada em US$ 600 milhões. Nos materiais que acompanham seu IPO, a Webtoon informa que, no final de março, possuía aproximadamente 170 milhões de usuários ativos mensais, cerca de 900 títulos adaptados, incluindo mais de 100 séries e filmes em streaming, e mais de 11 milhões de unidades de produtos à venda. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O escritor albanês Ismail Kadaré morreu nesta segunda-feira (1º), de acordo com a AFP. Ele tinha 88 anos e não resistiu a um ataque cardíaco, segundo informou a editora Onufri, baseada na capital da Albânia, Tirana, à agência de notícias. No Brasil, suas obras eram publicadas pela Companhia das Letras, incluindo livros célebres, como Abril despedaçado e O palácio dos sonhos. Kadaré escreveu sob a sombra da ditadura de Enver Hoxha, líder político comunista que governou a Albânia por 44 anos, de 1941 a 1985. Os livros do escritor eram conhecidos por examinar a sociedade contemporânea pelas lentes do mito. Kadará precisou se exilar na França no final dos anos 1980, e sua reputação internacional continuou a crescer – ele foi traduzido em mais de 40 idiomas e ganhou uma série de prêmios, incluindo o Man Booker International, além de ser considerado candidato para o Prêmio Nobel há muitos anos. Ele estudou história e filologia na Universidade de Tirana e no Instituto Gorky de Literatura em Moscou. A maioria de seus livros foi traduzida para o português com base no original albanês por Bernardo Joffily. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Editora Planeta anunciou que vai reeditar algumas das melhores crônicas de Contardo Calligaris. Com lançamento previsto para 2025, os livros terão os seguintes títulos: Todos os sonhos do mundo, A vida é o que interessa e Você quer mesmo ser feliz? e vão reunir textos do psicanalista publicados ao longo de sua carreira. Segundo a editora, os dois primeiros títulos, lançados pelo selo Paidós, a nova edição de Cartas a um jovem terapeuta e O sentido da vida venderam juntos quase 100 mil exemplares. Falecido em 2021, Calligaris foi um renomado escritor, psicanalista e dramaturgo italiano radicado no Brasil. Em suas obras, abordava diversos temas e acontecimentos – muitos deles pontuais, assuntos que estavam acontecendo na semana da escrita, e que hoje estão datados. Por isso, a editora focará em publicar seus textos mais universais e atemporais para constituir os livros. De modo geral, as suas crônicas tratavam da vida cotidiana, com reflexões sobre o comportamento humano e questões éticas, morais e filosóficas, comentários e análises de obras literárias e cinematográficas (e arte em geral), discussões sobre mudanças sociais e dilemas do mundo contemporâneo e as complexidades da vida moderna. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A Bookwire e o Independent Publishers Group (IPG), um dos maiores e mais antigos distribuidores de livros na América do Norte, anunciaram nesta segunda-feira (1˚) uma parceria estratégica dentro do mercado editorial. O IPG poderá aumentar seus serviços de distribuição digital de livros digitais e audiolivros ao adotar a plataforma Bookwire OS. Já a Bookwire terá acesso aos serviços de impressão digital e distribuição oferecidos pela IPG, expandindo sua presença no mercado dos EUA. "Os clientes digitais da IPG farão a transição para a plataforma Bookwire OS no próximo ano, obtendo acesso a mais oportunidades de canais, marketing automatizado, análises integradas e outros benefícios", disse Joe Matthews, CEO da IPG. "Essa parceria permite que possamos focar em nosso negócio principal e, ao mesmo tempo, aprimorar nossas ofertas de serviços digitais", disse Matthews. "Nossos clientes se beneficiarão muito com os recursos avançados e a rede de distribuição global da plataforma Bookwire OS." Dentro da parceria, tanto a Bookwire quanto a IPG continuarão concentradas em suas respectivas especialidades. A IPG ficará responsável por fornecer soluções excepcionais de distribuição abrangente para editoras independentes, e a Bookwire pela distribuição digital global de e-books e audiolivros. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Remates culinários (Tapioca, 240 pp, R$ 74) reúne vários ensaios independentes, quase todos inéditos, à maneira de um puzzle, aos quais o autor Carlos Alberto Dória dedicou os últimos anos em sua compilação. Os textos gravitam em torno da história culinária do Brasil, o que lhes empresta certa unidade, embora não os tenha concebido inicialmente como uma totalidade. Ele aborda questões persistentes ao longo de sua atividade de pesquisa, tais como a influência das questões raciais brasileiras e das múltiplas culturas africanas e indígenas no nosso sistema culinário, discorrendo sobre o processo de aculturação entre diferentes sujeitos históricos a partir de sua tipificação racial: índios, negros e brancos. Nos ensaios desta obra, a abordagem do fazer e do pensar se misturam, buscando construir uma compreensão mais exata da produção da sociedade brasileira atual. Processos materiais, políticos e ideológicos se desenvolvem e se interconectam, dando contornos definidos à nação sobre a qual os sujeitos históricos passam a dissertar. Sendo assim, o livro projeta para o futuro um país com base na diversidade e heterogeneidade do tecido social, sem prejuízo da unidade como povo, e com esperanças de chamar a culinária que hoje se constrói de mestiça, superando o racialismo no terreno correspondente.

Conhecido pelos seus churrascos a céu aberto, o chef argentino Francis Mallmann retorna aos ingredientes que deram impulso a sua celebrada carreira: legumes, verduras e frutas. Com seus experimentos culinários, Mallmann comprovou que uma batata defumada com casca crocante, assada em uma plancha, é tão sublime quanto uma costela bovina. Fogo verde (Companhia de Mesa, 312 pp, R$ 199,90 – Trad.: Bruno Fiuza) é um livro de culinária vegetariana escrito por um dos gênios mundiais do churrasco. Milho, batata, repolho, cebola, beringela, sem falar em uma infinidade de ervas e frutas, agora deixam o posto de acompanhamentos para assumir o centro da mesa, onde são as estrelas de uma nova culinária do fogo ― que agrega também especiarias curiosas, sabores raros e técnicas e instrumentos que, até então, eram usados por nós de uma maneira muito diferente da que Mallmann propõe.

Por meio de onze textos oferecidos e postos à mesa, Comer com os olhos: comida cultura cinema (Autêntica, 200 pp, R$ 64,90) mostra culturas visuais específicas asiáticas, europeias, latino-americanas, norte-americanas, assim como reflexões sobre a forte imersão do cinema gastronômico nas últimas décadas e as inúmeras nuances que a comida fornece nesses filmes e em determinadas séries lançadas no contemporâneo formato de streaming. A culinária desempenha um papel verdadeiramente diverso no mundo cinematográfico. Desde a exploração visual dos alimentos até a representação da fome como uma estética, o ato de comer e beber tece nuances em inúmeras histórias da sétima arte. Nesse contexto, o livro surge como uma coletânea de onze textos que emanam reflexões sobre a presença da comida no cinema e o modo como as artes visuais influenciam as práticas alimentares na cultura. O trabalho, organizado pelos pesquisadores Sabrina Sedlmayer, Rafael Climent-Espino e Luiz Eduardo Andrade, é oriundo dos resultados das pesquisas do SAL: Sobre Alimentos e Literatura, grupo interdisciplinar da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que fomenta o estudo sobre alimentos em múltiplas interfaces, seja em abordagens sincrônicas ou diacrônicas, seja abrigando pesquisas de docentes de instituições brasileiras e internacionais.

Não é segredo que a vida corrida de hoje tem um alto preço: estresse, cansaço e uma alimentação desregrada fazem parte do cotidiano de muitas pessoas. Pobre do corpo, que sofre as consequências em silêncio, sem fôlego para se defender. Para ajudar nessa disputa dentro da indústria alimentar, a nutricionista Astrid Pfeiffer desenvolveu um cardápio vegano em seu novo livro: são 10 dias de detox que têm como princípio reforçar a imunidade, recarregar a energias e restabelecer o equilíbrio. E a autora vai além de demonstrar receitas: o objetivo do livro é mostrar que as mais de 70 receitas podem ajudar o leitor a ter uma alimentação livre de toxinas, saudável e muito saborosa todo dia. Segundo a autora, uma rotina assim representa a vitória da saúde e do bem-estar contra a má alimentação. Astrid Pfeiffer é catarinense e é nutricionista. Culinária detox para o dia a dia (Alaúde, 160 pp, R$ 69) é seu segundo livro, premiado pelo Gourmand World Cookbook Awards, que traz receitas veganas práticas.