Ronaldo Rodrigues é jornalista com especialização em Marketing Digital. Iniciou sua carreira no mercado editorial na Rocco, onde integrou a equipe que transformou Harry Potter e a criança amaldiçoada no livro mais vendido do ano em 2017, ajudou na reativação do clássico Mulheres que correm com os lobos e esteve à frente em uma das primeiras participações da editora na CCXP. Na editora Contexto, coordenou o marketing e o e-commerce da editora no início da Pandemia de Covid-19 e conseguiu aumentar o faturamento do site da empresa em 225% nos dois primeiros anos. Além disso, reformulou a relação da editora com influenciadores, posicionando a Contexto como referência entre os divulgadores científicos no Brasil.
Atualmente trabalha na Global Editora, onde coordena as ações de marketing e comunicação. Em 2023 a editora levou para a Bienal do Livro Rio o seu maior estande e alcançou recorde de vendas. Ronaldo também lidera a divulgação do novo selo da editora, o Global Educação e atua junto ao editorial e empresas parceiras, na produção de audiolivros.
Em 2024, Ronaldo é um das finalistas do Prêmio Jovens Talentos, do PublishNews. No dia 9 de setembro, durante a programação do InterLivro, na Bienal Internacional do Livro de São Paulo, será anunciado o vencedor do Prêmio Especial que viajará para Frankfurt com as despesas de passagem e hospedagem custeadas pela organização do prêmio.
O PublishNews perguntou a Ronaldo Rodrigues o que ele está lendo, e esta foi a resposta:
"Estou lendo A mão esquerda da escuridão (Aleph), de Ursula K. Le Guin, com tradução de Suzana de Alexandria. A obra conquista logo no prefácio. Em um texto curtinho, mas muito consciente e relevante, a autora reflete sobre o papel da ficção científica, de seus escritores e leitores.Lançado em 1969, o livro é protagonizado por um homem negro, emissário humano da confederação de comércio interplanetário, que chega a um mundo em que as pessoas não têm gênero definido. Elas só desenvolvem órgãos sexuais durante um período de cio, podendo se manifestar como machos num ciclo e fêmeas em outro. Le Guin explora o impacto dessa característica em todos os âmbitos, do familiar até o social, bélico e político.
Alguns aspectos refletem a época em que o volume foi escrito, como a inexistência de relações homossexuais e de outras possibilidades de gênero além do dualismo macho/fêmea. Apesar disso, é uma publicação que quebra expectativas, se mantém atual e faz pensar.
O estilo de escrita é entrecortado com pequenas histórias aparentemente desconectadas da trama principal, o que materializa a criação de um universo fascinante. Sendo que o wordbuilding é um dos elementos que mais me atrai em livros assim.
Roubando um pouquinho aqui: meu “Estou ouvindo” no caminho casa-trabalho é o audiolivro Chatô – O rei do Brasil, narrado por Carlos Alberto Vasconcellos. Uma produção sensacional, de dar gosto de ouvir!
Recomendo também: A terra dos meninos pelados (Global Editora), clássico de Graciliano Ramos com modernas e lindas ilustrações da @ilustralu. E As guerras do livro (Editora Unesp), do John B. Thompson e tradução de Fernando Santos. Uma aula sobre o livro e suas perspectivas futuras."