Pouco tempo depois, ele entra na Universidade Anhembi para cursar Comunicação Social. Ali conhece um dos diretores da Ática, que o convida para trabalhar como divulgador escolar. Começava ali, em 1972, a história de Waldir no livro. A sua trajetória o trouxe para o PublishNews Entrevista, programa que quer compor um arquivo da memória editorial brasileira.
A história na Ática leva Waldir, em 1987 a Porto Alegre, onde ainda hoje é o distribuidor da editora de didáticos para o estado do Rio Grande do Sul. E foi na capital gaúcha que Waldir criou o seu maior legado.
Depois de servir como presidente da Câmara Riograndense do Livro por dois mandatos, é convidado pela Federação das Indústrias do RS para formar o Banco de Livros do Rio Grande do Sul, fundado em 2009. “Há 11 anos, ele [o livro] se tornou a finalidade da minha vida, um dos meus objetivos maiores da vida”, disse na conversa que teve com André Argolo.
Nestes 11 anos, o Banco já arrecadou mais de 1,5 milhão de livros que serviram para montar 900 espaços de leituras em hospitais, postos de saúde, presídios, creches, rodoviárias, catamarãs, ônibus, táxis... “Onde precisa, nós estamos”, disse.
Mas o que mais emociona Waldir é o efeito do Banco de Livros em presídios. Além dos espaços de leitura instalados nestes locais, para atender tanto os apenados quanto as famílias em dias de visitas, o Banco de Livros faz uma espécie de concurso de redação entre os presos e seleciona alguns textos para compor a coleção Vozes de um tempo, que já está no quinto volume. “É uma coisa linda. É um resgate que me emociona muito. É uma demonstração de cidadania”, disse orgulhoso. Os livros ganham apresentações de nomes consagrados da literatura como Lya Luft e Jorge Furtado.
No fim da entrevista, Waldir fez um apelo para que essa experiência do Banco de Livros do Rio Grande do Sul possa se multiplicar por outros estados brasileiros: “Imagina quantos livros parados não existem no Brasil? Estamos criando leitores para o futuro e abrindo espaços para as pessoas comprarem novos livros. Vamos agitar essa ideia”.
O Banco de Livros recebe doações de pessoas físicas ou jurídicas e, graças ao apoio de transportadores, pode recolher livros em todos os estados brasileiros. Interessados em entrar em contato com o Banco de Livros para fazer doações podem escrever para Neli Miotto, a bibliotecária responsável pelo projeto, no e-mail neli.miotto@bancossociais.org.br.
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