Varejo de livros dá sinais (mesmo que tímidos) de recuperação
PublishNews, Leonardo Neto, 16/08/2016
Para Ismael Borges, da Nielsen, a ‘expectativa para o restante do ano é que as vendas se recuperem’

Para Ismael Borges, da Nielsen, a ‘expectativa para o restante do ano é que as vendas se recuperem’ | © Divulgação
Para Ismael Borges, da Nielsen, a ‘expectativa para o restante do ano é que as vendas se recuperem’ | © Divulgação
Em 2015, em especial entre os meses de maio e junho, as livrarias brasileiras foram invadidas por um fenômeno de vendas: os livros de colorir. É chover no molhado dizer que, em 2016, não apareceu – até agora – nenhum outro livro-prodígio, que fizesse uma mesma carreira de vendas nem de perto parecida com a feita por Floresta encantada e seus parceiros. Assim, nos últimos meses, a evolução do varejo de livros em comparação ao mesmo período do ano passado apresentava sempre números muito menores e distantes dos apurados no ano anterior. “A verdade é que a ascendência dos livros de colorir durante o ano de 2015 estabeleceu um parâmetro tão alto de comparação que agora percebemos o quão essas vendas foram efetivamente incrementais”, aponta Ismael Borges, gestor do Bookscan, ferramenta da Nielsen que monitora o varejo de livros no Brasil.

A Nielsen realiza, a pedido do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), o Painel das Vendas de Livros no Brasil. No sétimo período de 2016, que compreende o intervalo entre 20 de junho a 17 de julho, o Painel apurou um crescimento nominal (sem levar em consideração a inflação que foi de 8,74% de acordo com o IPCA) de 2,78%, saindo de R$ 100,5 milhões, em 2015, para R$ 103,3 milhões, em 2016. Em termos de volume, no entanto, houve uma queda de 2,97 milhões de exemplares vendidos em 2015 versus 2,81 milhões vendidos em 2016, declínio de 5,51%. “O sétimo período começa a experimentar uma base comparativa mais alinhada, e a expectativa para o restante do ano é que as vendas se recuperem”, completa Ismael.

No acumulado do ano, o faturamento totaliza R$ 833,5 milhões, em 2016, versus R$ 885,2 milhões, em 2015, ou queda de 5,83%. No volume, a queda beira os 15%: 23,3 milhões de exemplares vendidos nas 28 primeiras semanas de 2015 versus 19,84 milhões vendidos no mesmo período desse ano.

O preço médio do livro acompanhou a inflação e fechou o sétimo período 8,78% mais alto (R$ 36,77) do que o apurado no mesmo período do ano passado (R$ 33,81).

Clique aqui para baixar a íntegra do Painel das vendas de livros no Brasil.

[16/08/2016 09:41:00]