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Qual seria a maior dificuldade?
PublishNews, 09/05/2011
E-book: não adianta resistir

Depois de um feriado prolongado, porque ninguém é de ferro, voltamos com papos digitalizados. Vim dar notícias e falar sobre minhas novas descobertas!

O mercado brasileiro continua crescendo, vendas idem (porém incipientes em relação aos impressos), leis no forno para aprovar retirada de impostos sobre tablets, o que possibilitará o “boom” de vendas, Apple com fábrica no Brasil, novos gadgets, editais governamentais para e-books na reta final para aprovação. Ufa!

Nosso mercado anda a mil por hora. Nas empresas em que trabalho e presto consultoria, precisamos de um dia com 35 horas para darmos conta do volume de contatos comerciais, consultorias e conversões. Diante do cenário, me deparei com uma triste surpresa: o setor que mais apresenta resistência para o novo mercado digital, senhoras e senhores... é o setor de produção, que tanto amo e do qual faço parte. Tenho confrontado pessoas responsáveis pelo setor de diagramação e produção que simplesmente não acreditam na nova realidade, não se interessam em estudar e ignoram o senso de urgência do mercado, baseados somente nos números atuais e sem projeção, simplesmente pelo fato de estarem apegados e acostumados (eca, detesto esta palavra) com a rotina herdada pelo nosso querido Gutemberg.

Sempre foi assim, não é mesmo? Se lembrarmos da Revolução Industrial e do início da era tecnológica, dá até para ouvir o operário gritando que os computadores eram coisas do demônio, que iriam roubar seus empregos, e é exatamente isso que estou vivenciando no meio editorial.

Estamos falando de algo que não tem volta: o mercado não atrasará por conta destes profissionais, as leis não deixarão de sair, as pessoas não deixarão de comprar livros digitais em questão de segundos... a vida vai continuar - pessoas capacitadas sairão das universidades, profissionais se destacarão... A resistência destes profissionais, não fará o tempo parar.

Isso tudo me fez lembrar de quando saí da faculdade e comecei a dar aulas de História para uma turminha da 5ª série da Baixada Fluminense. Isso foi em 2000!? Um grupinho de alunos se aproximou da minha mesa e um deles me perguntou: “Professora, qual é o nome daquele aparelho que tocava um CDzão preto?” Eu respondi com cara de gente muito experiente e sabedora das coisas: “Vitrola!” e ele, todo feliz, “Isso! Vitrola! Viu como eu estava certo? Isso existiu mesmo!”.

Lembrei da minha vitrolinha vermelha que tocava minhas historinhas favoritas... Saudades sim, mas não a guardei e hoje uso com destreza meu iPod, com milhões de funções e historinhas e músicas e livros... Como as coisas mudam, não?!

Agradecimentos: revisão por @batdanielfosco

Camila Cabete (@camilacabete no Twitter e Instagram) tem formação clássica em História. Foi pioneira no mercado editorial digital no Brasil. É a nova Head de Conteúdo da Árvore e a podcaster e idealizadora do Disfarces Podcast.

Link para o LinkedIn

camila.cabete@gmail.com (Cringe!)

** Os textos trazidos nessa coluna não refletem, necessariamente, a opinião do PublishNews.

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