Na obra, Leones traça um retrato de um país composto por beleza, mas também por horror. Isabel, a protagonista, é uma matadora. Junto com o pai, um ex-policial, ela executa serviços para figuras poderosas e influentes no estado de Goiás. A história se passa em 1983, no centro-oeste brasileiro. Estamos nos estertores da ditadura, e bandidos de todos os tipos circulam pelos porões da cena política nacional. Vento de queimada é sobre o custo-Brasil: cadáveres e mais cadáveres se amontoam, e às vezes o único jeito de alcançar a saída é atirando. Uma narrativa amoral sobre criaturas imorais.
Com texto de orelha assinado pela escritora Luisa Geisler, a obra, que leva o leitor a um “faroeste à brasileira”, será adaptada para o cinema pela Conspiração Filmes.
O seu livro de estreia, Hoje está um dia morto, também foi levado ao cinema em 2019 como Dias vazios, por Robney Bruno Almeida.