A Feira Internacional do Livro de Guadalajara (FIL) será realizada entre os dias 29 de novembro e 5 de dezembro de 2025, no México. Neste ano, o estande brasileiro reunirá dez editoras nacionais. A participação brasileira é organizada pelo Brazilian Publishers — projeto de internacionalização do conteúdo editorial brasileiro realizado pela parceria entre a Câmara Brasileira do Livro (CBL) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) — e conta com o apoio institucional do Ministério das Relações Exteriores (MRE). As casas editoriais que representarão o país são: Callis, Mil Caramiolas, Bom Bom Books / Cedic International, Pé da Letra, Panda Books, Pop Stories, Global, Grupo Aboio, Miguilim e Ciranda Cultural. O espaço será dedicado à exposição de obras, reuniões de negócios e atividades culturais com autores convidados. . Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Autor de uma das arquiteturas literárias mais singulares do país, Alberto Mussa revisita agora o Compêndio Mítico do Rio de Janeiro em novas edições da Editora Record — cinco romances que atravessam os cinco séculos desde a fundação da cidade, cada um ancorado em um crime real, sempre reelaborado pela força do mito. Nesta conversa com o PublishNews, o escritor fala sobre a escolha do crime como uma espécie de chave de leitura do Rio, comenta a sua fusão radical entre erudição e cultura popular e reflete sobre como se reconhece, ou não, nos livros escritos duas ou três décadas atrás. “O crime me interessa, ou me fascina, porque é sempre uma atitude extrema. E porque as atitudes extremas são as que melhor revelam a essência da nossa humanidade", explica o vencedor de prêmios como Casa de las Américas, Biblioteca Nacional, Jabuti e ABL. Leia a entrevista!

*Este artigo é um publieditorial do Studio PN. O avanço de Direito tributário digital (LVM Editora), de Faustino Júnior, tornou-se um dos movimentos mais significativos do mercado editorial em 2025. Segundo dados da Lista Nielsen-PublishNews de Mais Vendidos, a obra tornou-se o maior best-seller jurídico do mercado brasileiro neste ano, alcançando posição de destaque em um segmento do qual títulos raramente ultrapassam os circuitos acadêmicos e profissionais. Mais do que um resultado de vendas, o desempenho reflete uma transformação no ensino jurídico do país. Atualmente, 824 faculdades de Direito já adotaram o livro em suas bibliografias, seja como leitura obrigatória em disciplinas de tributação e economia digital, seja como referência complementar em áreas de tecnologia jurídica e regulação. O volume de adoções consolidou uma demanda inédita: dezenas de milhares de exemplares foram vendidos diretamente para acadêmicos de Direito, instituições de ensino, eventos advocatícios e programas de formação em tributação digital, demonstrando que o interesse pela obra se tornou estruturante e não apenas episódico. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O Estado de São Paulo e o jornal O Globo repercutiram a notícia de que a escritora irlandesa Sally Rooney afirmou a um tribunal londrino que talvez seja impedida de publicar seus livros no Reino Unido devido a seu apoio ao grupo Palestine Action, segundo o jornal britânico The Guardian. De acordo com a colunista da Folha de S. Paulo, Monica Bergamo, o jornalista escritor Fernando Morais finalizou o segundo volume da biografia de Lula. No Estadão, o repórter Leonardo Neto escreveu sobre a adaptação para quadrinhos do longa brasileiro Hoje eu quero voltar sozinho, com roteiro de Daniel Ribeiro e ilustrações de Bruno Freire. O livro será lançado em 2026, pela editora Seguinte. A revista Le Monde Diplomatique Brasil publicou um artigo sobre o Mapa das Livrarias de Rua e ressalta a iniciativa dos comércios independentes do livro em meio a um contexto de "concorrência predatória". Leia o Apanhadão da Semana para saber mais!

O escritor Pedro Bandeira, um dos maiores nomes da literatura infantojuvenil brasileira, lança a sexta edição de A droga da obediência (Moderna), obra que inaugurou a série Os Karas e se tornou um clássico para diversas gerações de leitores. O evento, que contará com sessão de autógrafos, será neste fim de semana na Livraria da Vila, em São Paulo. Publicado pela Editora Moderna, o livro chega em uma edição revista e atualizada pelo próprio autor, celebrando os 40 anos de publicação da obra original. Nesta nova versão, Bandeira revisitou o texto integralmente, substituindo referências que ficaram no passado e ajustando detalhes de continuidade. “Atualizei o que o tempo transformou, mas sem mudar a alma da trama. Os Karas continuam sendo os mesmos: jovens inquietos, cheios de perguntas e coragem para enfrentar o mundo”, conta Bandeira, no material de divulgação do volume. Leia mais e programe-se.

A moda pode ser entendida como um ato político? Para a professora, pesquisadora e designer carioca Joana Contino, a resposta é um enfático sim. Em A indústria da moda no capitalismo tardio (RioBooks), a autora investiga como o setor foi moldado por dinâmicas de exploração, aceleração e obsolescência — um sistema que, segundo ela, nunca operou tão rápido nem exigiu tanto dos trabalhadores. O livro nasce diretamente de sua trajetória profissional e acadêmica. “Comecei na moda como microempresária. Anos depois, o negócio cresceu um pouco e abri uma loja em shopping com mais duas sócias. Na época, o fast fashion estava começando dominar o mercado de moda. E como o negócio era pequeno, ficou difícil manter, porque era difícil competir em velocidade e em preço. Foi quando decidi fazer mestrado em Design e o tema surgiu da minha vivência como microempresária”, recorda Joana ao PublishNews. Leia a nota para saber quando e onde será a noite de autógrafos no Rio.

Criada por Marcelino Freire e reconhecida pela capacidade de ocupar territórios diversos com literatura, performance e afetos, a Balada Literária celebra vinte anos de circulação contínua, mantendo o gesto que a tornou referência: aproximar artistas, leitores e novos criadores por meio de encontros que atravessam gerações e linguagens. Nascido em São Paulo, o festival expandiu-se ao longo desses anos para Salvador, Teresina, Recife e o sertão do Cariri, sempre com a marca de uma curadoria que alia escuta, irreverência e rigor literário. A celebração no Sesc Pinheiros está prevista para o início de dezembro, com um bate-papo sobre arte e reinvenção com Valéria Barcellos e Jéssica Balbino, uma oficina de escrita literária com o mestre Raimundo Carrero, que completa meio século de publicação, e lança livro pela Record. Acesse a nota completa para saber mais do evento.

Nesta sexta-feira, dia 28 de novembro, a Faculdade LabPub realiza o Dia LabPub Black Friday, uma ação inédita que oferece aulas, entrevistas e bate-papos gratuitos, reunindo profissionais influentes do mercado editorial em uma programação de 13h às 16h. O objetivo é ampliar o acesso à formação qualificada para autores, editores, produtores de conteúdo e demais profissionais da cadeia do livro — a programação é online e gratuita. Entre os nomes confirmados, estão Cassia Carrenho, curadora e produtora de eventos culturais, Ricardo Almeida, CEO do Clube de Autores, e Cristiane Martins, gerente de produto da MVB Brasil. A iniciativa faz parte da campanha Black Friday da LabPub — que, este ano, vai além dos descontos, apostando em conteúdo formativo e estratégico para fortalecer o mercado editorial. Durante a programação desta sexta-feira também haverá descontos exclusivos para os participantes em cursos da instituição. Clique no Leia mais para saber como participar.

Os países membros do Comitê Executivo do Centro Regional para o Fomento do Livro na América Latina e o Caribe (Cerlalc) elegeram o Ministério da Cultura da República Dominicana para presidir o colegiado durante o próximo biênio. A reunião, realizada na quarta-feira (26), também incluiu a apresentação do andamento do Programa Técnico 2024-2025, cujo encerramento está programado para o primeiro trimestre de 2026. O encontro contou com a participação das delegações de Chile, Costa Rica, Espanha, Peru e República Dominicana, bem como com a assistência de representantes da Unesco e dos ministérios da Educação, Culturas e Relações Exteriores da Colômbia como país sede. A nova presidência do Comitê Executivo estará a cargo de Ramón Pastor de Moya, vice-ministro de Identidade Cultural e Cidadania do Ministério da Cultura da República Dominicana. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Triste não é ao certo a palavra (Companhia das Letras), de Gabriel Abreu, é uma obra que pulsa para além de si mesma, que pede voz, gesto, presença. Não surpreende, portanto, que encontre agora um desdobramento tão potente quanto íntimo em Triste! Triste… Triste?, peça escrita e dirigida por Nicolas Ahnert, com atuação visceral de Thalles Cabral. Ahnert compreende que adaptar não é transcrever, é traduzir vibrações. Sua dramaturgia se aproxima do livro por dentro, buscando o que nele não se nomeia com facilidade e o que está em potência: a dor que não cabe na linguagem, a palavra que falha, o sentido que se desfaz no instante em que tenta se afirmar. Em vez de explicitar, ele escolhe tensionar. Em vez de ilustrar, ele expõe o vazio, esse território movediço em que Gabriel Abreu constrói a experiência do indizível. Thalles Cabral torna essa vibração matéria. Sua atuação é feita de nuances, hesitações, silêncios, pequenos gestos que se alargam diante do público. Ele não interpreta o texto, ele o atravessa. Fui assistir a peça com toda a família e, confesso, demorei para digerir o que vi, ouvi e senti, por isso a demora em escrever sobre. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A editora Labrador está em busca de uma nova pessoa para o cargo de assistente de marketing. As atividades do dia a dia da vaga envolvem criar mockups de livros e outras artes para redes sociais, editar vídeos e dar apoio em algumas tarefas operacionais. Será dada preferência a profissionais formados em Marketing, Publicidade, Design e afins, mas o fundamental, na visão da empresa, é a postura e a competência, não o diploma.

A escritora italiana Donatella Di Pietrantonio, vencedora do Prêmio Strega 2024 por L’età fragile, lança no Brasil o romance Bella mia (Relicário), publicado originalmente em 2014. A obra será apresentada em evento na Livraria da Tarde, por três mulheres: a tradutora da obra Patricia Peterle vai trocar uma ideia com a professora e pesquisadora Maria Carolina Casati com mediação de Beth Leites. Considerado um dos livros centrais de sua obra, Bella mia explora temas caros à autora — memória, maternidade, luto e reconstrução — a partir da tragédia que devastou a cidade italiana de L’Aquila, em 2009. Após a morte repentina da irmã gêmea, Olivia, nos escombros do terremoto, a protagonista se vê responsável pelo sobrinho adolescente. Leia a nota completa para saber tudo do evento em São Paulo.

Exilado em Berlim nos anos 1920 junto com muitos outros artistas e escritores russos, Viktor Chklóvski, um dos principais teóricos do Formalismo Russo, apaixonou-se pela jovem escritora Elsa Triolet e passou a lhe enviar cartas diariamente. Ela aceitou as cartas, impondo uma única condição: que elas não falassem de amor. Zoo, ou Cartas não de amor (Editora 34, 195 pp, R$ 65 — Trad.: Vadim Nikitin) é o romance epistolar resultante dessa correspondência. Num verdadeiro surto criativo, Chklóvski recorre aos mais variados assuntos para lidar com a proibição: a vida no exílio, a guerra, as diferenças entre Moscou e Berlim, a transformação da vida pelas máquinas, retratos de figuras como Khliébnikov, Chagall e Pasternak. Recorre também a diversos gêneros literários: prosa poética, ensaio, fábula, memória... Esta criteriosa tradução de Vadim Nikitin se baseia na última edição revista pelo autor, de 1966, e inclui uma introdução do crítico e tradutor Richard Sheldon e um perfil biográfico de Elsa Triolet.

Numa noite chuvosa de fim de verão, um jovem imigrante está prestes a se jogar de uma ponte na Felicidade do Leste, uma cidadezinha esquecida no interior de Connecticut. Do outro lado do rio, porém, uma voz o impede ― é Grazina, uma viúva lutando contra o avanço da demência. Essa conexão improvável entre duas pessoas à deriva dá início a uma relação que, ao longo de um ano, se transforma em um frágil pacto de sobrevivência mútua. O imperador da Felicidade (Rocco, 400 pp, R$ 79,90 – Trad.: Rogério Galindo) é uma história sobre aqueles que vivem à margem da sociedade ― jovens, velhos, imigrantes, pobres, viciados ―, descartados pelo sonho americano e relegados aos bastidores do progresso. Ocean Vuong transforma esses esquecidos em protagonistas de beleza pungente, capturando momentos de conexão humana em meio ao colapso econômico, à rotina esmagadora do trabalho, às minúsculas perdas diárias e à insistência em, apesar de tudo, continuar vivendo.

Neste terceiro livro da aclamada série Sobre o cálculo do volume (Todavia, 168 pp, R$ 99,90 — Trad.: Guilherme da Silva Braga), Solvej Balle amplia ainda mais a estrutura do ciclo temporal, enquanto aprofunda a forma como Tara lida com seus relacionamentos, sua autopercepção e os limites entre os espaços dentro e fora de si. O leitor caminha com ela por suas tentativas de entendimento do peso da experiência que está vivendo, a densidade de suas emoções, o vazio do desejo não correspondido. E Tara Selter não está mais sozinha: conheceu alguém que, assim como ela, segue preso ao dia 18 de novembro. Junto com Tara, passamos a ter um novo olhar para a falha temporal, comparamos experiências e descobrimos como outra pessoa passou os 1148 (ou seriam 1149?) dias.

Primeiro livro da premiada autora mauriciana Nathacha Appanah publicado no Brasil, Trópico da violência (Paris de Histórias, 200 pp, R$ 72,90, traduzido por Lorena Figueiredo) lança um olhar contundente sobre a face oculta do arquipélago de Mayotte, território ultramarino francês no Oceano Índico. Misturando lirismo e brutalidade, a narrativa acompanha a trajetória de Moïse, um jovem órfão que, após a morte da mãe adotiva, vê-se sozinho e mergulhado na incerteza. Sua vida o conduz até “Gaza”, a maior e mais infame favela de Mayotte, onde a violência, a exclusão e a luta por pertencimento moldam a juventude esquecida da ilha. Narrado por cinco personagens distintos, o romance dá voz aos marginalizados e revela, com prosa intensa e poética, as consequências sociais da imigração precária, das tensões identitárias e do abandono. A obra é também uma poderosa denúncia social: ao expor a realidade ignorada da França ultramarina, Appanah convida o leitor a refletir sobre identidade, fronteiras e humanidade em um mundo atravessado por deslocamentos forçados e crises migratórias.