Um relatório divulgado pela China Publishers Magazine e pelo Publishing Perspectives na Feira do Livro de Frankfurt revelou que, em 2023 e 2024, a indústria editorial chinesa enfrentou oportunidades e desafios sem precedentes, impulsionados por mudanças no ambiente externo, incluindo o cenário econômico e os avanços tecnológicos. O ambiente econômico levou a um declínio nas margens de lucro de muitas instituições editoriais. Além disso, a contínua queda nas taxas de natalidade da China impactou negativamente o setor de livros infantis. Os avanços tecnológicos, particularmente na inteligência artificial (IA), também podem ter implicações para a indústria editorial. De acordo com dados da Beijing OpenBook, o mercado varejista de livros da China passou de uma taxa de crescimento negativa em 2022 para um aumento de 4,72% em 2023, atingindo um valor de mercado de 91,2 bilhões de yuans (US$ 12,9 bilhões). O número total de títulos de livros ativos no mercado varejista geral também aumentou 1,55%, com o número de novos títulos subindo 7,3%. Clique no Leia mais para ler a matéria.

O Prêmio Oceanos anunciou nesta quinta-feira (23) os 10 finalistas de 2025. Cinco livros de prosa e cinco de poesia, de autores de Angola, Brasil, Moçambique e Portugal foram selecionados por júris especializados em cada uma das categorias, entre os respectivos grupos semifinalistas desta edição, a qual contou com o número recorde de 3.432 livros inscritos. O âmbito transnacional do prêmio ficou evidenciado nos quatro países contemplados nessa etapa, assim como na diversidade de editoras classificadas para concorrer à etapa final: 13 editoras. O número maior de editoras em relação ao número de livros se explica porque três das obras foram publicadas em mais de um país. Silvana Tavano, Maria do Carmo Ferreira, Ana Maria Vasconcelos e Fabiano Calixto são os brasileiros com obras selecionadas. Clique no Leia mais para ver a lista completa.

O Prêmio Jabuti, mais tradicional distinção do livro brasileiro, anunciou nesta quinta-feira (23) que o vencedor da nova Categoria Especial Fomento à Leitura foi a iniciativa Rio Capital Mundial do Livro, programa que articulou este ano uma série de políticas públicas estruturantes para o livro, a leitura e as bibliotecas. Pela primeira vez na história, a cerimônia da 67ª edição será realizada no Theatro Municipal do Rio de Janeiro (Praça Floriano, s/n, Centro do Rio de Janeiro / RJ) nesta segunda-feira, 27 de outubro, a partir das 19h, com transmissão ao vivo pelo canal da Câmara Brasileira do Livro no YouTube. Na mesma nota, a atriz e cantora Marisa Orth e o ator, diretor e dramaturgo Silvio Guindane foram divulgados como mestres de cerimônia da noite que celebra a força da palavra. Leia a notícia completa.

Uma das principais notícias da semana é a reportagem do Estadão sobre Quarto de despejo, de Carolina Maria de Jesus, que será adaptado para os cinemas. A obra será dirigida pelo mesmo diretor do filme M8— Quando a Morte socorre a Vida, Jeferson De. O longa terá o roteiro assinado por Maíra Oliveira (Papai é Pop) e produção de Clélia Bessa. As filmagens começam no dia 1˚ de novembro de 2025. A Folha de S. Paulo publicou a notícia que o livro Um defeito de cor (Record) será publicado em Portugal em 2026. A aquisição aconteceu após um leilão concorrido entre três editoras de Portugal na Feira de Frankfurt. O romance de Ana Maria Gonçalves foi arrematado pela Bertrand, do Grupo Porto Editora. Uma reportagem no Correio Braziliense teve como tema a forma como algoritmos e a comunidade do BookTok influenciam a lista de livros mais vendidos. O texto fala sobre o efeito "avassalador" de quando um livro viraliza, quando se torna "um dos queridinhos do TikTok". As diferenças entre o livro Se não fosse você (Galera) e a nova adaptação cinematográfica homônima da obra de Coollen Hoover foram tema no gshow. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Trinta anos atrás nascia a Estação das Letras, uma escola de literatura que abarrotava de conversas e alegria uma salinha no Largo do Machado, Rio de Janeiro. Era um oásis para quem gosta de ler, escrever e estar perto dos assuntos em torno dos livros. A proposta original ainda perdura: Oferecer cursos de formação literária com grandes nomes a preços possíveis. A Estação das Letras inaugurou um jeito de se viver a literatura na cidade, com curadoria da poeta e idealizadora Suzana Vargas, que continua à frente da iniciativa, agora também online. Na entrevista, Suzana conta que desenhou a escola “movida pela necessidade que percebia de atuar muito mais em relação à qualidade daquilo que via publicado na época” e que “queria que as oficinas pudessem orientar de vários modos os escritores de primeira viagem”. Não só conseguiu, como tem a oportunidade de vibrar com cada ex-aluno que desponta na cena, como Otávio Júnior, Karine Asht, Lila Maia, Carlos Eduardo Pereira e Marta Barcellos. Leia a entrevista!

Na próxima semana, o Instituto de Leitura Quindim estará em Bogotá para levar os seus conhecimentos à 19ª edição do Festival del Libro para Niños y Jóvenes, um dos eventos mais relevantes da América Latina dedicados à literatura infantil e juvenil. O presidente do Quindim, Volnei Canônica, participará do Seminário do Livro Infantil e Juvenil, contribuindo com o painel em homenagem à obra da escritora e tradutora ítalo-brasileira Marina Colasanti (1937-2025). Em novembro, será a vez de o Quindim marcar presença nos EUA. De 7 a 9 de novembro, o ilustrador e escritor Roger Mello, vice-presidente do instituto, será um dos palestrantes principais da Conferência Regional da IBBY (USBBY), que ocorrerá em Boston. Roger celebra uma nova conquista em sua trajetória: sua 13ª indicação consecutiva ao Astrid Lindgren Memorial Award (ALMA 2026), considerado o maior prêmio internacional da literatura infantil e juvenil. Leia a notícia completa.

O concurso Drummond em Cena divulgou hoje os seus vencedores desta edição: André Luis Vieira Matsumoto Santos, João Guilherme Santana Teixeira, Silvio José Pedro, Daielle Basanelli e Kleverson Marianodos, artistas vencedores da edição, receberão uma premiação em dinheiro. As obras estarão na exposição “Drummond em Cena no Conjunto Nacional", em São Paulo (SP), entre os dias 17 de novembro e 7 de dezembro, para celebrar a inauguração de uma nova estátua do autor, encomendada pela livraria. A mostra contará com uma estátua original em tamanho natural do escritor, criada pelo artista plástico Leonardo Salinas, além de totens apresentando tanto os trabalhos selecionados quanto detalhes do processo de criação da escultura, e a participação especial de duas obras de Pedro Drummond, neto do poeta. O projeto – realizado pela Livraria Drummond – conta com o apoio cultural da Câmara Brasileira do Livro (CBL), da Associação Brasileira de Difusão do Livro (ABDL) e da Associação Nacional de Livrarias (ANL). Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

HarperCollins Brasil está em busca de uma pessoa para ocupar o cargo de analista de social commerce. Entre as atribuições estão planejar e executar estratégias de vendas em plataformas de social commerce e gerenciar a operação do canal: ofertas, campanhas promocionais, afiliados, cupons e relatórios de desempenho. Um dos requisitos é possuir formação em Administração, Publicidade e Propaganda, Comunicação Social ou área correlatas. A vaga é para trabalhar no Rio de Janeiro.

Grupo Editorial Record está em busca uma nova pessoa para ocupar o cargo de promotor. Entre as atribuições do cargo estão realizar visitas periódicas às lojas físicas, apresentando os títulos do catálogo da empresa, assegurando a correta exposição e a atualização dos lançamentos. A vaga é para trabalhar em Campinas e exige ensino superior cursando ou completo em Administração, Publicidade e Propaganda e áreas correlatas.

Luiz Ruffato, um dos nossos grandes autores de ficção, apresenta em A mão no fogo (Autêntica, 213 pp, R$ 67,90) sua faceta de ensaísta, propondo um olhar original sobre a história da literatura brasileira — uma história marcada por apagamentos, exclusões e leituras enviesadas. Nesta coleção de textos, escritores como Graciliano Ramos, Guimarães Rosa e Júlia Lopes de Almeida aparecem desafiando convenções e demolindo expectativas, seja por suas posturas políticas ou pela qualidade sui generis de suas obras. Essas histórias, vividas à margem ou à meia-luz, ganham ainda mais força graças à originalidade da escrita de Ruffato, que, como aponta o crítico Pedro Meira Monteiro no prefácio, carrega "um ar de prosa solta" sobre o desenho nem sempre claro da nossa literatura.

Em Sobre a ficção (Companhia das Letras, 176 pp, R$ 89,90) que ganha agora nova edição pela Companhia das Letras, podemos acompanhar as longas conversas que Viel manteve durante anos com autores que lhe são próximos do coração, como Rosa Montero, Javier Cercas, Dulce Maria Cardoso, Juan Gabriel Vásquez, Bernardo Carvalho, Valter Hugo Mãe, Mia Couto, Milton Hatoum, Tatiana Salem Levy e Djaimilia Pereira de Almeida. Viel aborda não apenas conversas sobre o ofício como também indagações acerca da formação dessas figuras enquanto leitores, sobre a infância de cada um, suas frustrações e pretensões. A sabedoria, erudição e inteligência, tão características nas obras dos escritores, se fazem presentes nesta prosa informal, que faz lembrar das conversas de velhos amigos.

Pequenos fogos (Relicário, 136 pp, R$ 65,90) apresenta ensaios que percorrem poesia e prosa — atentos às armadilhas e miudezas que deixam marcas em quem lê, funcioanndo como exercícios de aproximação da literatura, em suas diversas formas, gêneros e propostas. Passando por Alejandra Pizarnik, Ghérasim Luca, Armando Freitas Filho, a prosa minúscula de Robert Walser e as cartas de Baudelaire à sua mãe, Laura Erber traduz a intensidade dessas experiências, que podem ser chamadas de pequenos fogos, fragmentos que iluminam o que permanece inquieto. Os textos foram escritos em momentos muito distintos, sendo alguns deles o desdobramento de monografias de fim de curso escritas durante o mestrado e doutorado da autora, já outros foram escritos com a consciência de que seriam lidos em espaços mais públicos, como o Suplemento Pernambuco, o blog do IMS ou a Folha de São Paulo.

Em A posição das colheres (Autêntica Contemporânea, 144 pp, R$ 62,90), Deborah Levy convida o leitor a entrar no interior do seu mundo, partilhando suas experiências e pensamentos mais íntimos, à medida que traça e mede sua vida contra o pano de fundo das musas literárias e artísticas que a moldaram. Com seu estilo inconfundível, Levy reflete sobre temas que vão da beleza dos limões sobre uma mesa à sedução exercida pela escritora Colette, passando pelas ruas de Paris, o fim de um casamento e o encanto dos jardins públicos. Um verdadeiro retrato da vida e da vitalidade intelectual de Deborah Levy, em todas as suas dimensões. Deborah Levy nasceu em Joanesburgo, África do Sul, em 1959. É autora de sete romances e foi indicada duas vezes ao Goldsmiths Prize e três vezes ao Booker Prize.