Há alguns anos amealhando ouvintes por aí, os podcasts literários têm se multiplicado. A produção de novas temporadas de programas já conhecidos é o melhor exemplo da existência de ouvintes no outro lado. Em geral, o público desbrava os episódios entre as tarefas do dia a dia – uma pia de louças para lavar aqui, um trajeto entre a casa e o trabalho acolá. E aqueles minutos meio bobos acabam se tornando fonte de conhecimento. Em meados de agosto, foi a vez do elogiado Livros no Centro estrear a sua terceira temporada. Feito pela equipe da Livraria Megafauna desde 2023, o podcast ressurge com pequenos ajustes. Um episódio sobre a ligação do escritor Dalton Trevisan (1925-2024) com a sua faz-tudo e anjo da guarda Fabiana Faversani marca o retorno do Livros no Centro aos tocadores de áudio neste 2025. E, se estreou, é sinal de que mais da metade da pauta dos dez episódios da vez está bem adiantada – com uns dois ou três episódios já finalizados em estúdio. Esse material “de gaveta” dá fôlego quando cai alguma pauta e a equipe precisa correr para encontrar outra, tão boa quanto, ou até melhor. O segundo episódio entrou no ar hoje. Clique no Leia Mais para saber o que esperar desta temporada.

O Prêmio Oceanos anuncia os 50 semifinalistas da edição de 2025: são 25 na categoria poesia e 25 em prosa (romance, conto, crônica e dramaturgia). A diversidade de nacionalidades de escritores e jurados que o prêmio vem conquistando e o resultado dessa primeira etapa enfatizam a proposta do Oceanos de valorização da língua portuguesa, e o caráter cada vez mais internacional da premiação. A edição de 2025 bateu recorde de inscrições: recebeu 3.142 obras, vindas de sete países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP): Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe. Esses livros contaram com a avaliação de jurados de seis países: Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe. Outro recorde deste ano foi a participação das editoras: das 488 que inscreveram suas obras no prêmio, 37 estão na lista de semifinalistas, sediadas no Brasil, em Moçambique e em Portugal. Leia Mais e conheça os semifinalistas de 2025.

A Anthropic, empresa norte-americana de inteligência artificial e criadora do modelo Claude, informou em um documento judicial na terça-feira (26) que chegou a um acordo em um processo coletivo de um grupo de autores que alegavam que seu treinamento de IA infringia direitos autorais, de acordo com a agência de notícias Reuters. Este seria o primeiro acordo do tipo nos EUA. Um juiz federal da Califórnia que supervisiona o caso disse, em uma decisão de junho, que a Anthropic poderia ter baixado ilegalmente até sete milhões de livros de sites piratas, o que a tornaria responsável por bilhões de dólares em danos se o processo dos autores fosse bem-sucedido. A Anthropic se recusou a comentar o documento judicial à agência, que não descreveu os termos do acordo, que pode ser um marco histórico na formação de litígios contra empresas de IA. A lei de direitos autorais dos EUA diz que a infração intencional de direitos autorais pode justificar danos estatutários de até US$ 150 mil por obra – relatos da imprensa americana apontam que o processo poderia chegar a US$ 1 tri, bem mais do que o valor total da empresa (cerca de US$ 170 bi). Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Nova Fronteira é uma casa editorial de forte tradição na literatura brasileira: em 2025, a editora completa 60 anos e agora quer consolidar a sua atuação no cenário educacional. “Uma das nossas metas para esse aniversário é fazer da Nova Fronteira uma referência no mercado de literatura infantojuvenil ligado à educação”, explica o presidente do Grupo Ediouro, Jorge Carneiro. A Ediouro Educação reúne hoje todo o catálogo de literatura infantojuvenil do grupo, com diversos selos editoriais – sendo a Nova Fronteira o maior deles. Com esse trabalho sólido, a Ediouro está sempre muito perto do topo do ranking das adoções governamentais do PNLD. Levar literatura de qualidade a milhões de alunos é uma missão para a casa. Em março deste ano, a Nova Fronteira publicou a poesia completa de Ariano Suassuna. A contratação da obra de Ariano Suassuna, em 2014, é considerada pelo presidente Jorge Carneiro um dos principais momentos da história da editora. No ano em que Rubem Fonseca completaria 100 anos, a casa ainda lançou um verdadeiro presente aos fãs de literatura brasileira: uma caixa que reúne, em mais de duas mil páginas, todos os contos publicados pelo autor. Nos últimos meses, a editora também reeditou e lançou novos volumes da coleção Simone de Beauvoir, com novas capas e prefácios – assinados por nomes como Lilia Moritz Schwarcz, Mary Del Priore, Mirian Goldenberg e Andréa Pachá, entre outras. A editora também vem investindo na diversificação do catálogo, incluindo novas graphic novels e novas edições de obras clássicas em boxes de luxo. *Este artigo é um publieditorial do Studio PN. Clique no Leia mais para ler a matéria na íntegra.

A escritora mineira Conceição Evaristo – que mora entre o Morro da Conceição, no Rio de Janeiro, e Maricá, município na Região Metropolitana da cidade – será a grande homenageada na 10ª edição da Festa Literária Internacional de Maricá (Flim), a ser realizada de 5 a 14 de setembro. Para celebrar a sua primeira década, o evento virá ampliado, com cinco tendas principais e ofertará vouchers para alunos de escolas municipais e universidades, além de professores e profissionais de educação, trocarem por livros nos dez dias do evento, organizado pela Prefeitura de Maricá. "Sou a escritora convidada e homenageada. Toda a minha obra estará disponível no evento, e estarei presente para conversar com leitores e dar autógrafos. Além disso, vai ser uma oportunidade para estar com vários escritores e escritoras do país", convoca Conceição, que receberá uma placa comemorativa no encerramento da Flim. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A saudade é mais do que um sentimento de falta, ela é também um dos grandes impulsionadores da literatura. Para os leitores, os livros muitas vezes saciam a nostalgia de vivências passadas. Para os escritores, a saudade é uma grande aliada da criação: molda lembranças, revive experiências e são fios condutores de grandes narrativas. Na literatura, a saudade é matéria-prima. Ela é capaz de transformar a ausência em presença e memória em palavras. São inúmeras as razões que levam os autores a transformar a saudade em narrativa. Há motivações políticas, como as dos exilados e refugiados. Existem os gatilhos emocionais, como a migração em busca de novas terras, ou mesmo o luto em suas inúmeras facetas. Em todos esses casos, a escrita se oferece como território aconchegante para reconstruir o que foi perdido. Clique no Leia mais para ler o artigo de Luciana de Gnone na íntegra.

Primeira atriz negra a se apresentar no Theatro Municipal e primeira brasileira a ser indicada a um prêmio internacional de cinema, Ruth de Souza (1921-2019) é uma inspiração. Brilhou em sua carreira artística até o último suspiro, aos 98 anos, e deixou um legado que ganha destaque no livro de memórias escrito por Lázaro Ramos a partir de encontros com Ruth, A rainha da rua Paissandu (Intrínseca), que será lançado no dia 4 de setembro, às 17h30, na Academia Brasileira de Letras (ABL). “Eu queria ser atriz desde menina, quando descobri o cinema. Todo dia eu dizia, ‘quero ser artista’. Mas eu também escutava uma voz que dizia: ‘Imagina ter artista preto’. Só que minha mãe disse: ‘Você pode fazer tudo o que quiser’. É isso que eu guardo sempre dela. Com educação, postura e comportamento, as portas vão se abrir para você”, disse Ruth. E essa lembrança marcante aparece em vários momentos das conversas com Lázaro Ramos registradas neste livro.

Em 2017, a escritora Aline Bei viu o seu nome cair na boca do povo por causa do romance O peso do pássaro morto, que conquistou leitores e prêmios. Agora, a paulistana foi convidada para conversar sobre a sua carreira no Sempre um Papo, em Belo Horizonte. Aline vai aproveitar a visita para autografar o seu mais recente livro, Uma delicada coleção de ausências, que chegou às prateleiras no meio do ano, pela Companhia das Letras. O encontro com o público será na próxima terça (2), às 19h30, na Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais (Praça da Liberdade, 21 – Belo Horizonte / MG), com entrada gratuita, por ordem de chegada. Leia Mais para acessar a nota completa.

Uma série de atividades culturais e educativas estão previstas para ocupar a programação de nove bibliotecas da zona leste de São Paulo, desta quarta (27) até sábado (30). O destaque especial fica na programação da Biblioteca Affonso Taunay, na Mooca, que se consolida como um polo de incentivo à leitura, bem-estar e inclusão social. O roteiro cultural é gratuito e livre para todos os públicos. Basta chegar e participar em todas elas, que são: Biblioteca Hans Christian Andersen, Biblioteca Paulo Sérgio Duarte Milliet e Biblioteca Prof. Arnaldo M. Giácomo, as três no Tatuapé; Biblioteca Lenyra Fraccaroli, na Vila Nova Manchester; Biblioteca Milton Santos, no Aricanduva; Biblioteca Ricardo Ramos, na Vila Prudente e também na feminista Biblioteca Cora Coralina, em Guaianases, e na recém-entregue Biblioteca Aureliano Leite, no Parque São Lucas. Clique no Leia Mais e confira o roteiro completo.

Em Pare de mentir para si mesmo: Descubra como sua mente engana você e aprenda a superar a autossabotagem com ferramentas de saúde mental (Gente Autoridade, 140 pp, R$ 74,90), a autora Bernadete Moraes compartilha décadas de experiência profissional em clínica, projetos e empresas para revelar como a mente fabrica realidades ilusórias para sobreviver, e como é possível reprogramar a mente e contornar esses mecanismos a partir da tomada de consciência. Através do Método Psicossistêmico, uma integração entre ciência, psicanálise, hipnose, filosofia e abordagens sistêmicas, você vai aprender a desmontar armadilhas inconscientes e reescrever, com clareza e autonomia, a história que realmente deseja – e merece – viver. Com este livro, você vai identificar padrões de autossabotagem que bloqueiam sua paz interior; compreender por que a mente cria narrativas falsas – e como interromper esse ciclo; explorar traumas, crenças e lealdades familiares sob uma nova perspectiva psicossistêmica; praticar exercícios vivenciais que desbloqueiam emoções e fortalecem sua autonomia emocional; reconstruir sua autoestima com base em consciência, presença e autorresponsabilidade e identificar sentimentos e padrões que paralisam você, libertando-se deles com clareza e força.

Você é o seu maior crítico? Quando recebe um elogio, não se sente merecedor? Já parou para pensar que os padrões elevados que estabelece para si podem ser o maior obstáculo para a sua felicidade? Apesar de todo o esforço para sermos nossa melhor versão, muitas vezes nos sentimos deslocados ou atrasados em relação aos outros. Como impostores prestes a ser desmascarados. Soa familiar? Ao longo de anos de prática no consultório e como pesquisadora, a psicóloga clínica e ph.D. Ellen Hendriksen percebeu que uma das fontes para todos esses sentimentos era o perfeccionismo. Em Não se cobre tanto (BestSeller, 350 pp, R$ 59,90 – Trad.: Alessandra Bonrruquer), Hendriksen nos mostra o que podemos fazer para nos libertar das expectativas irreais que criamos para nós mesmos sem abrir mão da excelência já conquistada pela nossa dedicação. A autora nos conduz por um processo de transformação com base em sete mudanças de comportamento, como substituir a autocrítica pela gentileza e deixar de lado a comparação para viver com mais satisfação. Ao adotar essas práticas, veremos uma evolução na autoaceitação e na compreensão de nossos sentimentos.

O psicólogo alagoano Rubens Oliveira estreia na literatura com Café com Exu (Academia, 240 pp, R$ 59,90). Nascido a partir de uma sátira nas redes sociais, que une comunicação, espiritualidade e saúde mental, o livro foi concebido como uma ferramenta para que leitores e leitoras consigam pensar nas inúmeras possibilidades da vida, refletirem sobre as próprias escolhas e, acima de tudo, reconectarem-se com a própria essência. Para o autor, a obra rompe a barreira do riso e vai além da brincadeira, propondo uma conexão por meio da espiritualidade – independente de religiões ou caminhos espirituais – para uma autoanálise com objetivo de transformar desafios em oportunidades. Com uma linguagem intimista, que lembra uma boa conversa de café da manhã, o texto oferece um guia de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal, incentivando um grande e necessário movimento interno para explorar as próprias potências e contradições e se permitir mudar e evoluir. Ao todo, são 350 mensagens e reflexões para abrir caminhos e firmar passos; páginas interativas para compartilhar os aprendizados; frases de destaque para inspirar o dia a dia; além de um plano formado por ciclos e fases conforme o momento de cada leitor.

O alongamento é uma atividade simples e suave que pode ser feita por qualquer pessoa, em qualquer lugar, a qualquer hora. Alongue-se (Summus Editorial, 240 pp, R$ 120,80 – Trad.: Denise Maria Bolanho) é um dos livros de condicionamento físico mais popu­lares de todos os tempos e, desde sua publicação, já vendeu 3,75 milhões de exemplares em 24 idiomas. Escrito por Bob Anderson e ilustrado por Jean Anderson, esta edição atualizada de 40º aniversário inclui novas sequências de alongamento para usuários de smartphones, sugestões para lidar com as condições conhecidas como “pescoço tec­nológico” e “pescoço de mensagens de texto” e dicas para melhorar a postura. O livro oferece 150 alongamentos com instruções simples para cada exercício; sequências de alongamentos ilustradas, incluindo 17 sequências para atividades diárias, 10 para usuários de computadores e smartphones e 37 para diferentes esportes; índice gráfico de todos os 150 alongamentos (útil para preparadores físicos, terapeutas corporais, médicos e outros profissionais da saúde na prescrição de alongamentos para seus pacientes); cuidados para as costas; e alongamentos com facilitação neuromuscular proprioceptiva.

Em 2014, o almirante William H. McRaven foi convidado pela Universidade do Texas para ser o orador de uma turma de formandos. Inspirado no lema da faculdade ("Mudar o mundo começa aqui"), ele compartilhou dez princípios que aprendeu durante seu treinamento como SEAL, a principal força de Operações Especiais da Marinha dos Estados Unidos. Princípios que o ajudaram a superar desafios em sua longa carreira na Marinha e, na verdade, em todas as áreas da vida. São lições que qualquer pessoa pode usar para melhorar a si mesmo e, no processo, o mundo todo entra na dança. O vídeo do discurso viralizou e recebeu mais de 20 milhões de visualizações. Impressionado com tamanho impacto, McRaven decidiu escrever este Arrume a sua cama: Pequenas atitudes que podem mudar a sua vida... e talvez o mundo (Intrínseca, 92 pp, R$ 44,90 – Trad.: André Fontenelle) e compartilhar em detalhes as difíceis experiências que ele e seus companheiros de exército enfrentaram, além das duras decisões que tiveram de tomar — sempre com determinação, compaixão, honra e coragem. Escrito com grande humildade e otimismo, esta obra atemporal, que volta às livrarias em nova edição, é uma fonte de sabedoria, conselhos práticos e frases motivacionais que vão encorajar os leitores a fazerem mais, mesmo nos momentos mais desafiadores da vida.