O setor livreiro começou 2025 aquecido e com resultados positivos. É o que mostra o 1º Painel do Varejo de Livros no Brasil de 2025 – estudo realizado pela Nielsen Book e o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) – que analisa o período de 30 de dezembro de 2024 a 26 de janeiro de 2025. Marcado pelo Volta às Aulas, o 1º período apresentou um início de ano 9,49% superior em volume e 6,25% em faturamento em relação a 2024. O setor registrou ainda a movimentação de 4,97 milhões de livros vendidos, acumulando um faturamento de R$ 290,53 milhões contra 4,54 milhões em 2024 e uma receita de R$ 273,45 milhões, apresentando uma variação positiva e otimista para o setor de 9,49% e 6,25%, respectivamente. Além disso, nesse primeiro período, o número de ISBNs caiu -9,14% e o preço médio, -2,96%, saindo de R$ 60,18 em 2024 para R$ 58,40 este ano. Já o desconto médio apresentou uma alta de 4,61 p.p., chegando a 16,84%. “É uma excelente notícia iniciar o ano neste ritmo, especialmente em vista do primeiro período de 2024 ter sido um dos piores do ano”, comentou o presidente do SNEL, Dante Cid. “Vamos esperar que as condições macroeconômicas do país não afetem negativamente o setor e que a empolgação com o fato do Rio ter sido escolhido a Capital Mundial do Livro, para esse ano, façam com que tenhamos um ano memorável também em vendas”. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A Livraria Paisagem inaugura no dia 1º de março uma nova unidade em Porto Alegre (RS), no Bourbon Shopping Country (Av. Túlio de Rose, 80 – Porto Alegre / RS), local antes ocupado pela Livraria Cultura. Ainda como parte da sua estratégia de varejo, a rede prepara outra unidade, também em Porto Alegre, que deve abrir no segundo semestre. Com as novas lojas, a rede que já tem 40 anos de presença no mercado, chegará ao total de seis lojas. A unidade do Bourbon Shopping Country conta com 2.200 m² e terá mais de 200 mil livros, além do espaço de papelaria. Já o café do local foi terceirizado e assumido pela Bendito Donut & Coffe. A unidade esperada para o segundo semestre estará localizada no Bourbon Shopping Carlos Gomes, com 420 m². “Essa expansão no varejo significa a consolidação da Livraria Paisagem no segmento, com lojas focadas em livros de arte em geral - que está no nosso DNA -, na distribuição e com um acervo completo das principais editoras”, comenta Antonio Nascimento, diretor da rede. Segundo Nascimento, com as novas loja, a previsão de crescimento da rede para 2025 é acima de 30%. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

A partir desta quarta (26), a Livraria Dois Pontos passa a se chamar Livraria da TAG. A mudança reflete um novo direcionamento para o catálogo do negócio, que será majoritariamente focado nos títulos que fazem parte do clube de leitura da TAG. A mudança ocorre um ano e meio após as empresas anunciarem a fusão de suas operações. A livraria segue no formato online, em novo endereço livraria.taglivros.com. Os livros das assinaturas TAG Curadoria e TAG Inéditos estarão disponíveis na loja online e poderão ser adquiridos por qualquer pessoa, seja associado da TAG ou não. Eles seguirão sendo enviados em primeira mão aos associados e, depois de alguns meses, passam a integrar o catálogo da livraria. Além destas obras, a loja também comercializará outros títulos de edições de mercado, porém com uma curadoria mais especializada, com catálogo reduzido e mais direcionado, composto por obras que dialoguem e tenham temática parecida com a das obras enviadas nos clubes de leitura. Gustavo Lembert, CEO da TAG, explica que em um primeiro momento, a Livraria da TAG terá entre 200 e 300 títulos disponíveis, mas que a ideia é ir aumentando aos poucos, até chegar a 1 mil títulos e sem deixar a bibliodiversidade de lado. “Todos os meses trabalhamos com leituras recomendadas e que conversam com os conteúdos que produzimos e entregamos aos nossos associados. Na loja, queremos ter esses livros e tantos outros que vemos que interessam para o nosso público”. Entre os fatores que influenciaram na mudança da livraria, Lembert cita a difícil competição de preços com gigantes do varejo online e a necessidade de fortalecer a marca da TAG. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Na última terça (25), Rui Campos, Samuel Seibel e Alexandre Martins Fontes - respectivamente donos das livrarias Travessa, Vila e Martins Fontes - falaram sobre a importância das livrarias e defenderam a aprovação da Lei Cortez também pela Câmara dos Deputados, durante evento sediado no Moreau Advogados (Rua Hungria, 888 – São Paulo / SP). Apesar da concorrência predatória com grandes e-commerces como Amazon e Mercado Livre, o setor de livrarias segue vivo e se afirmando como mais do que um simples ponto de venda. Para garantir a sua existência no futuro, porém, o segmento tem buscado ampliar o debate em torno da Lei Cortez – que visa limitar a 10% o desconto sobre o preço de capa dos livros nos 12 meses posteriores ao lançamento – e buscado o apoio do Congresso Nacional e da sociedade civil para aprová-la também na Câmara dos Deputados. O projeto já foi aprovado no Senado no ano passado e a expectativa é que possa ser analisado pelos deputados este ano. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Editora Online está à procura de vendedores. São requisitos ter ensino médio completo; experiência em vendas; ser dinâmico; ter facilidade com planilhas; ter fácil acesso a região de Alphaville / Barueri. As responsabilidades do cargo incluem cuidar da carteira de clientes destinada a ele/a; acompanhamento de consignações; visitas a clientes; atender em feiras e eventos; prospecção de novos clientes; acompanhar tendências do mercado; e realizar lançamentos no sistema. Interessados devem encaminhar currículos para cyntia.santana@editoraonline.com.br até 14 de março.

Que tal usar o PublishNews, portal referência do mercado do livro no país, para divulgar e promover sua empresa, serviços e produtos? Sim, é com você mesmo, livreiro, editor, autor, distribuidor, tradutor, preparador, produtor, ghost-writer, consultor, profissional de gráfica, do setor de papel e celulose, de impressão etc – enfim, todas as pessoas e empresas que, em alguma medida, fazem parte do ecossistema do livro, físico ou digital. Até sexta-feira, 28 de fevereiro, o PublishNews vai oferecer descontos em dois de seus produtos comerciais: o e-mail marketing e a Área Indie. Os interessados devem escrever para comercial@publishnews.com.br, em mensagem com o título “Carnaval de ofertas do PN”, aos cuidados de Brisa Espinheira. Entregue a uma base de quase 16 mil endereços eletrônicos – contingente formado em larga medida por profissionais, empresas e entusiastas do mercado livreiro –, com taxas de abertura acima de 20%, o e-mail marketing do PN tem sido usado pelos mais diferentes players do setor. Autores, editoras, livrarias, entidades de classe, uma série de empresas e profissionais que prestam serviços à indústria do livro, utilizam-no para se comunicar com os mais variados públicos. Entre eles estão CBL, SNEL, Record, MVB, Sesc e LabPub. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

O PublishNews+, área exclusiva para assinantes do PN, tem adiantado, semanalmente, os livros que só chegarão às livrarias em 45 dias. O serviço, chamado de Próximo Capítulo, é realizado graças a uma parceria com a MVB / Metabooks e tem por objetivo municiar livreiros de informações do que está no prelo das editoras. Entre os livros previstos para a semana entre 14 e 20 de abril, Um azul para Marte (Companhia das Letrinhas), José Saramago constrói um paralelo utópico entre Terra e Marte, em que marcianos e terráqueos aprendem sobre seus modos de vida; em Salazar e o poder (Tinta da China Brasil), Fernando Rosas, especialista na história dos fascismos, procura explicar neste livro que marca o apogeu da sua obra historiográfica. E uma edição de bolso de luxo da clássica tragédia grega Antígona (Zahar), escrita por Sófocles. Confira todas as novidades clicando aqui. Por enquanto, o Próximo Capítulo está aberto para todos os que se cadastrarem na plataforma, mas em breve o serviço ficará exclusivo para os assinantes do PN+. A nova seção se soma a outros serviços oferecidos aos assinantes do PN+, como o Radar de Licitações. Clique aqui para saber como ser um assinante do PN+.

A série Mulheres contra a Ditadura, publicada no jornal Cândido de 27 de março a 19 de dezembro de 2024, está sendo lançada em uma edição única, reunindo todos os conteúdos inéditos publicados ao longo dos 10 meses. A ideia é trazer mais visibilidade à trajetória de mulheres que lutaram contra o regime militar no Brasil. As páginas relembram essas histórias por meio de entrevistas com Elisabeth Fortes, Amelinha Teles, Rosane Vianna e Sueli Bellato; um relato sobre Teresa Urban, feito por seu filho, e um de Noemi Osna, por ela mesma; perfis de Sônia Lafoz e Elza de Oliveira Filha; uma reportagem sobre Cassandra Rios — autora mais censurada pelo regime — e o depoimento de Almira Maciel. Pronto para circular além das estradas do jornal, o compilado especial Mulheres contra a Ditadura cumpre o papel de registro jornalístico sobre um episódio importante na história do país, com a participação de uma equipe de profissionais que se dedicou à proposta, realizando um trabalho fundamental de escuta e escrita, que confere a essas pessoas um protagonismo justo. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Audible anuncia o audiolivro Amar, verbo intransitivo, uma das obras mais emblemáticas do autor modernista Mário de Andrade. O texto, que traz uma reflexão profunda sobre o amor, o desejo e as convenções da época, já está disponível em áudio para os assinantes do serviço e traz uma experiência sonora imersiva, com narração e interpretação da atriz Júlia Lemmertz. Ao lado de audiolivros como O poço, O ladrão, O peru de Natal e Macunaíma, o lançamento compõe o acervo de Mário de Andrade disponível na Audible. Publicado originalmente em 1927, Amar, verbo intransitivo é um marco da literatura brasileira e faz um retrato da burguesia paulistana de um século atrás, explorando temas como a sexualidade, a hipocrisia da sociedade e as complexidades das relações humanas com uma narrativa provocativa e repleta de ironia e crítica social. O autor, um dos pilares do Modernismo brasileiro e figura central na Semana de Arte Moderna de 1922, é conhecido por sua busca por uma identidade nacional e por romper com as tradições literárias do século XIX.“Narrar este livro foi uma viagem! Dar imagem às palavras em um estúdio [de áudio] foi uma aventura maravilhosa! Mário é um gênio, suas histórias são uma miríade de imagens e sensações", pontua Júlia. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Qual o papel dos diários na história da literatura? Por que esse gênero é tão associado ao universo feminino? O que os escritos íntimos de grandes escritoras nos contam sobre a obra delas? Que função ocupa o amor, ou o fim dele, nos diários? Em seu livro de estreia, a jornalista, pesquisadora e professora Ingrid Fagundez se debruça sobre essas e outras questões. Mesclando uma pesquisa aprofundada sobre a história e as transformações da escrita diarística com entradas do próprio diário, além de passagens dos escritos de Sylvia Plath, Susan Sontag, Katherine Mansfield, Virginia Woolf e Marie Bashkirtseff, a autora cria em Diário do fim do amor (Fósforo, 216 pp, R$ 79,90) um texto original. Fagundez convida o leitor a repensar a importância dos diários e do amor para o fazer literário e oferece uma nova perspectiva para a chamada literatura feminina. Gênero originalmente destinado ao registro da vida pública e aos relatos de viagens, a escrita de diários passou por uma modificação radical no século 19, quando, graças à Modernidade, a vida interior se tornou gradativamente seu principal objeto. Foi então que passou a ser o território por excelência da mulher, a quem a escrita de outros domínios era interditada. Pelas páginas deste Diário do fim do amor, acompanhamos o relato comovente do fim de um relacionamento e a busca da cura pela escrita, ao mesmo tempo que mergulhamos nos registros dos diários de grandes escritoras.

Em dez lições e exercícios de criação – do som da escrita ao ponto de vista, da extensão da frase ao uso de adjetivos e advérbios –, Como criar histórias (Seiva, 256 pp, R$ 69,90 – Trad.: Juliana Fausto) traz um vasto repertório de exemplos que inclui Zora Neale Hurston, Jane Austen, Virginia Woolf, Charles Dickens, J. R. R. Tolkien e muito mais. O livro se coloca como uma ferramenta concisa e valiosa para todos os escritores ou pessoas que têm interesse em contar histórias. A autora Ursula K. Le Guin nasceu nos EUA, em 1929. Uma das escritoras mais proeminentes de seu tempo, com destaque para a ficção científica, publicou mais de 20 romances, incluindo A mão esquerda da escuridão e Os despossuídos. Recebeu seis vezes o prêmio Nebula e sete vezes o prêmio Hugo, entre dezenas de outros reconhecimentos por sua obra.

Um grupo de pensadores revolucionou a maneira como estudamos a literatura No início do século XX, a crítica literária tradicional se encontrava isolada da sociedade. Surgiu, então, uma nova geração, para a qual a crítica deveria ser uma ferramenta para diagnosticar os males sociais, participando ativamente dos debates mais candentes de sua época. No livro Revolucionários da crítica (Editora Unesp, 304 pp, R$ 74 – Trad.: Fernando Santos), Terry Eagleton convida o leitor a redescobrir estas vozes que transformaram a maneira como lemos e interpretamos a literatura. Terry Eagleton é teórico e crítico literário, filósofo e intelectual público. Atualmente, ocupa o cargo de Distinguished Professor de Literatura Inglesa na Universidade de Lancaster. Entre seus vários trabalhos publicados no Brasil, destacam-se Ideologia: uma introdução (Editora Unesp/Boitempo), além de Marx e a liberdade (2002), A tarefa do crítico (2010), A ideia de cultura (2011), Doce violência: a ideia do trágico (2013), O sentido da vida: uma brevíssima introdução (2021), Sobre o mal (2022), Esperança sem otimismo (2023), Materialismo (2023) ) e O acontecimento da literatura (2024), todos pela Editora Unesp.

Os textos de Gabriel García Márquez reunidos em Eu não vim fazer um discurso (Record, 128 pp, R$ 54,90 – Trad.: Eric Napomuceno) percorrem praticamente toda a sua vida. Desde o primeiro discurso, elaborado aos 17 anos para se despedir de seus companheiros do ensino médio na cidade colombiana de Zipaquirá, até o proferido por ele no Centro de Convenções de Cartagena ao completar 80 anos, García Márquez mostra-se um encantador de plateias, embora sempre admita não se sentir muito confortável na posição de destaque que o microfone confere a quem o empunha. Os discursos do ganhador do Prêmio Nobel nos ajudam a compreender mais profundamente a vida dele e nos revelam suas maiores obsessões como escritor e cidadão: a fervorosa vocação para a literatura, sua polêmica proposta de simplificar a gramática, a paixão pelo jornalismo, os problemas da Colômbia e a lembrança emocionada de amigos escritores como Julio Cortázar e Álvaro Mutis, entre muitos outros. O leitor tem em mãos esta obra indispensável para entender uma das mais importantes produções literárias do último século.

Organizado por Isabel Diegues e Jorn Konijn, Lina por Aldo (Cobogó, 400 pp, R$ 112) busca conhecer e aproximar as ideias e as obras dos arquitetos Lina Bo Bardi e Aldo Van Eyck. Ilustrado com fotografias inéditas feitas por Van Eyck das obras de Bo Bardi no Brasil — a quem ele considerava um dos três maiores nomes da arquitetura —, Lina por Aldo apresenta ensaios de autores de diversas partes do mundo. Lina Bo Bardi (1914-92) marcou em definitivo a arquitetura e a cultura do Brasil, com projetos como o MASP e o Sesc Pompeia, em São Paulo, e o Solar do Unhão, em Salvador, reunindo cultura, política e antropologia à arquitetura. A italiana naturalizada brasileira pesquisou por toda a vida a arquitetura vernacular e a inventividade do design popular na construção de objetos do cotidiano, incorporando-os a seus projetos arquitetônicos e a seus escritos. Da mesma geração, Aldo van Eyck (1918-99), conceituado arquiteto holandês, projetou o célebre Orfanato Municipal de Amsterdam, assim como centenas de playgrounds públicos para esta cidade. Em 1969, em São Paulo, Aldo Van Eyck conheceu o Masp e participou de um almoço na Casa de Vidro de Lina Bo e Pietro M. Bardi. Mas apenas em 1994, ao ver a exposição póstuma “Lina Bo Bardi Arquiteto”, em Londres, Aldo foi tomado por um encantamento pelas ideias da arquiteta, passando a dedicar os últimos anos de sua vida a divulgar a obra de Lina, na qual via ligações com suas próprias ideias. A partir de cinco aspectos essenciais em suas carreiras, Lina por Aldo traz dez ensaios que buscam refletir sobre as convergências e contrastes na obra dos dois.