Uma reflexão sobre o papel dos diários na história da literatura
PublishNews, Redação, 27/02/2025
Em 'Diário do fim do amor', Ingrid Fagundez convida o leitor a repensar a importância dos diários e do amor para o fazer literário

Qual o papel dos diários na história da literatura? Por que esse gênero é tão associado ao universo feminino? O que os escritos íntimos de grandes escritoras nos contam sobre a obra delas? Que função ocupa o amor, ou o fim dele, nos diários? Em seu livro de estreia, a jornalista, pesquisadora e professora Ingrid Fagundez se debruça sobre essas e outras questões. Mesclando uma pesquisa aprofundada sobre a história e as transformações da escrita diarística com entradas do próprio diário, além de passagens dos escritos de Sylvia Plath, Susan Sontag, Katherine Mansfield, Virginia Woolf e Marie Bashkirtseff, a autora cria em Diário do fim do amor (Fósforo, 216 pp, R$ 79,90) um texto original. Fagundez convida o leitor a repensar a importância dos diários e do amor para o fazer literário e oferece uma nova perspectiva para a chamada literatura feminina. Gênero originalmente destinado ao registro da vida pública e aos relatos de viagens, a escrita de diários passou por uma modificação radical no século 19, quando, graças à Modernidade, a vida interior se tornou gradativamente seu principal objeto. Foi então que passou a ser o território por excelência da mulher, a quem a escrita de outros domínios era interditada. Pelas páginas deste Diário do fim do amor, acompanhamos o relato comovente do fim de um relacionamento e a busca da cura pela escrita, ao mesmo tempo que mergulhamos nos registros dos diários de grandes escritoras.

[27/02/2025 07:00:00]