Em uma semana marcada por estabilidade nas vendas das livrarias contabilizadas pela Lista de Mais Vendidos do PublishNews (queda de 6% no volume após um acréscimo de 7% na semana anterior) e pelo início das férias escolares, o movimento na Lista foi baixo, com poucas novidades e um top 5 já conhecido: 7+1 passos para conquistar o que mais sonhou (Gente), de Luiz Hota, voltou ao topo, seguido de perto por Mais esperto que o diabo (Citadel) e Onde estão as flores (Buzz), de Ilko Minev. Apenas quatro livros aparecem pela primeira vez entre as 100 obras que constam na relação. Em Autoajuda, Faça diferente para fazer a diferença (Citadel), de Fabiane Oliveira, a autora busca apresentar um método para fornecer as ferramentas necessárias para que o leitor "seja uma pessoa que age". Na categoria Ficção, a Panini aparece com Ataque dos Titãs Vol. 1, de Hajime Isayama. Luluca – Sonhar e realizar (Astral Cultural), assinado pela cantora e sucesso nas redes sociais, aparece agora pela primeira vez em Infantojuvenil. O livro, com cartas e atividades, apresenta para crianças possibilidades de carreira e trajetórias profissionais. Falando nisso, em Negócios, a Editora Gente emplacou Todos somos uma marca, de Alfredo Soares. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Editora e presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL), Sevani Matos é também a nova a presidente do Instituto Pró-Livro (IPL), no biênio 2023-2025. Entre outras atribuições, o IPL realiza a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, a principal referência de indicadores de leitura no país. A próxima edição deve ter seus resultados lançados em 2024. “Nesta nova edição, pretendemos aprofundar esse estudo, que é referência para orientar políticas públicas e ações voltadas ao fomento a leitura, desde 2007, de quatro em quatro anos, ampliando o diagnóstico sobre o acesso e a leitura de literatura em diferentes meios e suporte digital, além do impacto dos influenciadores digitais e das redes sociais no consumo e na leitura de livros”, explica Sevani Matos, em nova enviada ao PN. O Instituto Pró-Livro foi criado em 2006 pelas entidades do livro (Abrelivros, CBL e SNEL) com a missão de transformar o Brasil em um país de leitores. Sevani substitui Dante Cid, presidente do SNEL, dando continuidade ao rodízio de presidentes e diretores das entidades mantenedoras do IPL. Dante presidiu o IPL de maio de 2021 até o momento. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Nesta semana, o portal Metrópoles fez uma entrevista com Itamar Vieira Junior, autor de Torto Arado (Todavia), sobre, entre outros assuntos, as críticas negativas ao seu novo livro Salvar o Fogo (Todavia), e à própria postura de Itamar diante das críticas à sua obra. Itamar afirma sentir racismo no meio literário por parte de colegas, editoras e dos prêmios. A Folha de S. Paulo repercutiu a morte do autor tcheco Milan Kundera e listou os principais livros do autor, além de publicar uma análise sobre a vasta obra de Kundera. Também na Folha, Juliana Albuquerque usa sua coluna para falar dos tesouros secretos de uma biblioteca. No Globo, a cobertura das homenagens de sétimo dia feitas à Zé Celso. O portal também noticiou a entrada do livro do ator Fernando Mais na lista de mais vendidos. A Casa Vogue convidou curadores da Bienal do Livro para indicar 15 livros para ler em 2023. A Revista Bula divulgou uma lista com o livro mais vendidos de cada ano. A brincadeira é que o leitor veja qual foi o livro mais vendido em seu ano de nascimento. O site Notícias da Tv publicou uma matéria sobre as mudanças na adaptação brasileira do livro Perdida (Verus) para o cinema. Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

Com a recente discussão sobre o livro no Brasil – se ele é caro ou não, se lemos autores nacionais ou não – eu, como tradutor de holandês, pensei logo no mercado holandês. É sempre bom vermos como funciona em outros países para termos ideias e adaptá-las para a nossa realidade. A Holanda, claro, é um país diminuto comparado ao Brasil, com apenas 17 milhões de habitantes. É um mercado editorial pequeno e muito bem estruturado. Mas os próprios holandeses acham os preços dos livros nacionais caros. Vamos aos motivos e soluções propostas pelo governo para sanar o assunto: (...) Uma das saídas encontradas pelo governo e o mercado editorial para valorizar a literatura escrita em holandês foi a criação da Semana do Livro. Dentro do evento é lançado um livro, chamado de Presente da Semana do Livro. Existente desde 1930, todos os anos escolhe-se um livro a ser dado de graça nas livrarias ao se gastar uma quantidade X de dinheiro em livros. Nas primeiras décadas de existência era feito um concurso de originais e quem ganhasse teria seu livro publicado no evento. Hoje, basicamente, a pessoa é escolhida via panelinha e lobby editorial. (...) A partir dos anos 2000 os livros da Semana do Livro passaram a ter um QR code interno. Eles podem ser usados em catracas como um bilhete de trem. A partir de então, começaram a incentivar a leitura nos trens. Clique no Leia mais para ler o artigo na íntegra.

A Feira do Livro de Frankfurt (18 a 22/10) anunciou que o Literary Agents & Scouts Center (LitAg) – a central de vendas e compras de direitos da feira – já está esgotado. Programado para receber 326 agências de 31 países, o LitAg teve um total de 548 mesas de trabalho reservadas – um número recorde que supera os números dos anos pré-pandêmicos (2018: 528 mesas; 2019: 522 mesas). Os países com mais representantes no LitAg deste ano são Reino Unido, EUA, Alemanha, Espanha e Suécia. Pela primeira vez, colegas dos Emirados Árabes Unidos também estarão presentes e, após um hiato durante a pandemia, agências da China estarão novamente no local. A novidade deste ano é que os profissionais especializados em direitos estrangeiros e licenciamento terão seu próprio espaço na Feira: o novo Publishers Rights Center (PRC), que estará localizado ao lado do LitAg no Hall 6.2. Para o novo centro restam apenas algumas mesas livres para serem reservadas. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

A Editora DCL está à procura de um divulgador escolar e livreiro para atuar no interior de São Paulo. É preciso ter ensino médio completo (ensino superior será considerado um diferencial); experiência prévia em vendas, preferencialmente no segmento de livros; excelentes habilidades de comunicação oral e escrita; proatividade e iniciativa para realizar visitas em escolas e livrarias e estabelecer parcerias; carro próprio; disponibilidade para viagens frequentes. As funções do cargo incluem realizar a divulgação de livros paradidáticos da editora em escolas e livrarias do interior de São Paulo; estabelecer relacionamento com diretores, professores e coordenadores pedagógicos para apresentar nossos produtos; elaborar relatórios de visitas e resultados alcançados; participar de feiras e eventos; organizar e executar eventos de promoção à leitura; participar de reuniões e treinamentos para aprimorar conhecimentos sobre os produtos. Interessados devem encaminhar currículos para jean.russio@editoradcl.com.br até 31 de julho.

O Ministério da Cultura (MinC) divulgou as habilitadas para próxima fase do Prêmio Carolina Maria de Jesus de Literatura Produzida Por Mulheres 2023. Do total de 2.619 inscrições válidas, 1.812 foram habilitadas, o equivalente a 69,19% do total. Com relação ao gênero literário, o que obteve mais concorrentes habilitadas foi Poesia, com 758 obras. Romance teve 504, Conto, 341, Crônica, 135, Roteiro de Teatro, 69 e Quadrinho, cinco. A lista também traz os nomes de quem não teve a inscrição habilitada e a justificativa. Já as integrantes da Comissão Técnica de Habilitação, foram divulgadas pela Portaria SEFLI Nº 3, de 11 de julho de 2023, no Diário Oficial da União. Fazem parte, Ana Cristina Araruna Melo, Maiesse Maria Corrêa Gramacho, Maria Carolina Machado Mello de Souza, Marina de Lima Rabelo, Nayara Marques Viana, Patrícia Fernanda Monturil Silva Alves e Virgínia Ferreira da Silva Castro. O Prêmio é uma iniciativa do Ministério da Cultura (MinC), por meio da Secretaria de Formação, Livro e Leitura (SEFLI) e se tornou histórico ao distribuir R$ 2 mi, em 40 prêmios de R$ 50 mil, para obras literárias inéditas produzidas por mulheres brasileiras (cis ou transgênero). Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

A Bienal do Livro Rio (1º a 10/09) anunciou mais dois nomes para sua 40ª edição: a brasileira Carla Madeira e o português Valter Hugo Mãe. Mediado por Pedro Pacífico, o bookster, o painel Escritas com o coração está previsto para o feriado de 7 de setembro, às 15h, no Riocentro, Barra da Tijuca. Esta será a primeira vez de ambos juntos em um evento literário. Carla Madeira é autora de dois dos livros mais lidos no Brasil: Tudo é rio e Véspera, além de A natureza da mordida, todos publicados pela Record. Já Valter Hugo Mãe é um dos fenômenos da literatura de língua portuguesa pós José Saramago. A minha mãe é a minha filha acaba de sair pela Globo Livros, editora que já publicou outros 13 títulos do autor. Já o mediador Pedro Pacífico lançará o seu primeiro livro em agosto: o autobiográfico Trinta segundos sem pensar no medo – memórias de um leitor (Intrínseca). Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

"Quem escreve o Brasil?" Guiada por essa pergunta, a Ocupa OIA, evento que ocorre até 29 de julho em São Paulo, reúne dezenas de atividades como oficinas, bate-papos, lançamentos, encontros e saraus em diferentes espaços como livrarias e bibliotecas, numa tentativa ocupar os espaços com a literatura contemporânea feita em diferentes partes do país. A curadoria da Ocupa foi pensada pelo editor da OIA, Thiago Medeiros, e pelas escritoras Brisa de Souza e Jéssica Balbino. Os três estarão presentes em alguns encontros da programação, que conta também com nomes como Raimundo Carrero, Mário Medeiros, Maya Falks, Carol Ito, Tadeu Rodrigues, Lilia Guerra, Adrienne Myrtes, Patrícia Meira, Dionísio Neto, Dércio Braúna, Tom Farias, Carol Peixoto e Sérgio Anauate. Há na programação também uma apresentação do Sarau Auroras. Entre os destaques, está a oficina gratuita de Raimundo Carrero na Biblioteca Mário de Andrade, nos dias 26, 27 e 28 de julho, seguida do lançamento do box Ceifa sangrenta em dias de batalha, com uma quadrilogia do autor contendo as obras mais sócio-políticas. O lançamento será no dia 29 de julho na Livraria da Vila. A ação é também uma comemoração aos 75 anos do escritor. Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

Quantas camadas um momento é capaz de esconder? Em A alegria de um cachorro com uma bola na boca (Brinque-Book, 60 pp, R$ 54,90 – Trad.: Alice Sant’Anna), considerado o Melhor Livro Infantil do Ano pelo jornal The New York Times em 2021 e assinado pelo jornalista, ensaísta, crítico, humorista e editor Bruce Handy, o leitor é convidado a refletir sobre a profundidade muitas vezes pouco aparente dos acontecimentos do dia a dia e a possibilidade de enxergar beleza nas pequenas coisas. O texto poético dá conta da complexidade do cotidiano e das diversas perspectivas pelas quais um momento, uma espera, uma escolha, uma situação, uma ação podem ser lidos, ampliando o nosso olhar. Assim como o dia a dia nos parece simples e sua profundidade que está lá nos escapa – ponto que a narrativa evidencia em contrapontos –, aqui o texto emula essa simplicidade e a aparente contradição que há entre o sucinto e o múltiplo. A narrativa verbal é acompanhada pelas ilustrações de Hyewon Yum. As imagens retratam com beleza a ambiguidade dos sentimentos que envolvem as situações cotidianas: em cada uma delas, a ilustradora constrói duas cenas diferentes, permitindo que o leitor enxergue diferentes possibilidades e interpretações.

Ao mesmo tempo em que, no mundo todo, vêm ocorrendo acontecimentos que colocam em risco a sobrevivência em nosso planeta, vemos crescer, em resposta a esse cenário ameaçador, a valorização dos povos originários e a luta pela preservação da Amazônia. De bubuia com vovó Anica (Rebuliço, 32 pp, R$ 45) representa uma sutil e bem-vinda proposta de apoio a essas causas e uma oportunidade de conhecer costumes dos povos indígenas do Brasil. Numa narrativa simples, a autora Lucia Tucuju revela cenas do cotidiano numa aldeia indígena do Amapá, resgatando memórias, cultura e saberes ancestrais, inspirando a busca de um rumo mais saudável para a vida em nossas cidades modernas. O texto de Lucia apresenta o clima de respeito e harmonia que permeia a convivência entre os moradores da floresta. Nos traços das ilustrações de Luciana Grether, a história ganha mais magia e propicia que os pequenos leitores assimilem, de forma divertida, a mensagem de respeito e integração à natureza. O livro será lançado no dia 12 de agosto, às 15h, na Aldeia Marakanã (Rua Mata Machado, 126 - Rio de Janeiro / RJ).

Escrito por Ana Rapha Nunes e Walmir Faria, com ilustrações de Juliana Góes, A invenção da liberdade (Paulus, 32 pp, R$ 38) apresenta de forma interativa, a história de Ísis, uma princesa que vivia aprisionada em um castelo pelo dragão Nicolau do mal; e do jovem Bento, um artesão cego que criava inusitados inventos, como, por exemplo, um chinelo cuja sola varria toda a sujeira e um chapéu guarda-chuva. No livro, os autores recordam que apesar de não enxergar, o jovem Bento é capaz de ver e sentir além das muralhas que o rodeiam e, ao abrir seus sentidos para o mundo, ele passará por muitos obstáculos para ajudar a tornar o reino em que vive um lugar melhor. Em A invenção da liberdade, entre tantas outras principais temáticas, os autores ainda chamam a atenção do leitor para os temas da liberdade e coragem. Embora o jovem Bento não pudesse enxergar, ele possuía um ouvido aguçado que, em certa ocasião, ao ouvir o choro da princesa teve uma ideia libertadora que trouxe luz para esta história e mudou os rumos do reino de Ísis.

Em Isso não é um elefante (Global, 32 pp, R$ 59), obra escrita por Bartolomeu Campos de Queirós, o leitor mergulhará em uma história fascinante ao acompanhar uma formiga enquanto ela foge de seu formigueiro e se vê perdida em um lugar desconhecido. Fraca e faminta, ela se depara com um majestoso elefante, com suas duas toneladas e sua imponente tromba. O que acontece a seguir é um mistério que só será revelado ao ler a história. A cada página, as ilustrações de Ivan Zigg transportam para o mundo surreal onde ajudamos a formiga a carregar uma folha e caminhamos ao lado do elefante, observando sua pele enrugada. Bartolomeu Campos de Queirós nasceu em 1944 no centro-oeste mineiro, traduzido em diversas línguas, recebeu significativos prêmios, nacionais e internacionais, tendo feito parte do Movimento por um Brasil Literário. Faleceu em 2012, deixando sua obra com mais de 60 títulos publicados como maior legado.