Começou neste domingo (30) a Publishers Conference, que antecede a abertura da 41ª Feira Internacional do Livro de Sharjah. Em sua fala de abertura, Bodour Al Qasimi, presidente da International Publishers Association (IPA), frisou a importância de se manter um espírito colaborativo e lutarmos pelos temas da sustentabilidade e liberdade de publicação. “Minha mensagem para todos é: vamos aprender com os problemas do passado e não vamos ter medo de lidar com problemas do futuro. Temos que trabalhar juntos para criar uma indústria mais sustentável sem deixar ninguém para trás”, disse. Al Ameri, presidente da Sharjah Book Authority, destacou a resiliência da indústria editorial em se adaptar a crises e pela sua busca por soluções inovadoras. “Estamos ansiosos para manter a Publishers Conference como um fórum para a sustentabilidade e prosperidade da indústria do livro”, disse, anunciando em seguida a abertura das 950 mesas de matchmaking localizadas no espaço. Organizado pela Sharjah Book Authority (SBA) no Expo Center Sharjah, o evento de três dias pretende fornecer insights abrangentes sobre as tendências, desafios e oportunidades atuais do setor e iniciou sua programação apresentando os detalhes do mercado editorial italiano, país Convidado de Honra desta edição da feira. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

O encontro de Editores, Livreiros, Distribuidores e Gráficos ,com o tema O livro que nos une, terminou na última sexta (28) depois de discutir durante três dias temas caros ao setor como, por exemplo, o cenário político, a Lei Cortez, inovações, tecnologia e a sinergia entre a cadeia como um todo. Foram mais de 40 palestrantes, 16 horas de imersão de conteúdos e com a presença de 270 profissionais do setor editorial. Mas o que realmente fica de lição? Em praticamente todos os painéis, o que se ouviu foi a frase de que “o setor nunca esteve tão unido”, porém, para além das falas, é preciso ação. A crítica às feiras universitárias com grandes descontos é um exemplo. Se foi debatido – em consenso pela grande maioria presente no evento – de que o modelo não é saudável para editoras pequenas e livrarias, quais atitudes efetivamente podem ser tomadas para mudar a situação? E enquanto a Lei Cortez não sai do papel, como trabalhar em conjunto para manter descontos justos e ainda impulsionar as pequenas livrarias? No mais, a programação do encontro conseguiu agradar os diferentes elos da cadeia, tendo ainda mesas sobre como melhorar a conexão entre gráficas e editoras e as possibilidades de inovação e interatividade do livro impresso com o mundo digital, o uso de materiais digitais em escolas públicas e privadas, como o mercado do vinho se popularizou nos últimos anos e quais lições podemos tirar como exemplo, as oportunidades para editores e livreiros no metaverso e ainda uma aula sobre como usar o TikTok a favor de editoras e livrarias. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Meus textos são sempre sobre áudio, conteúdo, tecnologia, inovação, multiformatos… É sobre isso que amo escrever e conversar e minha carreira tem sido pautada nesses assuntos. Mas neste artigo - acho que é o clima reflexivo que sempre aparece no final de cada ano - não quero falar de modelos de negócio, formatos ou qualquer outra coisa profissional… Quero falar de áudio, sim, mas de ouvir, SE ouvir. Vocês também sentem que essas pausas para se ouvir têm se tornado mais raras? A gente tem uma rotina tão corrida, tão cheia de tarefas, que sobra - ou será que priorizamos errado - pouco tempo para parar e se ouvir. Mas acho que já que esse espaço é sobre áudio, sobre ouvir conteúdos, seria legal a gente falar sobre a necessária pausa para olhar pra dentro e se ouvir. Então, em primeiro lugar… bora parar agora alguns segundos e só nos ouvir! 1, 2, 3 e já! Clique no Leia mais para conferir a íntegra deste artigo.

No final de semana tomado pelo noticiário da eleição presidencial, pouco espaço sobrou para novidades sobre o mercado eleitoral. O Globo entrevistou o autor inglês Julian Barnes, que defende em novo romance, Elizabeth Finch (Rocco), que a superação do paganismo pelo cristianismo significou a vitória de uma cultura intolerante, com extremismo religioso, nacionalismo e repressão sexual como consequências. Aos 76 anos, e com uma longa lista de prêmios que inclui o prestigioso Man Booker (2011), o inglês já publicou 27 livros e, no Reino Unido, suas obras não costumam passar em branco. O Estadão falou sobre a autobiografia de Matthew Perry, que está saindo nos Estados Unidos. A geração hoje cinquentona se acostumou a ver o ator americano como Chandler Bing, um dos seis protagonistas das dez temporadas da série Friends, um marco na TV americana nos anos 1990. O ator conta sua luta de décadas contra álcool e drogas, com detalhes como duas semanas em coma e mais de uma dúzia de cirurgias estomacais. O livro será lançado pela editora Flatiron nesta terça-feira (1º). Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

O ilustrador, autor e vice-presidente do Instituto de Leitura Quindim Roger Mello é o único brasileiro na lista de nomeados ao Astrid Lindgren Memorial Award (Prêmio Alma), de 2023. Essa é a oitava vez que ele concorre à premiação. O prêmio literário sueco reconhece escritores, ilustradores, organizações e outras personalidades que se dedicam à promoção do livro e da leitura para crianças e jovens em todo o mundo. Para a edição de 2023 foram selecionados 251 indicados de 64 países. O Alma foi criado em 2002 pelo governo sueco, para promover o direito de todas as crianças ao acesso às histórias. O prêmio é em homenagem à Astrid Lindgren, popular por ter criado a personagem "Pipi Meialonga" e é administrado pelo Conselho de Artes da Suécia. O vencedor do Alma 2023 será anunciado em março. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Um dos assuntos mais comentados dos últimos anos no mercado editorial são os audiolivros. E claro que na Feira de Frankfurt não é diferente, tanto que há pelo menos quatro edições os audiolivros têm uma atenção especial na programação.Dentro desse universo, há também a possibilidade do text-to-speech, ou seja a produção sintética destes conteúdos, e que vem se popularizando. No episódio desta semana no Podcast do PublishNews, a conversa é com Rui Vasconcelos, o fundador da Radio Books, empresa portuguesa que está desenvolvendo esta tecnologia ligada a Inteligência Artificial para produzir audiolivros de forma mais barata e rápida. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

O PublishNews publica mensalmente a Área Indie, espaço que reúne informações sobre livros lançados de forma independente ou auto publicados. Neste mês, são três destaques. O livro Trem para Ucrânia, escrito pelo jornalista internacional Rodrigo Lopes, conta uma viagem em um trem às escuras pelo interior de uma Ucrânia, onde o autor enfrenta madrugadas junto a uma multidão de refugiados em uma estação que pode ser bombardeada a qualquer momento. Escrevendo (e vivendo) histórias de indivíduos dragados pela guerra, o livro, lançado pela BesouroBox, é um testemunho devastador do fracasso da humanidade no século XXI. A segunda obra é Fábrica de mentiras: do Vale do Café ao Arco do Triunfo (7Letras), sobre a milionária Eufrásia, que escapa de uma sociedade patriarcal baseada em “mentiras”, na região do café, para assumir uma vida independente e feminista na Paris da Belle Époque. Dedica-se a decuplicar a fortuna paterna e é a primeira mulher a entrar na bolsa de Valores de Paris, a mais importante de então. Já o título O cemitério das orquídeas, de Tiago Pinheiro, conta a história de Helena, esposa de Bruno, que estava grávida da primeira filha do casal, mas perde a bebê em um atropelamento ocasionado por um caminhoneiro. Bruno descobre que o caminhoneiro era apenas uma peça de um quebra-cabeças por trás do terrível acidente e que havia pessoas conectadas a um cemitério cercado por orquídeas, flores que guardam muitos segredos. Para saber como participar da seção Área Indie, escreva para a Karina Lourenço, no e-mail karina@publishnews.com.br.

A Global Editora está à procura de um coordenador editorial com formação concluída em Letras, Produção Editorial, Educação ou similares; experiência em leitura crítica, tratamento de originais, relação com autores, edição e redação de textos literários e revisão de conteúdo. É preciso também ter conhecimento do processo editorial completo; ter mais de quatro anos de experiência no mercado editorial; experiência com preparação e revisão de textos literários; com processos de validação de iconografia; e com desenvolvimento de conteúdo para objetos digitais. A pessoa contratada irá cuidar da leitura crítica de originais e edição de materiais literários; da edição de textos literários e acompanhamento do texto até seu fechamento; manterá contato com autores, leitores críticos e outros colaboradores; fará o acompanhamento da produção editorial junto ao Coordenador Editorial responsável pelo projeto; cuidará da edição de conteúdos digitais; aprovação de provas gráficas; análise de originais; entre outras atividades. A editora trabalha com pretensão salarial e interessados devem encaminhar currículos para recrutamento@globaleditora.com.br informando no assunto o nome do cargo.

O Skeelo, plataforma de ebooks, audiobooks e minibooks disponível para Android e IOZ, acaba de inaugurar uma coluna em seu blog em parceria com o projeto Leia Mulheres, coletivo de clubes de leitura fundado em 2015 por Juliana Gomes, Juliana Leuenroth e Michelle Henriques. Atualmente, o coletivo atua em diversas cidades brasileiras e em outros países, como Alemanha, Portugal e Suíça, e é um convite à leitura de obras escritas por mulheres, de clássicas a contemporâneas. Confira aqui o primeiro post da parceria. A coluna, que será publicada no dia 20 de cada mês até o fim do ano, vai dar visibilidade a autoras consagradas e escritoras da nova geração, celebrar datas comemorativas como o Dia da Consciência Negra, além de indicar apostas de livros para o próximo ano. O Skeelo tem o objetivo de democratizar a leitura e impactar positivamente vidas através dos livros. A plataforma conta hoje com 200 milhões de usuários elegíveis.

A Mauricio de Sousa Produções confirmou a participação em um painel oficial na CCXP 2022. Mantendo a longa tradição de anúncios durante o evento, o estúdio promete trazer novidades e conteúdo de todas as suas áreas durante os dias 1º e 4 de dezembro. Em sua primeira edição participando da CCXP, em 2015, a MSP anunciou de forma exclusiva a produção do filme Laços, o primeiro da trilogia dirigida por Daniel Rezende. Em 2016, o público pode conhecer, em carne e osso, o cachorrinho que seria usado como Floquinho no filme oficial produzido pelo estúdio. Na edição de 2017, o estúdio mostrou as primeiras fotos oficiais do Turma da Mônica: Laços, além de divulgar as HQS com o selo Graphic MSP, lançado na época. Em 2018, a MSP anunciou as parcerias exclusivas com a DC Comics. Em 2019, o estúdio anunciou pela primeira vez a continuação o mundo cinematográfico da Turma, com o filme Turma da Mônica: Lições. Em 2020, a Mauricio de Sousa Produções foi homenageada pelo evento e também foi apresentado ao público também, em primeira mão, o crossover entre Turma da Mônica e Garfield. Em 2021, o diretor Daniel Rezende trouxe novidades sobre o filme Turma da Mônica: Lições e o primeiro minuto do longa foi exibido com exclusividade para os fãs da personagem. Até o momento, a CCXP22 conta com ingressos disponíveis na quinta, sexta, e domingo, e nas categorias Epic e Unlock. Para os fãs que ainda têm interesse em adquirir suas credenciais basta acessar o site oficial. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A Rádio Batuta, criada em 2010 pelo Instituto Moreira Salles, lança na próxima terça-feira (1º) o podcast Lima Barreto: O negro é a cor mais cortante, que estará disponível nas principais plataformas de áudio, como Spotify, Deezer e Apple Podcasts, e no site da Batuta. A data de lançamento marca o centenário da morte do autor, em 1922, no Bairro de Todos os Santos, no subúrbio carioca. Composto por cinco episódios, o programa mostra a trajetória do autor de Triste fim de Policarpo Quaresma, que era um expoente da literatura brasileira quando morreu. Os episódios, nomeados A morte e a vida de Lima Barreto, Racismo, O Brasil é uma vasta comilança, O hospício e Rio de Janeiro, têm convidados, entrevistas, pesquisas e leituras da obra de Barreto. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

A Capivara Cultural, em parceria com a Livraria da Tarde, realiza um evento em homenagem aos 120 anos do poeta Carlos Drummond de Andrade. O encontro será hoje (31), na Livraria da Tarde (Rua Cônego Eugênio Leite, 956 - São Paulo / SP), às 18h30. Estarão presentes os Diana Junkes, Paulo Ferraz e Tarso de Melo, para um bate-papo e leitura de poemas. O evento marca também o lançamento de novas edições de grandes clássicos do escritor pela editora Record: A rosa do povo; Gato solteiro e outros bichos; e Quando é dia de futebol. A série de encontros conta com a curadoria de Michaela Schmaedel e Ana Marta Cattani.

Romance fora dos padrões e das convenções, e por isso handkeano por excelência, A segunda espada (Estação Liberdade, 176 pp, R$ 56, Trad.: Luis S. Krausz) tem um “herói” que abre sua história reconhecendo no espelho diante de si a imagem de um vingador. Esse narrador em primeira pessoa, então, se propõe a vingar sua mãe, acusada por um jornalista de ter simpatias nazistas. O que ocorrerá com esse projeto de vingança é um biombo para, como sempre, Handke colocar em cena o ato da escrita. Seja pela tensão narrativa ou por outras questões estéticas, o fato é que sua campanha vingativa está o tempo todo em digressão. A narração atrasa, como que de propósito, a ação agressiva, preocupando-se em discutir diversas referências literárias, comentar a si mesma e fazer desse adiamento a ação que importa. Feito com a maestria de um escritor que se orgulha em ser sucessor de nomes como Homero, Cervantes, Tolstói, todos estes também excelentes na arte da digressão. Conforme consta na orelha do livro, “Handke será sempre o mestre das palavras e da desconstrução da realidade pelo texto”.

Um memorável é alguém que merece ser lembrado, ou guardado na memória, pelo que fez. Não é necessariamente um herói, já que a vida e os seres humanos são bem mais complexos do que podemos perceber tanto no dia a dia quanto nos grandes acontecimentos, mas alguém que pode ter vários rostos. Todos eles, de algum modo marcantes. E convém que não deixemos de encará-los. “Ninguém é apenas uma foto fixa”, diz Lídia Jorge, a mais consagrada autora da literatura portuguesa contemporânea. Em Os memoráveis (LeYa, 352 pp, R$ 69) é justamente a partir da fotografia de um grupo de homens e duas mulheres, tirada num restaurante, em agosto de 1975, que a protagonista deste romance inicia uma viagem de volta ao passado para entender de que país veio, de que povo faz parte e que histórias pessoais a fizeram nascer e a constituem para sempre.

Florence Day é ghostwriter de uma escritora superfamosa de romances avassaladores. Até então, os títulos que escreveu para ela foram um tremendo sucesso, mas, desde que passou por um término de relação complicado, não consegue pensar em nenhuma história de amor com final feliz. Para piorar, seu novo editor — um homem alto, jovem e irritantemente bonito — não aceitou estender o prazo de entrega de seu último manuscrito. Quando a notícia da morte de seu pai a pega totalmente desprevenida, Florence retorna à cidade natal após dez anos afastada. Florence terá que lidar com algumas assombrações que rondam a sua vida, literalmente: parado na porta da frente da funerária está um fantasma, um tanto familiar, e que parece tão confuso quanto ela. Ideal para todas as idades, O amor não morreu (Intrínseca, 416 pp, R$59,90) apresenta uma trama leve e divertida, capaz de fazer o leitor rir e chorar nos momentos mais improváveis.

Escrito por Mia Sosa, O pior padrinho da noiva (Harlequin, 336 pp, R$ 54,90 – Trad.: Carolina Candido) conta a história de Carolina Santos, uma organizadora de casamentos que foi abandonada no altar. Sim, ela própria também consegue ver a ironia da situação. Mas isso é coisa do passado, ainda mais quando Lina se vê diante da oportunidade de elevar sua carreira a um novo patamar. Só tem um detalhe: para conseguir o emprego dos sonhos, ela vai ter que trabalhar lado a lado com o padrinho de suas quase-núpcias, também conhecido como o homem que convenceu seu quase-marido a desistir de se casar. O agente de marketing Max Hartley está determinado a impressionar Rebecca, a dona de uma renomada rede de hotéis que deseja expandir seu negócio para incluir serviços de casamento. Até que ele descobre que precisa trabalhar com a afiada, fria e vingativa ex-noiva do seu irmão, que, se o visse se engasgando com um bem-casado, provavelmente o deixaria sufocar. Agora, para que ambos saiam ganhando, eles precisam montar um plano de negócios inigualável sem se matarem, e sem que Rebecca descubra o passado conturbado que compartilham.