Frankfurt 2024: Piazza surge como símbolo da diversidade e versatilidade do pavilhão italiano
PublishNews, Talita Facchini, 17/10/2024
Itália trouxe para a Feira de Frankfurt um dos seus espaços mais icônicos em uma instalação que conta com 17 espaços entre exposições de arte, relíquias e livros

Detalhe do pavilhão italiano na Feira do Livro de Frankfurt 2025 | © Zino Peterek / Fbf
Detalhe do pavilhão italiano na Feira do Livro de Frankfurt 2025 | © Zino Peterek / Fbf
O Pavilhão da Itália, convidado de honra da 76ª Feira do Livro de Frankfurt, iniciou nesta quarta-feira (17) sua extensa e diversa programação.

Com 17 espaços, a Piazza italiana na qual se transformou o Pavilhão abriga amostras da história e da cultura do país, em diferentes vertentes. Um exemplo é a exposição “Under na Ancient Sky. Pompeii between Past and Present”, com curadoria do diretor Massimo Osanna, da Profa. Maria Luisa Catoni e do Dr. Luigi Gallo, com a coordenação técnico-científica da Direzione generale Musei.

Outra sala traz uma seleção de afrescos preservados no Museu Arqueológico Nacional de Nápoles, além de uma seleção de nove gravuras de Francesco Piranesi, retiradas dos desenhos de seu pai Giovanni Battista. Um dos destaques, no entanto, é o retrato de Goethe criado por Wilhelm Tischbein emprestado pela Certosa e Museu de San Martino de Nápoles. “É uma reflexão sobre o clássico, o clássico transtemporâneo, sobre a relação entre passado e presente”, resumiu Osanna.

Ele explicou ainda que a ideia foi reconstituir brevemente o significado que Pompeia tem como lugar icônico do passado, “e que ao mesmo tempo é contemporâneo, justamente porque continuou desde o século XVIII até hoje a inspirar artistas e escritores”.

O arquiteto Stefano Boeri e o autor Giovanni Agosti também falaram ao público sobre como surgiu a ideia para o pavilhão e sobre suas ideias particulares de Piazza. “O que vemos ao redor desse espaço são colunas que nos permitem compreender uma variedade histórica que vem da Grécia, que depois passou por Roma, depois pelo Renascimento e depois pelo neoclassicismo”, explicou Agosti.

Para Boeri, pensar em uma Piazza é pensar em um espaço livre, em que não há códigos pré-estabelecidos para os comportamentos. “A praça italiana é um lugar onde centenas de autores localizaram um imaginário narrativo, um enredo, um roteiro e isso é lindo e ao mesmo tempo aterrorizante para quem faz o meu trabalho, porque no momento em que se cria uma estrutura física, não pode deixar de considerar também como isso condicionará de certa forma a livre expressão da imaginação e das ideias materiais”, explicou.

Uma infinidade de percepções e imprevisibilidade é o que o pavilhão italiano espera passar para seus visitantes, que têm elogiado o espaço pela sua capacidade de transportar as pessoas para um novo ambiente.

*A jornalista viajou com o apoio do CreativeSP, e do Publishing Perspectives, veículo de comunicação ligado à Feira de Frankfurt.

[17/10/2024 11:49:04]