
A 14ª edição da Flup homenageia a historiadora, poeta e cineasta Beatriz Nascimento, intelectual brasileira que aliou militância política antirracista a pesquisa acadêmica, tendo sido um dos expoentes do feminismo negro. A autora conceituou o quilombo como símbolo de estratégia e inteligência de sobrevivência por meio da agregação e luta em comunidade.
Na Festa Literária das Periferias, o conceito de quilombo concebido por Beatriz Nascimento se refletirá na programação, assim como questões relacionadas às periferias globais em conexão com os movimentos de resistência. Representantes de comunidades regionais, de organizações ligadas às pautas raciais, étnicas, de gênero e climáticas participarão de encontros que propõem fortalecer o debate público sobre as questões das periferias – globais e brasileiras – no âmbito do fórum do G20, que ocorre entre 18 e 19 de novembro, no Rio.
100 mulheres negras
As trajetórias de 100 mulheres negras que, ao longo de séculos, contribuíram para a construção do Brasil também terá destaque na programação. Organizado pelas professoras e pesquisadoras Thaís Alves Marinho e Rosinalda Corrêa da Silva Simoni, o Dicionário biográfico: Histórias entrelaçadas de mulheres afrodiaspóricas será lançado na Flup 2024 e coloca em prática a máxima de Beatriz Nascimento "precisamos falar de nós mesmos”.
Cronograma
Entre 11 e 17 de novembro, no Circo Voador, as atividades da Flup serão realizadas das 13h às 22h30. A programação inicia com debates e termina ao som de grandes apresentações musicais. A programação é gratuita.
A Flup 24 é apresentada pelo Ministério da Cultura e Shell. Tem patrocínio master da Shell, patrocínio do Instituto Cultural Vale e Globo por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O apoio é da Fundação Ford. O transporte oficial do evento é oferecido pelo Grupo CCR, por meio do Instituto CCR, nas áreas de atuação do VLT Carioca e da CCR Barcas. Realização: Suave, Associação Na Nave, Ministério da Cultura, Governo Federal.