
Com o tema “Ideias para reencantar o mundo”, a edição 2025 quer ampliar a sua vocação internacional e destacar vozes do Brasil, da África, do Caribe, da Europa e da América do Norte. A curadoria internacional segue assinada pela professora franco-senegalesa Mame-Fatou Niang, que mais uma vez aprofunda o diálogo entre saberes periféricos e diáspora negra.
“Ao homenagear Conceição Evaristo, a Flup reconhece a escrevivência como um gesto político e poético, capaz de reencantar o mundo a partir das vozes negras e periféricas”, afirma Julio Ludemir, diretor, curador geral e idealizador da iniciativa — ao lado de Ecio Salles (1969-2019) —, em release distribuído à imprensa.
Conceição vai abrir e fechar a programação, participando de encontros que discutem escrevivência, epistemologias negras, memória, futuro e redes de cuidado. A mesa de abertura, no dia 19, reunirá a autora de Olhos d'água e Mireille Fanon, filha de Frantz Fanon, em um diálogo sobre luta, liberdade e reencantamento do mundo. A programação também inclui conversas de Conceição com Bonaventure Ndikung, Patrick Chamoiseau, Yanick Lahens, Meryanne Loum-Martin, Patricia Kingori, Zahy Tentehar e Denise Ferreira da Silva.
Como já é tradição, a Flup oferecerá grandes shows ao público. Entre os destaques estão apresentações de Jonathan Ferr (19), Mano Brown (20), Majur (23), Luedji Luna (27) e Mart’nália (28). Sandra Sá já avisou que vai participar do Baile Charme no Viaduto. A programação musical também inclui rodas de samba, jongo, blocos afro e noites dedicadas ao charme, integrantes do Festival Madureira, que está em sua quarta edição e será parceiro do evento literário.
Nomes internacionais e temas urgentes
A Flup 2025 faz parte da Temporada Cultural França-Brasil, reunindo autores, artistas e pesquisadores de diversos países em debates sobre racismo estrutural, anticolonialismo, crise climática, tecnologias, estética e memória. Entre os nomes internacionais estão a jurista Michelle Alexander, autora de A nova segregação; o cineasta britânico Steve McQueen, que participa de uma gira com cineastas brasileiros; o pensador Felwine Sarr; o filósofo Dénétem Touam Bona; e a escritora Fabienne Kanor. Temas como justiça ambiental, epistemologias indígenas, futuro das tecnologias, diáspora e oralidade atravessam as mesas, performances e oficinas.
A Flup é apresentada pelo Ministério da Cultura, Prefeitura do Rio de Janeiro e Secretaria Municipal de Cultura, com patrocínio master da Shell, além de Motiva, Instituto Cultural Vale e Itaú Unibanco, via Lei Federal de Incentivo à Cultura. Há também apoio da Fundação Ford, Imaginable Futures, BNDES e Embratur. A realização é da Suave, Na Nave e Ministério da Cultura.
Para acessar a programação completa do evento, visite o site oficial!






