A Associação Cultural Sempre um Papo – já com 38 anos de história – divulgou o balanço dos seus projetos realizados em 2023. Foram produzidos o 12º Fliaraxá; o 3º Flitabira; o 1º Fliparacatu; além do Sempre um Papo, em BH e São Paulo; e o Mondolivro Podcast, no ar há 25 anos, diário, agora na Alvorada FM, emissora de rádio de Belo Horizonte. Para 2024, a Associação já começa com uma novidade: o Flipetrópolis – Festival Literário de Petrópolis, a se realizar no município localizado no Rio de Janeiro, de 1º a 5 de maio.

No ano que passou, a produtora de eventos literários reuniu, presencialmente, mais de 75 mil entusiastas da literatura, que assistiram cerca de 600 atrações. Nos palcos, em todas as cidades, receberam 443 escritores e escritoras, produzindo mais de 350 transmissões ao vivo no YouTube que, por sinal, bateu quase um milhão de visualizações.

Nos perfis no Instagram, o público ultrapassou 3 milhões de pessoas alcançadas em interações orgânicas. Para a realização dos três festivais foram construídos mais de 4 mil m² de estruturas dedicadas. Durante esses eventos, foram vendidos 12 mil livros e participaram dos concursos de redação mais de 30 mil estudantes entre oito e 18 anos.

Em matéria de sustentabilidade, todo o CO2 emitido pelos eventos foi neutralizado por meio do plantio de árvores em parceria com o Instituto Terra. A acessibilidade foi uma questão fundamental, não só através da veiculação de conteúdos com libras e áudio descrição mas também nos pisos, estruturas e demais acessos.

"Trabalhamos um conceito diferenciado de festival. O festival não se assemelha às feiras de livros", esclareceu Afonso Borges, diretor presidente da Associação, ao PublishNews. "O festival busca reunir autores, livros e leitores em mesas com temas de relevância cultural. O festival não tem finalidade lucrativa, seu objetivo central é um evento cultural e artístico, com cidadania plena. A interação entre autores e leitores e dos autores entre eles é parte central do que agrega valor aos nossos festivais. Literatura, em nossos festivais, é um elemento cultural multiétnico e multigênero. Não estamos falando de literatura, se não há plena diversidade étnico-racial e de gênero. Literatura feita por brancos, negros, indígenas, de todos os gêneros", explicou sobre o conceito geral dos Festivais.

Afonso comentou ainda que a ideia dos festivais produzidos pela Associação é revelar a criatividade e a multiplicidade de talentos nacionais, a variedade de manifestações e a riqueza de universos literários existentes no Brasil. "Já o lado internacional privilegia a literatura de países africanos em que o português é uma das línguas oficiais e o intercâmbio com autores de Portugal", acrescentou. "Expande-se a natureza cultural múltipla do festival com a mistura de literatura, teatro, dança, música, cinema, gastronomia e patrimônio. Tudo com um foco forte e certeiro: valorizar o autor nacional".