Com sua 13ª edição ocorrendo até domingo (15) e depois, de 18 a 22 de outubro, a Festa Literária das Periferias (Flup) continua com sua parceria com a Pallas Editora.
Parceira do evento desde quando o sonho de Julio Ludemir e Ecio Salles (1969-2019) começou, a editora levará diversos autores para somar com os seus conhecimentos em diversas mesas oficiais, além de autografar livros e trocar uma ideia com o público.
A Flup é realizada aos pés do Morro da Providência, a primeira favela do mundo, onde nasceu Machado de Assis (1839-1908), homenageado desta 13ª edição ao lado da Mãe Beata de Yemonjá (1931-2017), autora de um clássico que está voltando ao catálogo da Pallas: Caroço de dendê - A sabedoria dos terreiros, de 1997, com ilustrações de Raul Lody e agora em sua terceira edição.
Além de Sonia Rosa e Kiusam de Oliveira, que já passaram pelo evento nos dois primeiros dias, no sábado (14), às 16h, o autor Rui Rosa estará na mesa Do arco e flecha ao berimbau, no galpão da Ação da Cidadania. Pela Pallas, Rui lançou recentemente o livro do mesmo nome, trazendo a história da gênese dos instrumentos musicais para crianças e adolescentes.

Ainda no domingo, a partir das 15h, a grande Conceição Evaristo será a convidada da mesa Confluências e escrevivências, muito mais do que rimas, na arena Machado é Cria, ao lado de Nêgo Bispo e com mediação de Flávia Oliveira. Será um dos pontos altos da Flup 2023.
Sonia Rosa abrirá a programação do segundo fim de semana da Flup. Na quarta, dia 18, às 11h, ela falará sobre projetos de literatura nas escolas, na arena Machado é Cria. Toda uma geração de pequeninos vem crescendo embalada pelas histórias de Sonia, autora de 14 livros pela Pallas, entre eles Antônia quer passear e Antônia quer brincar, selecionados pelo PNLD.
Outra mesa que vale a pena conferir no dia 18: Eliana Alves Cruz e a cubana Teresa Cárdenas e se encontrarão na mesa Trilha de Letras: Uma conversa entre a poesia e a prosa, às 18h, na arena Machado é Cria. Eliana é a nova apresentadora do programa Trilha de Letras, que voltará à grade da TV Brasil em novembro.

Ainda no sábado, às 17h, será a vez de Clarice Fortunato voar de Florianópolis até a Gamboa para brilhar na mesa Empregada e prisioneira: uma institucionalização da violência silenciosa, destinada ao palco Pequena África. Autora do romance autobiográfico Da vida nas ruas ao teto dos livros (Pallas), Clarice se juntará à Denise Lima e Renata Souza, em debate mediado por Verônica Nascimento.
Nascida Beatriz Moreira Costa em Cachoeira, na Bahia, Mãe Beata de Yemonjá (há quem grife Yemanjá) foi escritora e artesã ligada à preservação do meio ambiente, dos direitos humanos, à saúde e ao combate ao racismo. Ela será o assunto de um encontro no domingo (22), às 18h, entre a editora Cristina Fernandes Warth e Pai Adailton Medeiros, seu filho biológico e sucessor no terreiro Ilê Omikuarô, na Baixada Fluminense.
A Flup
Por promover deslocamentos importantes na cultura brasileira, a Flup recebeu prêmios e reconhecimento, entre eles, o Faz diferença de 2012, o Awards Excellence de 2016 e o Retratos da Leitura de 2016, respectivamente outorgados pelo jornal O Globo, a London Book Fair e o Instituto Pró-Livro. Em 2020, a Flup foi vencedora do Prêmio Jabuti na categoria Fomento à Leitura. Este ano, um Projeto de Lei que declara a Flup patrimônio cultural foi protocolado na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.