Ao som da bateria da Portela, edição comemorativa de 40 anos da Bienal contou com discursos de Eduardo Paes, Nadja Cezar, Fabiano Piúba e Dante Cid

Escola de samba Portela animou a cerimônia de abertura da Bienal do Livro Rio 2023 | © Bienal
A edição comemorativa de 40 anos da
Bienal do Livro Rio está oficialmente aberta. Com uma declaração oficial de Patrimônio Cultural da Cidade, a cerimônia de abertura do evento nesta sexta-feira (1º) contou com apresentação teatral de autores, influenciadores e personalidades, além de homenagem, ao som da Portela, à escritora
Ana Maria Gonçalves e ao
Programa Nacional do Livro Didático (PNLD).
“A Bienal sempre se portou como espaço de vanguarda, se preocupando com o desenvolvimento da cultura e da educação. Aqui, temos o livro como ponto de partida e maior protagonista”, disse Dante Cid, presidente do SNEL, realizador do evento junto com a GL Events, em seu discurso.
Este ano, o Prêmio José Olympio – que reconhece personalidades e instituições com notáveis contribuições em prol do mercado editorial brasileiro – foi dado ao Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) e recebido pela secretária-geral do FNDE, Nadja Cezar.
Mais um ano presente na cerimônia de abertura da Bienal, Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro, comemorou poder voltar ao evento em “um novo momento no qual o Brasil volta a respirar a liberdade”. “Acho que essa é a alma desse espaço, a liberdade”, disse. Paes relembrou ainda o episódio de censura que marcou a Bienal de 2019, as dificuldades enfrentadas na edição de 2021, quando a pandemia ainda provocava incertezas, e frisou que precisamos continuar atentos às ameaças ao livro – citando o governo de São Paulo em relação ao PNLD.

Público na cerimônia de abertura | © Bienal do Livro Rio
Ao som da Portela,
Ana Maria Gonçalves, autora mineira do clássico contemporâneo
Um defeito de cor (Record), que será tema do desfile da escola de samba no Carnaval de 2024, agradeceu a homenagem e lembrou que o mercado editorial ainda tem um longo caminho para percorrer. “Apesar de nos últimos anos o mercado do livro ter se modificado para acolher a diversidade na literatura, ele continua sendo controlado por homens brancos, héteros, cis e sudestinos”, disse. “A gente precisa prestar muita atenção em quais são as histórias que a gente tá contando, para que essas histórias sejam também parte da formação do imaginário de um país”.