Fabiano Piúba será o secretário de Formação, Livro e Leitura; Marco Lucchesi assume a FBN
PublishNews, Guilherme Sobota, 03/01/2023
Nomes foram anunciados pela nova ministra da Cultura Margareth Menezes em cerimônia em Brasília

Fabiano Piúba | © Secult/CE
Fabiano Piúba | © Secult/CE
A ministra da Cultura Margareth Menezes anunciou na segunda-feira (2) os nomes dos secretários e alguns diretores que vão compor a nova estrutura do Ministério. Secretário da Cultura do Ceará entre 2016 e 2022, Fabiano Piúba assumirá a recém-criada Secretaria de Formação, Livro e Leitura do MinC. O escritor e acadêmico Marco Lucchesi será o novo presidente da Fundação Biblioteca Nacional.

A cerimônia de recriação do Ministério da Cultura e posse da ministra ocorreu na noite de segunda-feira (2) no Museu Nacional da República, em Brasília.

Piúba já foi diretor da pasta de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas do Ministério nos anos de 2009 a 2011 e em 2014, durante o Governo Dilma Rousseff. Ele é doutor em Educação pela Universidade Federal do Ceará (UFC), mestre em História pela PUC/SP e historiador graduado pela UFC.

No Ministério da Cultura, também ocupou a função de Secretário Substituto da Secretaria de Articulação Institucional entre 2008 a 2010 e de Coordenador de Articulação Federativa do Programa Mais Cultura no ano de 2008. No Centro Regional para o Fomento do Livro na América Latina e Caribe (CERLALC/UNESCO), organismo internacional ibero-americano e intergovernamental, assumiu no período de 2012 a 2013 a Direção de Leitura, Escrita e Bibliotecas. Foi também Coordenador de Políticas de Livros e Acervos da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará entre 2005 e 2006, ocasião em que concebeu o projeto Agentes de Leitura e coordenou a Bienal Internacional do Livro do Ceará.

Marco Lucchesi

Já Marco Lucchesi é premiado poeta, escritor, romancista, ensaísta e tradutor e brasileiro, sétimo ocupante da cadeira nº 15 da Academia Brasileira de Letras (ABL) – instituição da qual também foi presidente entre 2018 e 2021. É também professor titular da Faculdade de Letras da UFRJ.

Entre seus muitos livros, estão Cultura da paz (Oficina Raquel, 2020), Adeus, Pirandello (Rua do Sabão, 2021) e Ficções de um gabinete ocidental (Civilização Brasileira, 2009). Traduziu diversos autores, dentre os quais Umberto Eco, Vico, os poemas do romance Doutor Jivago, obras de Guillevic, Primo Levi, Rumi, Hölderlin, Khliebnikov, Trakl, Juan de la Cruz, Francisco Quevedo, Angelus Silesius.

Marco Lucchesi | © ABL
Marco Lucchesi | © ABL
Formou-se em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e recebeu os títulos de Mestre e Doutor em Ciência da Literatura, pela UFRJ. Realizou estágio de pós-doutorado (Capes/Daad) no Petrarca Institut da Universidade de Colônia, Alemanha, centrando sua pesquisa na filosofia do Renascimento, além de ter sido pesquisador do CNPq. Foi professor-visitante da Fiocruz, das universidades de Roma II, Tor Vergata, de Craiova, na Romênia e de Concepción no Chile. Seus livros foram traduzidos para o árabe, romeno, italiano, inglês, francês, alemão, espanhol, e diversos outros idiomas.

Lucchesi foi membro do conselho da Editora da UFRJ (2016-2020), e de várias revistas científicas e literárias no Brasil, na América Latina e na Europa. Presta diversas consultorias e preparou originais para editoras como Record, Nova Fronteira, Nova Aguilar, José Olympio, Civilização Brasileira e Bem-Te-Vi.

O escritor já havia trabalhado na Fundação Biblioteca Nacional, no setor de Coordenação Geral de Pesquisa e Editoração, responsável pela edição de catálogos e fac-símiles no período, entre 2006 e 2011. Foi também membro do Conselho Nacional de Política Cultural do Ministério da Cultura (2015-2017).

Ministério da Cultura 2023

"A cultura é a base primordial para Educação, pois ela referência", disse Margareth Menezes em seu discurso. "É fator de desenvolvimento econômico e social, de inclusão e de cidadania, mas, acima de tudo, ela qualifica e concretiza uma ideia profunda de democracia". Ela agradeceu aos parlamentares que garantiram os recursos das Leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc de apoio ao setor cultural, citou as gestões de Gilberto Gil e Juca Ferreira no Ministério e mencionou diversos artistas.

"Na cultura, não existe pobreza. Tudo é riqueza. Do carnaval vibrante e coletivo à poesia intimista da bossa nova, da arquitetura modernista ao modo de dobrar a palha do milho da pamonha, da sabedoria do repente ao rap transformador, do baile funk à ginga da capoeira, da literatura dita e escrita ao cinema, tudo é cultura, este núcleo estético e ético da vida. Temos no Brasil inúmeras carências de acesso a bens e serviços culturais, mas nunca pobreza", disse ainda a nova ministra.

Ela aproveitou para anunciar e confirmar outros nomes da estrutura do MinC:

  • Márcio Tavares (Secretaria-executiva)
  • Roberta Martins (Comitês de Cultura)
  • Fabiano Piúba (Formação, livro e leitura
  • Zulu Araújo (Cidadania e iversidade cultural)
  • Henilton Menezes (Fomento e economia da cultura)
  • Joelma Gonzaga (Audiovisual)
  • Marcos Souza (Direitos autorais e intelectuais)
  • Maria Marighella (Funarte)
  • Marco Lucchesi (Biblioteca Nacional)
[03/01/2023 09:40:00]