
A juíza Florence Y. Pan disse em sua ordem jurídica que o Departamento de Justiça havia demonstrado que a fusão poderia prejudicar “substancialmente” a concorrência no mercado de direitos de publicação nos EUA.
Em comunicado oficial, a Penguin Random House disse que irá recorrer e chamou a decisão de “um revés infeliz para leitores e autores”. A editora argumentou ainda que “o foco do Departamento de Justiça em avanços para os autores mais bem pagos do mundo em vez de focar nos consumidores ou na intensa competitividade no setor editorial é contrário à sua missão de garantir uma concorrência leal".

Dohle disse ainda que os leitores teriam se beneficiado com a fusão já que, segundo ele, a Penguin vende seus livros “através de mais varejistas do que qualquer outra” e os autores também, por conta de todos os royalties. “E depois da fusão, seríamos menos de 20% do comércio dos Estados Unidos, enquanto a Amazon tem 50% no lado do varejo”. “Estou muito desapontado e acho que essa decisão está completamente errada”, finalizou.
Em contrapartida, o procurador-geral assistente Jonathan Kanter, da divisão antitruste do Departamento de Justiça argumentou que “a fusão proposta reduziria a concorrência, diminuiria a remuneração dos autores, diminuiria a amplitude, a profundidade e a diversidade de nossas histórias e ideias e, por fim, empobreceria nossa democracia”. Ele acrescentou ainda que a consolidação teria causado danos lentos mas constantes a escritores, leitores, livreiros independentes e pequenas editoras. “A publicação deve estar mais focada no crescimento cultural e na realização literária e menos nos balanços corporativos.”