DarkSide Books celebra 1 milhão de seguidores e reforça comunidade leitora
PublishNews, Monica Ramalho, 1º/10/2025
A Dark não existiria sem a cumplicidade e a proximidade com os leitores nas redes sociais”, afirma Christiano Menezes

DarkSide estreou na Bienal do Livro Rio e já foi premiada © Camila Maia
DarkSide estreou na Bienal do Livro Rio e já foi premiada © Camila Maia
A DarkSide Books alcançou a marca de 1 milhão de seguidores no Instagram, consolidando a sua posição entre as editoras brasileiras que mais dialogam com o público nas redes sociais. O número simboliza não apenas o alcance, mas a força de uma comunidade literária que a casa vem cultivando desde sua fundação, em 2012. “A Dark não existiria sem a cumplicidade e a proximidade com os leitores nas redes sociais”, afirma Christiano Menezes, diretor editorial e sócio-fundador da editora, em comunicado enviado à imprensa.

Às vésperas de completar 13 anos no próximo Halloween, a DarkSide soma quase 2 milhões de interações mensais, com uma média de 5 milhões de contas únicas alcançadas e 27,9 milhões de visualizações em seus conteúdos. Esse engajamento coloca a editora lado a lado de gigantes internacionais, como Penguin Random House e Penguin España, além de players brasileiros como Intrínseca e Companhia das Letras, todos com comunidades digitais acima do meio milhão.

O fenômeno do Bookstagram e do BookTok impulsionou a criação dessa rede de leitores, especialmente entre o público jovem. Mas a DarkSide encontrou um caminho próprio: oferecer uma experiência “de fã para fã”, apoiando-se em influenciadores e parceiros que falam a língua dos darksiders.

“É muito especial ver a interação se transformar em clubes de leitura e encontros nas livrarias”, acrescenta Chico de Assis, diretor de novos negócios, na nota coletiva. Na verdade, é bem mais do que especial. É sobre entender as novas regras da comunicação.

Para o jornalista, pesquisador e professor Gabriel Mattos, que acompanha de perto as transformações do mercado editorial no âmbito digital desde 2018, "a Darkside entendeu que o jogo das redes sociais não é sobre produto, é sobre escuta e conexão. Por mais paradoxal que possa parecer, um canal digital de uma editora não é apenas sobre livros, mas sim sobre como esses livros vão impactar o dia a dia das pessoas".

"Quando a Darkside expande o tema 'terror' para falar não só dos próprios títulos, mas de cinema, música, true crime e outras pautas semelhantes, ela se conecta mais facilmente com trends, virais e conversas multiculturais. Na prática, foi uma editora que transformou o seu Instagram em um grande portal de referência sobre o tema", completa Gabriel, que vai lançar o título Entre likes e livros: o fenômeno do BookTok, a leitura algorítmica e a mediação literária no TikTok ainda este ano, pela MapaLab.

Do feed para prêmio na Bienal do Livro Rio

A presença digital também se converte em impacto presencial. Na Bienal do Livro Rio, realizada em julho, a DarkSide estreou com um estande atrativo, conquistando, logo de cara, o Prêmio Alfredo Machado como estande mais bonito do megaevento. Foi um dos mais visitados da Bienal, que reuniu um público recorde de 740 mil visitantes (alta de 23% em relação à edição de 2023). Só a DarkSide recebeu cerca de 100 mil pessoas, mostrando que o vínculo criado nas redes se transforma em filas, conversas e vendas – ou seja, experiências muito concretas.

Para os sócios, o ponto de encontro continua sendo o livro físico. “Nosso DNA nasce do livro físico. Queremos que o público, por um tempo, se desligue dos eletrônicos e se conecte com o presente, com o folhear das páginas”, estima Marcel Souto Maior, diretor de planejamento e também cofundador. O marco de 1 milhão de seguidores é celebrado como uma conquista coletiva.

[01/10/2025 09:33:53]