Global 50: Cogna Educação se mantém no ranking das maiores editoras do mundo
PublishNews, Redação, 10/10/2022
O estudo mapeia as editoras que tiveram faturamento superior a € 150 milhões. Enquanto a Cogna conseguiu subir posições, a FTD Educação não atingiu o valor mínimo para continuar na lista.

O Global 50, ranking que reúne as maiores editoras do mundo, divulgou seus resultados referentes ao ano de 2021.

Pela metodologia da pesquisa produzida pelo consultor austríaco Ruediger Wischenbart, em parceria com os principais veículos da cobertura da indústria editorial mundo afora, participam do ranking aquelas empresas que tiveram faturamento superior a € 150 milhões no ano anterior. Nesta edição, das dez maiores empresas, sete (incluindo todas as seis maiores) mantiveram a classificação vista no ano anterior.

Mais uma vez, o ranking é liderado pela RELX Group (Reed Elsevier), com um faturamento de € 5,05 bilhões. A canadense Thomson Reuters se manteve na segunda posição, com faturamento de € 4,8 bilhões, e a Bertelsmann em terceiro ,com € 4,3 bilhões.

Completam as dez primeiras posições a Pearson (€ 4,08 bi), Wolters Kluwer (€ 3,63 bi), Hachette Livre (€ 2,5 bi), HarperCollins (€ 1,75 bi), Wiley (€ 1,71 bi), Springer Nature (€ 1,7 bi) e Phoenix Publishing and Media Company (€ 1,6 bi). Uma curiosidade: essas dez empresas representam mais da metade (53%) de toda a receita gerada pelas 50 principais editoras combinadas representadas no ranking.

No que diz respeito ao Brasil, nos últimos anos, duas editoras brasileiras integravam o ranking: Cogna Educação e FTD Educação, situação que mudou neste último relatório.

Devido a situação econômica do país – citada e analisada no estudo – a FTD não alcançou o mínimo necessário para entrar na lista das 50 maiores empresas do setor. Mesmo assim, a editora ganhou uma página de destaque que apresenta um breve histórico da companhia e ainda divulga alguns dados. Em 2021, os sistemas de ensino da FTD foram utilizados por 2.300 escolas particulares e por 970 mil alunos.

Já a brasileira Cogna Educação (holding da qual fazem parte a Somos Educação e Saber), continua no ranking, na 44ª posição e com faturamento de € 244 milhões. Na última edição do estudo, a empresa aparecia no 47º lugar.

A Cogna atua há mais de 45 anos em todos os segmentos educacionais, como pré-escolar, fundamental, ensino médio, ensino médio para adultos, escola preparatória para faculdade, cursos livres e outras atividades educacionais relacionadas, bem como educação superior, profissional e pós-graduação. Em 2018, a Cogna Educação (então Kroton Educacional) adquiriu o controle da Somos Educação, um dos maiores grupos educacionais do Brasil com foco no ensino superior.

No relatório de mais de 260 páginas, Ruediger analisa ainda que as editoras comerciais (ou livros de consumo) se saíram melhor do que as educacionais, enquanto CTP (Científicos, técnicos e profissionais) permaneceram estáveis, depois que o setor passou por uma transformação fundamental já há uma década, impulsionado pelo digital.

O consultor cita também o movimento de consolidação de grandes empresas do setor, destacando dois assuntos que ainda podem impactar a indústria mundial do livro: a possibilidade do Departamento de Justiça Americano (DoJ) interromper a aquisição de Simon and Schuster pela Penguin Random House - que já é de longe a maior editora comercial do mundo; e a possível aquisição da Hachette pela gigante Vivendi, já dona da Editis.

O relatório completo pode ser baixado clicando aqui.

No dia 19 de outubro, às 14h, na programação da Feira do Livro de Frankfurt, o relatório fará parte da discussão do CEO Talk, que este ano contará com a presença de Ashleigh Gardner, vice-presidente da Wattpad Webtoon Studios e Michael Tamblyn, CEO da Rakuten Kobo.

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[10/10/2022 10:00:00]