Apanhadão da semana: Lygia Fagundes Telles tinha 103 anos
PublishNews, Redação, 08/04/2022
Informação dada em rede social por um genealogista foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo: a autora foi registrada em cartório em 1918, e não em 1923, como biografias e ela própria divulgavam

Prêmio Jabuti - Divulgação
Prêmio Jabuti - Divulgação
Depois da extensa cobertura da morte de Lygia Fagundes Telles, a escritora voltou de forma muito curiosa ao noticiário da Folha, do Estadão e outros veículos. Foi confirmada a informação divulgada em rede social pelo genealogista Daniel Taddone no dia da morte da escritora. Ela foi registrada em um cartório paulistano em 23 de abril de 2018, com quatro dias de idade, e não em 1923 como suas biografias e a própria Lygia divulgavam. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo confirmou o ano de 2018 no registro.

Também na Folha, o blog Painel das Letras informa que Vladimir Safatle vai coordenar uma série de discursos de Salvador Allende (1908-1973) que será publicada pela Ubu. O interesse pelas falas do ex-presidente chileno cresce depois da ascensão de Gabriel Boric ao comando do país.

No Estadão, o blog Estante de Letrinhas, sobre literatura infantil, comenta o lançamento de Sete contos que nunca me contaram: contos de fada pensados, ouvidos, escritos e recontados por mulheres (Biruta), de Susana Ventura. São histórias escritas por mulheres entre os séculos XVII e XIX e que apresentam protagonistas femininas.

O Globo destaca a ousadia do escritor Stefano Volp, que discute a vulnerabilidade do homem negro nos dias de hoje. Homens pretos (não) choram (Harper Collins) traz dez contos nos quais o autor conduz uma discussão sobre um processo de reconstrução na perspectiva do homem negro na sociedade brasileira. Muitas histórias têm como foco a paternidade, como fator de masculinidade.

No Valor, há destaque para o livro O terceiro excluído: contribuição para uma antropologia dialética (Zahar), lançamento de Fernando Haddad num último momento professoral. O autor discute a terceira das Três Leis do Pensamento, na lógica clássica, a que supõe que algo possa ser e não ser ou estar ou não estar. Haddad contempla ideias de 161 pensadores de biociência, filosofia, antropologia, linguística, psicologia e economia.

O Valor abre espaço para outra obra, numa vertente satírica. Clara Drummond está lançando Os coadjuvantes (Companhia das Letras), com um corte na vida de Vivian, curadora de arte habituada a ambientes sofisticados e endinheirados que se envolve com o desaparecimento de uma vendedora ambulante. Longe das muitas discussões em alta sobre feminismo, a autora cria uma personagem longe de padrões estabelecidos.

[08/04/2022 10:00:00]