Markus Dohle inaugura o Frankfurt Studio
PublishNews, Talita Facchini, 20/10/2021
CEO da Penguin Random House participou de uma conversa com Porter Anderson, editor-chefe da Publishing Perspectives, no novo espaço da feira

Markus Dohle | © Frankfurt Buchmesse
Markus Dohle | © Frankfurt Buchmesse
A Feira do Livro de Frankfurt inaugurou na manhã dessa quarta (20), o seu Frankfurt Studio, espaço feito para realizar entrevistas ao vivo no recinto da feira e com convidados especiais. O primeiro a participar foi o CEO global da Penguin Random House, Markus Dohle. Na conversa que teve com Porter Anderson, editor-chefe da Publishing Perspectives, Dohle – que se definiu como um "otimista informado" – falou sobre a resiliência dos livros em uma época de desafios e do seu poder na defesa da democracia. "A leitura nos ajuda a ver o mundo sob outros pontos de vista e cria empatia e valores humanos, principalmente nos jovens. É disso que o mundo precisa se quisermos ajudar a defender nossa democracia".

Markus Dohle e Porter Anderson | © Frankfurt Buchmesse
Markus Dohle e Porter Anderson | © Frankfurt Buchmesse
Dohle também parabenizou o mercado editorial pela rapidez em se adaptar aos desafios da pandemia. "Todas as editoras tiveram que aprender em tempo recorde como lançar nossos livros ao mundo de forma 100% remota. E parabéns a tantos que apoiaram esse processo", elogiou. Para ele, essa é a melhor época para se publicar e deu seis razões para defender sua posição. O crescimento da indústria global, modelos de negócio desenvolvidos, a coexistência saudável entre a distribuição impressa e a distribuição digital, o crescimento do público alcançável e aumento da taxa de alfabetização, o crescimento nas vendas de obras infantis e juvenis e o crescimento dos audiolivros foram os motivos dados por ele.

Sobre a aquisição da Simon & Schuster, Dohle disse que o objetivo da Penguin é ajudar a criar o futuro dos livros e da leitura para as próximas gerações e que desde quando definiu a estratégia da empresa em 2009, a ideia era crescer tanto no impresso quanto no digital. "Ziguezagueamos um pouco. Quando as pessoas estavam deixando de trabalhar na mídia impressa, estávamos investindo pesadamente nisso, porque queríamos trabalhar em um mix de canais diversificado [...] E hoje, acho que as pessoas reconhecem que temos uma cadeia de suprimentos muito boa, se não a melhor, do setor", concluiu.

[20/10/2021 11:00:00]