Mesmo garantindo condições sanitárias, os organizadores não conseguiram convencer grandes conglomerados editoriais a estarem no chão da feira.
A HarperCollins não terá estande, mesmo caminho seguido pela britânica Bloomsburry. A Penguin Random House, o maior grupo editorial de interesse geral do mundo, estará presente, mas só a sua representação alemã, que ocupará um estande no pavilhão 3.0. A Hachette, outra gigante, vai com o seu time britânico. E a Macmillan, outra "big five", terá estande no hall 6.0, dedicado às editoras de língua inglesa.
O Bookseller ouviu as editoras britânicas na tentativa de mapear quem vai e quem não vai. Ao veículo, a Penguin Random House britânica disse: “Da perspectiva do Reino Unido, estaremos participando e apoiando virtualmente a Feira do Livro de Frankfurt deste ano, em um esforço para manter nossos colegas seguros”. O lado americano da empresa endossou e disse que fará o mesmo.
Kathleen Farrar, diretora de vendas e marketing da Bloomsbury, disse: “Gostaríamos muito de ver nossos clientes, mas este ano não iremos à Feira. A pandemia nos mostrou que podemos trabalhar remotamente de forma produtiva e, neste ano, estamos conduzindo nossos próprios roadshows digitais. Trabalhamos muito para nos orientar para a venda digital e colhemos frutos ao lado de nossos clientes em territórios internacionais. Mesmo assim, estamos ansiosos por um momento em que possamos encontrar nossos clientes pessoalmente”.
De acordo com os organizadores da Feira, o evento conta com representantes de mais de 60 países, incluindo 41 estandes coletivos. “Nosso objetivo é organizar um evento seguro para todos os participantes de acordo com os regulamentos de higiene disponíveis. Todas as medidas que estamos implementando servirão para proteger os participantes”, disse Juergen Boos ao Bookseller.
O Brasil manterá o seu estande coletivo, comandado pelo Brazilian Publishers, apenas no ambiente virtual. Da América Latina, Argentina, Cuba e México estarão com estandes coletivos na feira. Haverá ainda estandes de editoras chilenas e equatorianas.
A Feira limitará a 50% a sua capacidade total e os participantes terão que apresentar comprovante de vacinação ou testes negativos para entrar no espaço de exposição.
