Feliz ano novo! Na primeira coluna do ano, eu já vou avisando que estou a camilinha paz e amor e trago a vocês uma coluna que a gente até consegue chamar de otimista.
Desde 2009, quando comecei a estudar a questão da tecnologia aplicada ao nosso mercado editorial, eu me deparei com palavras novas e entre elas estava o "algoritmo". Na verdade, algoritmos sempre existiram, mesmo no mundo analógico. Sempre usamos formas de catalogação e cruzamento de dados... sejam por fichas ou arquivos de papel. Mas aí surgiram as redes sociais. Além da internet como um todo, nas redes sociais, especificamente, os algoritmos têm um papel ainda mais importante: o papel de aglomerar pessoas afins, mesmo que virtualmente.
Agora um hiato, pra contar pra vocês que cresci numa família católico/espírita. Em casa, sempre ficou muito evidente em nossos ensinamentos a lei do karma: a lei do retorno, aqui se faz aqui se paga, essas coisas... Sempre me senti culpada ao ficar com raiva de alguém, por exemplo. Pro meu próprio bem, eu precisava ser uma boa menina... sempre achei essa lei do karma um pouco egoísta. Porque eu deveria ser uma boa pessoa, não pela simples vontade de ver o outro bem, mas por mim mesma... Mas ok, essa é a minha coluna no PublishNews, então, o que isso tem a ver com mercado editorial? Tudo a ver e eu explico:
Algoritmos servem para que as redes sociais e sites nos mostrem exatamente o que queremos ver... então ele exerce um forte papel ao aglomerar pessoas que pensam da mesma forma, ou que consomem de forma parecida.
Como disse Paulo Coelho no Diário de um mago... "não existe magia ruim ou boa, existe simplesmente a magia e os humanos que manipulam ela de acordo com suas natureza". Pois bem, aí é que vem a ligação que fiz da lei do karma com os algoritmos.
Se vocês só recebem porcaria pela internet, provavelmente é porque vocês consomem essas porcarias. Além disso, foi provado que o alcance do “ódio” nos algoritmos se prova muito maior do que do "amor". E isso nos coloca no mundo em que estamos: uma rede social tóxica, alimentando uma série de distúrbios mentais e problemas de autoimagem de adolescentes, além de muita incitação à violência.
A parte boa disso tudo é que já existem várias dimensões neste mundo. Cada um cria a sua própria dimensão ao consumir conteúdo nas suas redes. Em que dimensão você vive?
E o que isso tem a ver com livro? Algoritmo é simplesmente a melhor forma de divulgar e vender seu conteúdo, seja ele em que formato estiver.
A luta pela boa qualidade dos metadados e por uma equipe de marketing digital, realmente letrada digitalmente, continua. Precisamos nos atualizar.
Pensando nisso e buscando explicações mais simples, porém vindas de especialista, eu entrevistei a Kizzy Terra, cientista de dados, formada pelo IME e que tem um canal no YouTube incrível, chamado Programação dinâmica. Todas as minhas dúvidas e nossas reflexões estão aqui para serem ouvidas, no meu novo podcast, o disfarces.com.br.
A capacidade de fazer da internet um ambiente mais saudável, está diretamente ligado a termos uma mente mais saudável. A porcaria que te cerca nas redes sociais, pode ser um reflexo de você consumir coisas sem muita reflexão e consciência. E quanto menos consciência temos ao levar nossa vida, seja ela social ou política, mais manipulados somos. Então, como uma boa virginiana, controlemos o que é controlável.
E você, pessoa culta do mercado editorial, fala três línguas e esnoba a linguagem de programação? Enfim a hipocrisia!
Para ouvir a entrevista no Spotify, clique aqui.
Camila Cabete (@camilacabete no Twitter e Instagram) tem formação clássica em História. Foi pioneira no mercado editorial digital no Brasil. É a nova Head de Conteúdo da Árvore e a podcaster e idealizadora do Disfarces Podcast.
camila.cabete@gmail.com (Cringe!)
** Os textos trazidos nessa coluna não refletem, necessariamente, a opinião do PublishNews.
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