O destaque vai para os livros didáticos, como não poderia deixar de ser. O segmento, apesar do movimento sazonal de volta às aulas, apresentou queda de 39% na comparação com 2018. Aliás, os dois únicos segmentos que apresentaram crescimento pela análise da GfK foram Autoajuda (44%) e Administração / Economia (18%). Os demais estão em queda livre.
O relatório GfK/ANL existe há exatamente um ano. Na primeira edição do documento, Bernardo Gurbanov, presidente da ANL, comemorava o crescimento (na comparação com 2017) dessa categoria Didáticos. Disse ele na época ao PublishNews: “Muitas editoras descontinuaram os canais de vendas diretas de livros didáticos em 2017 e essas vendas caíram nas livrarias. É um fenômeno que precisa ser mais bem-analisado, mas nos parece ser uma boa notícia”. Com a recuperação judicial das duas maiores livrarias do País, as gigantes dos livros didáticos parecem ter tirado o time de campo novamente. Voltamos a falar com Gurbanov e agora, ele defende que a prática das editoras desse segmento é predatória. “A venda direta ao público por parte das editoras de livros didáticos com descontos de até 25% sobre o preço de capa nos parece uma atitude desleal e atentatória contra o ecossistema do livro. Para ser mais claro, essas editoras outorgam 28% de desconto às livrarias. Isso quer dizer que condenam o livreiro a perder seu cliente para o próprio fornecedor", disse indignado.
O canal Livrarias foi o que mais sentiu o tombo. Em comparação com 2018, a queda do faturamento foi de 28,5%. Enquanto que os outros canais (supermercados e lojas de autoatendimento) apresentaram crescimento de 10,5%.
Outro ponto avaliado pela GfK é o preço médio do livro ao consumidor final que apresentou ligeira queda de 0,6% quando comprado com o mesmo mês de 2018. O preço médio do livro, de acordo com o instituto de pesquisa foi de R$ 52,70 em 2018 para R$ 52,40, agora em 2018.
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