
Entre 29 de dezembro de 2014 e 29 de novembro de 2015, o acumulado aponta crescimento de 4,48% no faturamento, que saltou de R$ 1.29 bilhão, em 2014, para R$ 1,35, em 2015. Em volume, o crescimento foi de 3,91%, totalizando 37.014.414 exemplares vendidos, contra 35.621.311, em 2014. Para Ismael Borges, executivo responsável pelo Bookscan, ferramenta da Nielsen que monitora o mercado editorial brasileiro, a indústria do livro vai melhor do que outros segmentos. “Está claro que venderemos mais volume em 2015, comemoração que outras indústrias não poderão fazer. Ainda que diluído pela inflação galopante, o faturamento de 2015 também deve ser respeitado”, declarou. No entanto, Ismael alerta: “2016 pede atenção, se o desconto agressivo deixa de ser argumento de venda, o conteúdo e a eficiência produtiva serão ingredientes determinantes. Para o novo ano também ficam duas perguntas: as editoras repassarão a inflação? O que aconteceria no consumo do livro com esse repasse considerando que muitas categorias são elásticas?”.
Em 2014, justamente no período de análise do 10º Painel de Vendas de Livros no Brasil, houve um ponto fora da curva: o terceiro tomo da biografia de Edir Macedo, Nada a perder 3 (Planeta). De cada R$ 100 apurados pelas livrarias e supermercados, R$ 8,53 eram provenientes das vendas desse título. Nenhum fenômeno parecido aconteceu nesse período em 2015. Então, a Nielsen resolveu fazer um exercício de análise, retirando o bispo Edir Macedo da jogada. Fazendo uma simulação de como seriam os resultados dos períodos sem o título do Bispo Edir Macedo, o cenário seria de crescimento de 8,04% no faturamento, aproximando-se da inflação. Em volume, dentro dessa simulação, o crescimento teria sido de 7,32%.
O gênero que mais cresceu no período foi justamente o de não ficção trade, dentro do qual se encaixa a biografia de Edir Macedo. A importância desse gênero dentro do faturamento das varejistas de livros foi de 7,9%, em relação ao mesmo período do ano passado. Todos os outros gêneros apresentaram queda. Destaque para Ficção, que teve queda de 4,1% na sua participação no faturamento das livrarias e supermercados.
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