
A edição deste ano reflete a força da bibliodiversidade no mercado livreiro da cidade e festeja a inauguração de quatro novas livrarias: a Academia do Saber, no Centro; a Janela, em Laranjeiras; a Casa Marx, na Lapa; e a Ceci, que abre as portas na Urca no sábado (6), com show de Breno Góes.
Para Ivan Costa, presidente da AEL/RJ e fundador da Livraria Belle Époque, no Méier, o festival expressa a resistência e o papel social das livrarias de rua. Para ele, “é uma grande celebração das livrarias independentes, reafirmando a potência que são esses espaços dentro da cadeia do livro e da produção cultural da cidade. Existir um festival é um importante passo para o reconhecimento das livrarias como pontos de cultura na cidade, que de fato, são", disse Ivan ao PublishNews.
A abertura do festival, no dia 2, será na recém-inaugurada Janela Livraria, com uma conversa do jornalista, escritor e membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), Ruy Castro, sobre a “arte da crônica”. No mesmo espaço, a livreira Margarete Cardoso, veterana do livro carioca desde 1960, será homenageada pela ilustradora Fran Junqueira, dona da editora Tigrito e a mais jovem livreira do Rio, à frente da Ceci Livraria.
Entre os destaques da programação estão o lançamento de O glossário do silêncio (Editora UFRJ), de Fabio Frohwein de Salles Moniz, acompanhado de palestra sobre censura a textos clássicos; Ossaim: o senhor das folhas (Pallas Editora), de Rogério Athayde, o primeiro título inteiramente dedicado a Ossaim enquanto divindade e não apenas às folhas associadas a ele; o livro Café da manhã com os orixás (Pallas), de João Tokunbó Carneiro; e a obra A poeta da cidade maravilhosa – Jane Catulle Mendès e a viagem que criou o sonho de um Rio de Janeiro na Belle Époque (Autêntica), de Rafael Sento Sé, que reconstitui a relação da poetisa com o Rio e com Paris.
A poesia também ganha espaço especial no dia 6, quando o poeta e imortal da ABL Geraldo Carneiro apresenta o Concerto de Poesia na Livraria Alento, no Flamengo, com mediação da escritora Suzana Vargas, fundadora da Estação das Letras, que celebra 30 anos de atividade em 2025.
Em diálogo com outras artes, o festival apresenta ainda a peça A sala de jantar das gaiolas, montada pela Cia Feras Tropicais na Livraria Autografia, no Centro, além da exposição fotográfica Rosa Luxemburgo – Vida e Revolução, organizada pela Fundação Rosa Luxemburgo na Casa Marx, na Lapa. Para o público infantil, o encerramento do festival contará com a visita do Papai Noel e contação de histórias natalinas na Pequeno Benjamin Livraria, em Ipanema.
O Festival das Livrarias do Rio integra o circuito de ações da Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, desde que a cidade recebeu da UNESCO o título de Capital Mundial do Livro 2025. A agenda inclui feiras, programas de leitura, residências literárias e iniciativas de incentivo ao mercado editorial e livreiro em toda a cidade.






