Varejo retrai e, pela primeira vez no ano, apresenta números negativos
PublishNews, Leonardo Neto, 27/08/2015
Vendas de livros caíram 5,5% em agosto de 2015, em comparação ao mesmo mês de 2014

Todo mês, o SNEL e a Nielsen têm publicado o Painel das Vendas de Livros do Brasil. Nos últimos meses, o faturamento apurado com a venda de livros em livrarias e supermercados do Brasil não crescia acima da inflação, mas também não deixava de crescer. Em maio, em comparação com o mesmo período de 2014, esse crescimento foi 21%; em junho, 8,2% e, em julho, de 8,9. O que se viu agora, no oitavo período, que compreende o intervalo entre os dias 13 de julho a 09 de agosto foi uma variação negativa tanto em volume (-5,5%), quanto em faturamento (-3,1%), em comparação ao mesmo período do ano passado. O faturamento alcançou R$ 100,4 milhões contra R$ 103,7 milhões no ano passado e o volume de exemplares vendidos caiu de 3.036.729 em 2014 para 2.869.492 em 2015. O acumulado no ano ainda é de crescimento de 6,61% em volume e 6,05% em faturamento, índice abaixo da inflação do período que é de aproximadamente 9,5%.

No acumulado das 32 primeiras semanas do ano, o preço médio do livro teve ligeira variação negativa de 2014 para 2015. Caiu de R$ 37,64 para R$ 37,44 enquanto que o volume de ISBNs lançados subiu de 195.264, em 2014, para 214.028 em 2015. De acordo com o relatório, o crescimento no faturamento e das vendas em volume, mesmo com a estabilidade do preço médio, é resultado da maior variedade de IBSNs no mercado.

O relatório, que pode ser acessado aqui faz novamente uma inferência sobre o faturamento das editoras. Lembrando sempre que o BookScan, ferramenta da Nielsen que monitora o mercado, apura apenas as vendas de livros em livrarias e em supermercados. A partir do volume de livros vendidos, do preço e do desconto médio oferecido pelos livreiros, a Nielsen calculou o valor bruto dos exemplares vendidos x o preço de capa. O resultado que chegou é que o faturamento das editoras teve uma variação negativa de 0,13% - no mês passado, esse cálculo apontava um crescimento no faturamento das editoras de 0.99%.

Os livros de colorir

A proposta dos livros de colorir, que virou febre em 2015, é aliviar o estresse de consumidores adultos. E eles deram um alívio no estresse de editores e livreiros. Em maio, eles foram responsáveis 17,61% do volume de livros vendidos no Brasil. Esse número não para de cair. Em junho, caiu para 11,9%; em julho para 7,15% e agora, no oitavo período, 4,52%. No faturamento das livrarias, os livros de colorir, no período, foram responsáveis por 3,02%.

[27/08/2015 11:29:01]