Apanhadão: Censura de obras pró-democracia em Hong Kong
PublishNews, Redação, 06/07/2020
E mais: As orientações técnicas para a reabertura das bibliotecas, morre o escritor e dramaturgo Antonio Bivar e o prelo das editoras

O jornal britânico The Guardian publicou no final de semana que livros de ativistas pró-democracia desapareceram das prateleiras das bibliotecas em Hong Kong. O movimento aconteceu dias depois que Pequim impôs uma nova lei de segurança nacional no centro financeiro que mudará a forma como a cidade é administrada. Os líderes dizem que as mudanças visam devolver a estabilidade após um ano de protestos pró-democracia. O Departamento de Serviços Culturais da cidade, que administra as bibliotecas, disse que os livros foram removidos enquanto estiver determinado que eles violam a lei de segurança nacional. Já os grupos de direitos humanos e analistas jurídicos dizem que a formulação ampla da lei - que foi mantida em segredo até sua promulgação - proíbe certas visões políticas, mesmo que expressas pacificamente. Entre os autores cujos títulos não estão mais disponíveis estão Joshua Wong, um dos jovens ativistas mais importantes da cidade, e Tanya Chan, uma conhecida legisladora pró-democracia.

O Sistema de Bibliotecas Públicas de Santa Catarina (SBPSC) divulgou um caderno com recomendações técnicas para ajudar a garantir a segurança dos servidores e público que frequenta estes espaços em caso de reabertura durante e após o período da pandemia causada pela Covid-19. A Biblioo resumiu algumas das orientações da publicação que também apresenta sugestões de atividades e ações que podem ser promovidas virtualmente para o engajamento da comunidade do entorno das bibliotecas e o incentivo à leitura.

O jornal britânico Financial Times divulgou na última semana de junho a lista de melhores obras lidas por seu colunista Martin Wolf. Entre as recomendações estão livros sobre desaceleração no século 21, renda básica universal, Capital e ideologia, de Thomas Piketty, publicado por aqui pela Intrínseca, e ainda obras sobre economia e tecnologia.

Faleceu neste domingo (5), aos 81 anos, o escritor e dramaturgo Antonio Bivar, em decorrência da covid-19. Figura importante da contracultura brasileira durante a ditadura militar, Bivar organizou em 1982, no Sesc Pompéia, o festival punk O começo do fim do mundo e como dramaturgo, fiou conhecido pelas peças Cordélia Brasil e Abre a janela e deixa entrar o ar puro e o Sol da manhã, pela qual recebeu o prêmio Molière de melhor autor do ano. É autor de O que é punk e das peças O cão siamês ou Alzira Power, Longe daqui, aqui mesmo e Gente fina é outra coisa.

O jornalista e pesquisador musical Zuza Homem de Mello foi assunto n'O Globo. Um ano depois da morte de João Gilberto, ele finalizou a biografia do músico. Segundo o jornal, Zuza pretende entregar até o fim de agosto os originais da obra para a Editora 34. O material, ainda sem título definido, deve ser lançado no fim de 2020, início de 2021.

No Painel das Letras, o prelo das editoras. A Relicário publica em agosto Batendo pasto, livro escrito em 1982 por Maria Lúcia Alvim e resgatado de um manuscrito que a poeta mineira havia confiado a Paulo Henriques Britto. A obra veio com instruções para ser publicada somente após a sua morte, mas ela foi convencida Britto e Ricardo Domeneck – que assina o prefácio – a permitir a publicação.

A Agir prepara a HQ Miss Davis, que contará a vida da intelectual do antirracismo, Angela Davis. O livro deve ser publicado em agosto. A Intrínseca comprou os direitos da continuação de M, o filho do século, romance sobre a ascensão de Mussolini e a Rocco testará uma nova estratégia de lançamentos com a nova obra de Nilton Bonder. O evento desta terça (7) contará com uma fila virtual de autógrafos.

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[06/07/2020 08:00:00]