O projeto Navegar é Preciso, idealizado pela Livraria da Vila e Auroraeco, chega à sua 14ª edição em 2026. Entre 27 de abril e 1º de maio, o barco realizará o trajeto pelo Rio Negro com a presença dos escritores Antonio Prata, Eliana Alves Cruz, Giovana Madalosso, Itamar Vieira Junior, Tatiana Salem Levy e do músico Zeca Baleiro. Durante cinco dias, os participantes vivenciam uma programação que vai além dos debates literários. O percurso se encerra no Encontro das Águas, onde o Rio Negro e o Solimões seguem lado a lado sem se misturar. Idealizado pela Livraria da Vila e a Auroraeco, o Navegar é Preciso nasceu em 2010 com o objetivo de criar uma imersão artística e literária em um cenário de beleza natural deslumbrante. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Laboratórios equipados para aulas de carpintaria, elétrica e serralheria. Quebra-cabeças que desafiam os estudantes a montar imagens diferentes daquelas que veem na caixa. Matérias obrigatórias de 'economia do lar', que ensinam desde cedo noções de cuidado, gestão e responsabilidade. Esses são alguns exemplos de como a Finlândia cultiva uma educação centrada na autonomia, na prática e na criatividade. Na Estônia, outro destaque mundial em desempenho escolar, o foco está na integração entre tecnologia e aprendizagem personalizada. Com o objetivo de compreender de perto esses exemplos de excelência, um grupo de gestores escolares e lideranças educacionais brasileiras participou, neste mês, de uma imersão internacional nos dois países europeus, organizada pela Futuro Eventos com chancela da FTD Educação. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

No mês da Consciência Negra, o Clube de Leitura CCBB recebe dois grandes nomes da cultura brasileira: Nei Lopes e Luiz Antonio Simas. O encontro será na biblioteca do CCBB RJ, com entrada gratuita, em meados de novembro, quando a mediadora Suzana Vargas conduzirá um diálogo entre os livros Bantos, malês e identidade negra (Autêntica), de Nei Lopes, e O corpo encantado das ruas (Civilização Brasileira, 2019), de Luiz Antonio Simas, escolhidos em votação aberta pelo público. Ambos os autores se dedicam, cada um à sua maneira, a investigar as matrizes africanas e populares que formam o Brasil — seja na história, na religiosidade, na linguagem ou nas ruas que compõem o imaginário coletivo. Leia a notícia completa e programe-se!

Em O despojo do caramujo, breve romance de despedida (autopublicado), Marília Lovatel constrói uma narrativa de rarefeita beleza, em que o ato de perder se transforma em gesto de permanência. Com uma prosa sensível e precisa, a autora nos conduz por uma história que fala sobre o tempo, o corpo e as formas silenciosas de resistência que habitam o humano. Quatro personagens se encontram num mesmo território simbólico: o da fragilidade. O livro é, sobretudo, uma reflexão sobre o envelhecer e o desapego. A imagem do caramujo, que carrega e abandona sua própria casa, resume a tensão entre o que se leva e o que se deixa. É também metáfora do próprio ato de viver: carregar histórias, memórias e afetos até o momento em que é preciso soltá-los para seguir. Clique no Leia mais para ler a coluna na íntegra.

A HarperCollins está com duas vagas abertas: uma de assistente editorial e outra de estagiário editorial. A primeira exige formação em Produção Editorial, Letras ou Jornalismo e inglês avançado, enquanto a segunda pede da pessoa candidata seja responsável por acompanhar cadastros, contratos e pagamentos de fornecedores do editorial e auxiliar no processo de produção editorial.

O PublishNews+, área exclusiva para assinantes do PN, tem adiantado, semanalmente, os livros que só chegarão às livrarias em 45 dias. O serviço, chamado de Próximo Capítulo, é realizado graças a uma parceria com a MVB / Metabooks e tem por objetivo municiar livreiros de informações do que está no prelo das editoras. Entre os livros previstos para a semana entre os dias 15 e 21 de dezembro, está a nova edição bilígue de Pensamentos diversos (Companhia das Letras), de Ludwig Wittgenstein, com escritos que passam por assuntos múltiplos, esses fragmentos dão a dimensão do pensamento de Wittgenstein, ao mesmo tempo que oferecem uma porta de entrada à obra do filósofo. Outra novidades são A arte como resistência (Edições Loyola), livro que discorre sobre as diferentes formas de expressão artística e seu endereçamento na prática enquanto instrumento psicológico. Confira todas as novidades clicando aqui. Por enquanto, o Próximo Capítulo está aberto para todos os que se cadastrarem na plataforma, mas em breve o serviço ficará exclusivo para os assinantes do PN+. A nova seção se soma a outros serviços oferecidos aos assinantes do PN+, como o Radar de Licitações. Clique aqui para saber como ser um assinante do PN+.

Na Lapa dos anos 40, o malandro não se vestia: se apresentava — terno branco, sapato bicolor e olhar de quem sabia mais do que dizia. Era estilo, era código, era vida vivida no compasso do samba. É nesse espírito que o romance Zezinho de Nervina convida o leitor a percorrer memórias, cartas e canções que moldaram um Rio de Janeiro eterno. “Quis escrever um romance que juntasse afeto e memória musical, onde a fronteira entre realidade e invenção é menos um muro e mais um samba: a gente dança por cima”, explica o autor, fundador do Instituto Memória Musical Brasileira (IMMuB). A noite de autógrafos será em Niterói, com prosa e música. Leia a notícia para ficar por dentro de tudo!

A produtora Mirar Lejos apresenta Múltiplos: os percursos literários de Frei Betto, documentário que mergulha na obra do autor e destaca sua dimensão como escritor — das memórias e ensaios à literatura infantojuvenil, passando pelos contos e romances que consolidaram seu nome entre as vozes mais expressivas da literatura brasileira contemporânea. Dirigido por Evanize Sydow e Américo Freire, o longa é o segundo capítulo da tetralogia dedicada a retratar diferentes aspectos da vida e da obra do frade dominicano. Vai ter pré-estreia em Belo Horizonte na semana que vem e, em seguida, entrará nas plataformas digitais. Leia a notícia completa para se informar.

Como escrever sobre o prazer das mulheres sem romantização, sem moralismo, sem colonização? Em seu livro de estreia, a jornalista, escritora e consultora em diversidade Monique dos Anjos aposta em uma literatura erótica que coloca o gozo — e não apenas o sexo — no centro da narrativa. Nós entre três (Telha, 124 pp, R$ 45) reúne catorze contos que encaram o desejo como um direito, e o corpo como território de subversão, fricção e memória. O livro conta com prefácio de Caroline Amanda, cientista social, psicanalista e especialista em saúde íntima, reprodutiva e sexual, além de fundadora da Yoni das Pretas, e comentários de contracapa de Mayumi Sato, pesquisadora de sexualidade que lidera a maior rede social de sexo do Brasil. Monique explora o erótico como espaço de liberdade — especialmente para mulheres negras, retintas, mães, maduras, inseguras, vaidosas, complexas. Nós entre três busca recusar a lógica eurocentrada do casal perfeito e constrói enredos em que o sexo é suado, ambíguo, às vezes engraçado, às vezes brutal.

Entre quintais, cozinhas e correspondências, Fernanda Marra reúne, em As tias (Telaranha, 176 pp, R$ 58), histórias de mulheres que carregam o peso e a leveza de muitas vidas. Elas são avós, vizinhas e tias, essas figuras que provocam, educam, cuidam, ferem e amparam. Aqui, o cotidiano se constrói por cheiros aconchegantes ou intragáveis, o carinho e a violência de relações em família, as histórias doces ou grotescas que passam de vizinha em vizinha, de tia a sobrinha, e de primo em primo. Lembrança e invenção se confundem. Os contos transitam entre o real e o imaginado com a naturalidade de quem sabe que a vida raramente se completa. Ao narrar histórias violentas, sua escrita não teme o desconforto ― pelo contrário: a autora procura esta aflição, a encara, a cumprimenta, senta-se para acompanhá-la em um café demorado. Em As tias, o leitor é convidado a escutar o murmúrio das relações familiares que nos rodeiam, das conversas de adulto por trás de portas entreabertas.

A persona artística de Letrux é marcada por uma linguagem intensa, poética, irônica e confessional — características que também se refletem fortemente em seus livros. Em Brincadeiras à parte (Planeta, 176 pp, R$ 49,90), a autora compartilha contos dedicados a jogos ou brincadeiras que tratam de temas como sexualidade, feminismo, música, autoconhecimento, amizade e relacionamentos. A autora, que está comemorando 20 anos de carreira, apresenta na obra pequenas “pausas” entre os textos, que servem de interlúdio. Trata-se do segundo publicado pela editora, após Tudo que já nadei: Ressaca, quebra-mar e marolinhas que reúne textos, poemas e aforismos de Letrux. Nas produções literárias da artista, há ecos de autores ligados à poesia marginal e ao verso livre. Ao mesmo tempo, incorpora à sua escrita uma sensibilidade moderna, que dialoga com feminismos, questões de gênero, afetos líquidos e o esgotamento da vida contemporânea. Seu trabalho na literatura não é dissociado de sua produção musical: muitos dos temas, imagens e tons transitam entre as canções e os poemas.

Na metrópole de São Paulo, onde milhões de histórias se cruzam sem se tocar, o novo livro de Ricardo Pecego, Cidadão (Cachalote, 146 pp, R$ 64,90), revela as camadas ocultas de personagens muitas vezes reduzidos a estereótipos. Com contos que transitam entre o pasteleiro descendente de japoneses, a fofoqueira de WhatsApp e o passageiro solitário do trem noturno, a obra desconstrói a ideia de que conhecemos o outro apenas pelo que vemos. "Escrevo aquilo que me toca, que observo entre as pessoas", afirma o autor. "O tema me incomoda porque não acredito nessa cosmovisão que coloca o ser humano como dono do mundo, excluindo até mesmo outros da própria espécie." A inspiração para Cidadão veio de uma crítica à forma como as cidades modernas segregam e desumanizam. O livro, escrito em nove meses entre rascunhos e revisões, propõe um olhar mais atento às histórias que passam despercebidas no cotidiano.

A solidão da pandemia, as opressões do dia a dia e as memórias que nos rondam são os fios condutores de Caquinhos vermelhos (Fósforo, 136 pp, R$ 69,90), livro de contos do sociólogo, escritor e professor Mário Medeiros. Nessa obra, escrita no período duro e recente de quarentena, um realismo brutal se mescla a elementos do fantástico, do cotidiano e até do cômico, convidando o leitor a uma viagem que vai desde as agruras da adolescência nos anos 1990, vividas nos corredores de uma escola de bairro periférico em São Paulo, até a possibilidade de ascensão social que chega por um spam vindo direto de Burkina Faso. O livro explora um mundo de personagens atormentados, que navegam entre as profundezas das relações familiares, o silêncio surgido na solidão da pandemia e as opressões históricas que ecoam no presente.