
As agendas da Imersão Futuro na Finlândia e Estônia – que começaram no último dia 5 – incluem visitas técnicas exclusivas a instituições de ensino, reuniões com autoridades locais, debates com pesquisadores e atividades culturais que visam ampliar a compreensão sobre como esses países alcançaram índices elevados de aprendizagem e bem-estar estudantil. Mais do que observar, a proposta é criar um espaço de reflexão para adaptação de boas práticas ao contexto das escolas brasileiras.
O grupo, com cerca de 50 participantes, é formado por mantenedores de instituições de ensino, prefeitos, secretários municipais e estaduais de educação, autoridades públicas, ONGs, empresas, edtechs, startups, consultorias e lideranças acadêmicas. Professores de redes públicas e privadas também integram a delegação.
Os dois países são referência global em inovação, equidade escolar e indicadores de resultados de aprendizagem, como o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês), que mede o desempenho de estudantes de 15 anos em Matemática, Leitura e Ciências. Na prova aplicada em 81 países, ambos estão no top 10: a Estônia teve destaque nas três áreas de conhecimento, com a sexta colocação em Leitura e Ciências e sétima em Matemática. Finlândia ficou em nono lugar no ranking de Ciências.
Na última avaliação do Pisa, o Brasil ficou na sétima posição entre os países da América Latina. Mas na classificação geral, em Matemática, o país ficou na 65ª colocação, bem abaixo da média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), responsável pelo programa.
Aplicado a cada três anos, os resultados são do Pisa 2022, divulgado em 2023. O próximo ranking deverá ser apresentado em 2026 e terá uma novidade: vai começar a medir, também, as habilidades digitais dos estudantes.
“Vamos buscar novas referências e modelos de educação para compreender de que forma o meio digital e o letramento tecnológico podem contribuir para que o Brasil avance no Pisa. Queremos identificar aprendizados que possam ser aplicados ou adaptados à nossa realidade, levando em conta diferentes culturas, hemisférios e contextos. O propósito é descobrir o que faz sentido para nós e para a nossa educação”, afirma Ricardo Tavares, diretor-geral da FTD Educação. O executivo vai integrar o grupo que visitará a Estônia.
“Na Estônia, a digitalização das escolas, a autonomia dos professores e a personalização do aprendizado são pilares fundamentais de uma revolução educacional que transformou o país no mais digital da Europa. Conhecer de perto esse sistema ágil e conectado é uma oportunidade única de reflexão e inspiração”, afirma Ricardo Tavares.
Imersão internacional
A FTD Educação, que levará clientes estratégicos, reforça com a iniciativa seu posicionamento como parceira de excelência em soluções educacionais. Além do diretor-geral, a empresa será representada por Caroline Franco Dias, gerente de desenvolvimento educacional da educação pública, presente nas duas imersões.
“A Finlândia é reconhecida como o país mais feliz do mundo e tem na educação a base de sua cultura. O que buscamos nesta imersão é identificar práticas escaláveis e adaptáveis à realidade brasileira, especialmente no campo da valorização dos professores e nos modelos de avaliação diferenciados. Nosso objetivo é ampliar o repertório da FTD Educação para a área pública e trazer, na bagagem, boas referências que possam ser multiplicadas em nosso país”, destaca Caroline Franco Dias, da FTD Educação.
As imersões internacionais da Futuro Eventos têm como propósito capacitar educadores e gestores, promover networking internacional e estimular uma mudança de mentalidade. Além de conhecimento técnico, o programa inclui transformação pessoal, experiências culturais e a ampliação da visão de futuro para quem atua no setor educacional.






