
Na Estônia, outro destaque mundial em desempenho escolar, o foco está na integração entre tecnologia e aprendizagem personalizada. O país investe amplamente em infraestrutura digital, letramento tecnológico e políticas públicas que conectam as escolas ao desenvolvimento de competências digitais desde a infância. Essa combinação de inovação e equidade vem transformando o sistema educacional estoniano em um modelo de referência global, inserido no top 10 do Pisa.
Com o objetivo de compreender de perto esses exemplos de excelência, um grupo de gestores escolares e lideranças educacionais brasileiras participou, neste mês, de uma imersão internacional nos dois países europeus. A iniciativa, organizada pela Futuro Eventos com chancela da FTD Educação, reuniu representantes de escolas privadas, mantenedores e gestores públicos para uma agenda de visitas técnicas, encontros com especialistas e oficinas práticas sobre inovação pedagógica, gestão escolar e formação de professores.
“Na Finlândia, a questão da autonomia dos estudantes e dos professores é muito forte. Eles têm matérias eletivas de Economia do Lar e oficinas de trabalhos manuais com madeira, elétrica e metal. Os laboratórios são incríveis e estimulam a criatividade desde cedo. Um exemplo curioso são os quebra-cabeças espalhados nas áreas comuns da escola: a imagem da tampa é diferente da imagem que será montada. A ideia é que os estudantes avancem e descubram uma nova imagem relacionada ao tema proposto, para exercitar o pensamento criativo e a resolução de problemas”, relata Carol Franco, gerente de Desenvolvimento Educacional da Educação Pública da FTD Educação, que integrou a comitiva.
Durante a imersão, os participantes também conheceram modelos de formação docente baseados na confiança e na autonomia profissional, marca registrada da educação finlandesa, e projetos de integração entre políticas públicas e inovação tecnológica, destaque da experiência estoniana.
“Na visita à Estônia, buscamos novas referências e modelos de educação para compreender de que forma o meio digital e o letramento tecnológico podem contribuir para que o Brasil avance nos indicadores de resultados, como o Pisa. A imersão serviu para descobrir o que faz sentido para nós e para a nossa realidade educacional”, afirma Ricardo Tavares, diretor-geral da FTD Educação.
De acordo com os organizadores, a experiência reforça o compromisso das instituições participantes em aproximar-se de práticas de sucesso internacional e traduzir esses aprendizados para o contexto brasileiro, com foco em inovação, formação continuada e políticas de equidade — pilares essenciais para o fortalecimento da educação no país.






