O que une as celebridades Jane Catulle Mendès (1867-1955), Carmen Miranda (1909-1955) e Zaquia Jorge (1924-1957), além de serem notáveis no fazer artístico, muito à frente do seu tempo, e biografadas por três jornalistas? “O Rio nunca foi rural, provinciano. Em termos de Brasil, sempre foi cosmopolita. Cenário ideal para mulheres como Jane, Carmen e Zaquia”, responde, prontamente, Ruy Castro, autor de Carmen: Uma biografia (Companhia das Letras), que ganhou nova edição há semanas, vinte anos depois do seu lançamento. Ruy confessou que está curiosíssimo para ler sobre as descobertas que Rafael Sento Sé fez das andanças da poeta francesa Jane pelos trópicos e admira a história de Zaquia, tão bem contada por Marcelo Moutinho. “Foram ícones não apenas pelos seus talentos, mas por terem se estabelecido como uma inspiração para outras mulheres", enfatiza Rafael, que está prestes a colocar no mundo o seu A poeta da Cidade Maravilhosa (Autêntica), após dez anos de pesquisas. Leia a reportagem completa e corra para adquirir os livros.

Em conjunto com a Marsilio Editori e a família De Michelis, a Feira de Frankfurt anunciou que o vencedor do Premio Internazionale di Editoria Cesare De Michelis 2026 é Jonathan Galassi, que atua como presidente emérito e editor executivo da Farrar, Straus & Giroux, em Nova York, nos EUA. O evento em homenagem ao editor premiado de 2026 ocorrerá no Centre Stage (Hall 4.1 B68) da Feira de Frankfurt, na quinta-feira, 16 de outubro, às 16h. No ano passado Luiz Schwarcz, editor, CEO e fundador da Companhia das Letras, foi o vencedor do prêmio internacional. A premiação é concedida anualmente a editores que se destacaram no cenário internacional pela vitalidade e inovação de suas conquistas no campo editorial. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Festa Literária das Periferias (Flup) integra a programação de dois eventos literários europeus: o painel Sound System, em Leeds, no Reino Unido, e o encontro Middle Ground: Interactions – Transitions and Reciprocities, em Berlim, na Alemanha. Ambas as iniciativas celebram a potência da literatura afro-diaspórica e contam com a participação de Conceição Evaristo, referência da literatura contemporânea e autora homenageada da Flup em 2025. Além dela, a delegação brasileira que está na Europa é formada pelos escritores Amara Moira, Eliana Alves Cruz, Luciany Aparecida, Luna Vitrolira e Vinicius Jatobá e pelo fundador da Flup, Júlio Ludemir. As ações ocorrem em colaboração com instituições como o National Poetry Centre (UK) e o festival Middle Ground (ALE). Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Festa Literária Internacional de Niterói (Flin) 2025 promete transformar o Reserva Cultural Niterói em um vibrante ponto de encontro entre literatura, arte e pensamento contemporâneo, em outubro, com mais de 60 atrações e 5 palcos, entre mesas de debate, leitura dramatizada e tantas outras formas de imaginar o mundo. “A construção desta Flin se ancora em uma concepção de cultura viva e vivida, em constante movimento e que tem o poder de moldar a sociedade. Entendemos o poder que a literatura exerce na construção da história que é escolhida como verdadeira, por isso queremos mais pessoas contando e recontando essas histórias, a partir dos seus pontos de vista”, destaca a presidenta da Fundação de Arte de Niterói, Micaela Costa. Leia para desbravar a programação completa e saber mais da Flin.

O Encontro de Escritores e Artistas Indígenas celebra 20 anos de existência em 2025, consolidando-se como um dos mais importantes espaços de afirmação das vozes originárias no campo da literatura e das artes. Idealizada pelo escritor e educador Daniel Munduruku, a edição comemorativa ocorrerá em outubro em dois endereços no Rio de Janeiro: Museu de Arte do Rio (MAR) e Fundação Casa de Rui Barbosa, com programação totalmente gratuita. "Queremos celebrar os muitos avanços que foram acontecendo na sociedade brasileira, o aumento numérico de escritores e artistas indígenas, a abertura do mercado editorial e livreiro, as políticas públicas que se desenvolveram a partir desse feito, os prêmios e reconhecimentos recebidos pelos autores e autoras, entre outras conquistas”, afirma Munduruku, também curador do evento. Leia a notícia para acessar a notícia completa.

O PublishNews publica regularmente a Área Indie, espaço publieditorial que reúne informações sobre livros lançados de forma independente ou autopublicados. Para saber como participar da seção, escreva para o comercial no e-mail comercial@publishnews.com.br. Essa semana o espaço apresenta duas novidades. O primeiro livro é Rádio patrulha auto (Uiclap), em que o cabo da Polícia Militar do Paraná, Gerson de Jesus Monteiro Júnior, transforma a rotina intensa das ruas de Curitiba em crônicas que prendem o leitor do início ao fim. O segundo livro é Os óculos e outras réplicas (Kafka Edições), que reúne contos das escritoras Denise Miotto Mazocco e Marcella Lopes Guimarães, escritos ao longo de alguns anos.

O Radar de Licitações – seção fixa do PublishNews+ que reúne, semanalmente, informações sobre processos licitatórios para a compra, confecção de livros e demais serviços editoriais – traz mais dois editais. O primeiro edital refere-se à aquisição de livros pedagógicos e literários e está com pregão marcado para o dia 13 de outubro, com valor estimado superior a R$ 900 mil. Já o segundo edital tem como objetivo o registro de preços para aquisição de livros literários na rede municipal, com o valor de mais de R$ 500 mil e pregão para o dia 14 de outubro. A seção, exclusiva para os assinantes do PN+, é alimentada pelo Radar de Licitações, consultoria de Natália Vieira que, além de buscar novas licitações, presta um serviço de apoio aos editores e distribuidores interessados em vender para governos, nas mais diversas esferas de poder. Para acessar o Radar dessa semana, clique aqui.

Festival Pernambucano de Literatura Negra é finalista do Prêmio Jabuti 2025 na categoria Fomento à Leitura, consolidando-se como um dos principais projetos de valorização da literatura negra no país. É o único representante do Norte e Nordeste entre os cinco selecionados para disputar a estatueta, confirmando o amadurecimento de uma iniciativa que nasceu de forma independente e hoje alcança projeção nacional. A iniciativa está realizando a sua quinta edição. Para a idealizadora, Jaqueline Fraga, o festival cumpre a missão de ampliar espaços e amplificar a voz de narrativas negras. “Contar as nossas histórias, promover a leitura, a literatura e a cultura são missões que nos movem”, diz a jornalista e escritora. Leia mais para acessar a notícia completa.

Poucos romances atravessaram o tempo com a mesma envergadura e delicadeza de Maurice (Ercolano, 336 pp, R$ 125, traduzido por Antonio Farinaci). Escrita por E. M. Forster entre 1913 e 1914, e publicada apenas postumamente em 1971, a obra tornou-se um marco da literatura mundial por sua ousadia, lirismo e pela coragem de imaginar um desfecho diferente para a homossexualidade em um tempo em que o amor entre homens era criminalizado e condenado ao silêncio. O livro narra a vida de Maurice Hall, um jovem inglês de classe média-alta inglesa que, desde a adolescência, luta para conciliar os desejos de seu coração com as rígidas convenções da sociedade eduardiana. A história narra a descoberta da sexualidade, os seus encontros com amores possíveis e impossíveis e a busca incessante por existir de forma autêntica numa sociedade que insiste em negar essa possibilidade. A trama coloca em cena temas como a amizade, a repressão moral, a descoberta do desejo e a coragem de viver uma vida verdadeira. Entre as convenções da alta sociedade inglesa e a busca do desejo que desafiava as regras da época, Forster constrói um romance de formação que incita uma reflexão sobre liberdade, identidade e amor.

Norberto retorna ao Rio de Janeiro após morar muitos anos na Europa. Ele é casado com a italiana Valentina e eles têm filhos gêmeos não-idênticos. Antes mesmo de abrir as caixas da mudança, ele vai à praça onde costumava brincar e relembra os amigos de outrora. O que terá acontecido com eles? Esse início, que dá ideia de um romance memorialista, logo muda quando o protagonista conhece Irineu Bustamante, senhor literato que se abre para uma nova amizade, e reencontra Cristiano, companheiro de infância, pai de Diogo. O rapaz desperta sentimentos em Norberto e faz emergir lembranças que nunca deixaram de arder em silêncio. A volta do arlequim (7Letras, 136 pp, R$ 65), de Jorge Sá Earp, mostra as máscaras que cada um veste para sobreviver às pressões da família, da sociedade e do próprio sentir. Como o personagem da comédia italiana, o narrador se desdobra em papéis múltiplos – filho, amigo, amante, marido, estrangeiro –, buscando no vaivém dessas identidades uma forma de recompor a sua história.

Publicado em 1976, O beijo da mulher-aranha (Todavia, 288 pp, R$ 94,90), de Manuel Puig, ganha nova edição. A história se passa em uma prisão argentina, onde dois homens compartilham uma cela: Molina, um vitrinista gay egocêntrico, autodepreciativo, mas também muito charmoso; e Valentín, um revolucionário articulado e ferozmente dogmático, assombrado pelas lembranças de uma mulher que precisou abandonar em nome da luta política. Às vezes, eles conversam a noite toda. Na escuridão silenciosa da cadeia em Buenos Aires, Molina reconstrói as histórias brilhantes e frágeis dos filmes que venera enquanto o cínico companheiro o escuta. Valentín acredita na causa justa que torna todo sofrimento suportável; Molina acredita na magia do amor que torna todo o resto suportável. Embora dividam pouco mais que uma cela, os dois vão construindo um vínculo íntimo e um relacionamento comovente. Aquilo que começa como uma interação cautelosa lentamente floresce em uma amizade profunda, desafiando as suas percepções sobre amor, lealdade e sacrifício.

Protagonista de Cupidos não se apaixonam (Seguinte, 296 pp, R$ 59,90), da autora best-seller Clara Alves, Chiara sempre teve certeza de tudo. Do curso que escolheu, da carreira que quer construir, do futuro perfeito que tem pela frente. Só uma peça continua faltando: um romance. Depois de várias tentativas que não deram em nada, ela chega à conclusão de que talvez o amor exista, sim — só não seja pra ela. E tudo bem, porque ela acaba de encontrar um novo propósito: assumir o papel de cupido e ajudar os outros a se apaixonarem. Qual seria a sua primeira missão? Juntar a melhor amiga, que ainda sofre por causa da ex, com a caloura charmosa que acabou de entrar no curso de Direito. O problema é que, quanto mais Chiara tenta unir as duas, mais percebe que o seu coração talvez tenha outros planos

Em A gramática do corpo (Buzz, 344 pp, R$ 69,90, traduzido por Erika Nogueira Vieira), foi escrito por Jules Jules Ohman. A trama começa quando Lou completa dezoito anos e agentes de modelos de Portland a descobrem por sua aparência andrógina marcante. No entanto, Lou não tem interesse em moda nem em estar sob os holofotes. Ela prefere tirar fotos, especialmente de Ivy, sua amiga — e paixão secreta. Mas quando uma trilha termina em um trágico acidente, Lou se vê perdida e consumida pela culpa. Determinada a encontrar um propósito, muda-se para Nova York e mergulha no mundo vertiginoso dos desfiles internacionais, da alta-costura e dos editoriais de moda. Nesse turbilhão, aprende a comandar um corpo no qual nunca se sentiu confortável. No entanto, sob os holofotes, começa a temer que esteja perdendo a sua identidade — como pessoa, como artista e como alguém que ainda ama a garota que deixou para trás. Uma história intimista e profundamente observadora sobre luto e cura, dúvida e autoaceitação, A gramática do corpo explora as ansiedades de encontrar seu lugar no mundo e a beleza comovente de perseguir o amor.