O Prêmio São Paulo de Literatura divulgou nesta terça a lista de dez finalistas em suas duas categorias, melhor romance e melhor romance de estreia. Entre os 20 indicados nas duas categorias, mais da metade são mulheres. Em 2024, as autoras Luciany Aparecida e Eliane Marques foram as vencedoras com os livros Mata doce (Alfaguara) e Louças de família (Editora Autêntica Contemporânea). A cerimônia de premiação será no dia 24 de novembro, na Biblioteca do Parque Vila-Lobos (Av. Queiroz Filho, 1205 — São Paulo / SP). No total, as obras finalistas foram publicadas por doze casas editoriais: Editora 34, Aboio, Alfaguara, Autêntica Contemporânea, Bazar do Tempo, Companhia das Letras, Fósforo, Maralto, Patuá, Record, Reformatório e Todavia. A lista de indicados tem domínio do Grupo Companhia das Letras, que soma sete indicações; seguida pela Todavia, com três livros entre os selecionados. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

No Podcast do PublishNews desta semana, falamos sobre os 30 anos da Editora Senac São Paulo. São mais de 4,3 mil títulos publicados e mais de 17 milhões de exemplares vendidos. O programa recebeu o publisher Luís Américo Tousi Botelho, que falou sobre a sua trajetória de 18 anos na casa, destacando a evolução da editora ao longo de 30 anos, sua relação com a educação e o mercado editorial, e a importância da digitalização e inovação, incluindo a biblioteca digital e a inteligência artificial. Ele também discute o lema da editora, a linha editorial, e os desafios futuros. Criada com o objetivo de produzir conteúdos de apoio aos cursos de educação profissional do Senac São Paulo, em três décadas a editora se consolidou como referência no setor CTP, com a publicação de obras voltadas à educação, cultura, gastronomia, moda, design e diversas outras áreas do conhecimento. Este podcast é um oferecimento de Câmara Brasileira do Livro (CBL), MVB América Latina e UmLivro. Você também pode ouvir o programa pelo Spotify, iTunes, Google Podcasts, Overcast e YouTube.

O livro brasileiro Um labirinto labiríntico (FTD) foi vencedor de ouro na categoria de melhor design no Latin American Design Awards. O livro escrito por Jacques Fux e com design gráfico de Daniel Justi, recebeu o prêmio de Melhor design do LADAWARDS, principal prêmio de design da América Latina. "Esse foi meu quinto projeto premiado pelo Latin American Design Awards, mas foi o meu primeiro ouro e também a primeira vez como destaque da categoria, então foi uma sensação muito especial, de ter conseguido ir mais além (...). Não é sempre que o projeto gráfico de um livro ilustrado é visto de igual para igual com outros gêneros narrativos então, quando acontece, é sempre um reconhecimento importante", diz Daniel Justi. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A pseudoerudição está na moda – e o livro, nesse vendaval, passa a ocupar um lugar central de distinção social. Explicando melhor: a tendência de “leitura performática” está tomando as redes sociais ao propor a escolha de uma obra clássica, de preferência um volume grosso, para fingir que lê. A regra é simples: leve o livro onde você possa ser visto ou vista lendo. Vale praia, cafés barulhentos e da moda... o que importa mesmo é a pose! Estar com Proust ou Thomas Mann nas mãos já basta para sinalizar a sofisticação do “leitor”. Pode-se, também, estampar a capa de obras clássicas em bolsas, camisetas ou capinhas de celular. O título vira logomarca; a literatura, commodity. Esse é o Performative Reading, uma maneira de comunicar um luxo silencioso. Nesse imaginário, o livro se torna acessório de status. O comportamento gera, assim, visibilidade. Especialistas em luxo afirmam que a lógica do “ter” migrou para o “fazer” e evoluiu para o “parecer”. O consumo aspiracional deixou de estar restrito a bolsas icônicas ou carros de alto padrão para se deslocar às experiências que são registradas e compartilhadas, acumulando curtidas. O livro entrou nesse mesmo circuito: de atividade íntima, silenciosa e formadora passa a ser uma vitrine portátil. Clique no Leia mais para ler o artigo na íntegra.

Para celebrar os 25 anos de mangás no Brasil, a JBC, selo de mangás da Companhia das Letras, e o Sesc São Paulo vão realizar a Mangá Festa, que será nos dias 4 e 5, no Sesc 14 Bis (Rua Dr. Plínio Barreto, 285 — São Paulo / SP). O evento conta com uma programação pensada tanto para fãs de longa data como para quem ainda não conhece esse universo e tem curiosidade. O festival também abre espaço para encontros de leitores e cosplayers, com atividades diversas valendo prêmios e brindes. Os ingressos serão gratuitos com retirada no site Central de Relacionamento, pelo app Credencial Sesc ou presencialmente 30 minutos antes da sessão. Nas mesas de conversa, que reúnem editores, influenciadores, jornalistas e artistas brasileiros do mangá e dos quadrinhos, será possível percorrer uma jornada pelas diversas fases do mercado de mangás no Brasil. Além disso, o evento promove homenagens a editoras, artistas, tradutores e fãs, bem como reflexões sobre os desafios e o futuro dos mangás no Brasil. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Ciranda Cultural está contratando nova pessoa para o cargo de estagiário de marketing. A pessoa ficará responsável por apoiar na programação e postagem em redes sociais, monitorar interações e buscar referências externas para novos posts e gerenciar envios de kits para parceiros, controlar estoque e realizar cotações de materiais e brindes. É necessário estar cursando Marketing, Publicidade e Propaganda ou áreas afins. O processo seletivo acontece até outubro e é para trabalhar em Jandira, em São Paulo.

A cidade histórica de Pirenópolis (GO) receberá, de 9 a 11 de outubro, a 15ª edição da Festa Literária de Pirenópolis (Flipiri). Com programação gratuita e diversificada, o evento homenageia a escritora carioca Roseana Murray e o escritor goiano Hugo de Carvalho Ramos, reunindo literatura, música e artes em diferentes espaços do centro histórico tombado pelo IPHAN. “Este ano, escolhemos o tema 'Alumiar – Ler e criar com energia' porque acreditamos que a energia nasce das ações positivas, que impulsionam mudanças significativas”, explica Iris Borges, idealizadora da Flipiri. A programação somará mais de 95 horas, com rodas de conversa, conferências, oficinas, lançamentos e a tradicional Maratona de Contação de Histórias. Leia mais e programe-se!

O escritor, ilustrador e roteirista capixaba Estevão Ribeiro lança o seu primeiro livro feito para adultos: Salve, Rainha e outras histórias (Editora Malê). A noite de autógrafos será realizada na Janela Livraria (Rua Maria Angélica, 171-B – Rio de Janeiro / RJ), com a presença da escritora Eliana Alves Cruz, sua companheira, e do jornalista Aydano André Motta para um bate-papo seguido de sessão de autógrafos. “Este livro é uma recompensa ao meu lado escritor enclausurado. Enquanto me dedicava aos quadrinhos, livros infantis e ao audiovisual, alimentava o escritor com doses curtas de histórias que o apetecesse, para que ele não morresse de fome”, rebobina o autor ao PublishNews. Composta por onze contos e uma novela, a obra de 192 páginas marca os 25 anos de carreira de Estevão e evoca personagens que transitam entre fé e conflito, memória e afeto, humor e crítica social. Clique no Leia mais para saber quando será o evento e acessar a notícia completa.

O romance A filha primitiva (José Olympio) obra premiada da escritora Vanessa Passos, ganhará nova vida nos palcos em uma adaptação teatral inédita da Cia. Bravia, companhia cearense reconhecida por sua pesquisa em dramaturgia contemporânea e pela força de seus trabalhos autorais. O texto está em processo de adaptação e o início dos ensaios está previsto para o começo de 2026. A adaptação traz um time de mulheres criadoras à frente do projeto: a dramaturgia será assinada por Marina Brizeno, a direção ficará sob o comando de Marina Brito e a atriz Liliana Brizeno dará corpo e voz à protagonista, numa montagem que promete unir poesia e potência cênica. Ao transpor para o teatro os temas centrais do romance — memórias familiares, heranças femininas e o enfrentamento de silêncios históricos —, a montagem busca explorar o palco como espaço de afeto e confronto, ampliando o diálogo do livro com outras linguagens artísticas e públicos. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O psicólogo e pesquisador transdisciplinar Nelson Job, doutor em História das Ciências pela UFRJ, lança o livro Pulsares (Mondru Editora) na Livraria Na Nuvem (Rua Treze de Maio, 744 – São Paulo / SP). Com posfácio do professor Erick Felinto (UERJ), a obra será apresentada em conversa entre o autor e Nickolas d'Ângelo, editor da Woo Magazine e coordenador da Revista Futuro Pretérito (FEUSP/USP), seguida de sessão de autógrafos. “Pulsares é, de tudo o que escrevi, o texto mais singular. Meus primeiros livros são de não-ficção, com tom mais acadêmico. Em Pulsares, tudo muda. Gosto muito da ideia do grande escritor português Gonçalo M. Tavares: cada livro seu suscita um novo gênero. Pulsares, assim, emerge naturalmente como uma narrativa mais solar”, afirma o autor ao PublishNews. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Fundação Maria Luisa e Oscar Americano (Av. Morumbi, 4077 – São Paulo / SP) realiza mais uma edição da sua Série Literária, iniciativa que vem reunindo leitores e especialistas em encontros voltados para a poesia e a crítica literária. Nesta data, a programação propõe um diálogo entre dois universos criativos distintos: o do poeta mato-grossense Manoel de Barros (1916–2014) e o do clássico italiano Dante Alighieri (1265–1321) através das perspectivas da jornalista, atriz e diretora Bianca Ramoneda e do crítico literário e professor da Unicamp Eduardo Sterzi. Os ingressos custam R$ 100 e estão à venda pelo Sympla. Leia mais para saber quando serão os encontros e como você pode participar.

Ray Dalio faz uma reflexão sobre a dívida pública em Como os países quebram (Intrínseca, 400 pp, R$ 69,90 – Trad.: Antenor Savoldi Jr. e Paula Diniz). No livro, o autor compartilha pela primeira vez sua explicação detalhada do que ele chama de “Grande Ciclo do Endividamento”. Ray Dalio destaca os cinco fatores mais importantes de transformação — ciclo econômico de endividamento/crédito/moeda; ciclo de ordem e desordem interna; transformação da ordem mundial; fenômenos da natureza; e inventividade humana em relação às novas tecnologias — que, em conjunto, ocasionam o que ele denomina de “Grande Ciclo Geral” e mudam a ordem mundial. O autor defende que o entendimento desse ciclo é essencial para que legisladores, investidores e a sociedade compreendam em que ponto nos encontramos e que rumo estamos seguindo no que diz respeito ao endividamento. Com base nesse estudo, Ray Dalio, um crítico em Wall Street ao governo de Donald Trump, mostra como os Estados Unidos, a Europa, o Japão e a China estão no chamado “estágio crítico” de seus ciclos de dívida.

Em um mundo cada vez mais polarizado, fazer perguntas melhores no dia a dia e no trabalho é um atalho para o sucesso pessoal e profissional. Isso pode criar espaço para se repensar as posições, encontrarmos respostas juntos e até mesmo mudarmos de ideia para melhor. Baseando-se nos ensinamentos de Sócrates e de outros grandes pensadores, a filósofa Elke Wiss desenvolve em Café com Sócrates (Planeta, 288 pp, R$ 69,90) um diálogo direto entre o leitor e os filósofos clássicos, apresentando um kit de ferramentas que permite ao leitor transformar questões e debates em diálogos, além de interpretar conversas e adquirir técnicas que permitem não cair em armadilhas clássicas.

Inspirado na tradição africana dos griots, antigos contadores de histórias que transmitem conhecimento e cultura por meio da oralidade, Noguera propõe em ABC do amor (Oficina Raquel, 248 pp, R$ 68) um letramento afetivo: uma alfabetização emocional para tempos em que amar – e saber amar – se torna urgente. Um ato individual de consequências coletivas. O livro se estrutura como um abecedário, que atravessa conceitos como “Abraço”, “Alegria”, “Amor-próprio”, “Afeto”, “Amizade”, “Amor como ato político”, e assim por diante. Com interconexões filosóficas, o autor constrói uma cartografia do amor que inclui referências que vão de Espinosa a bell hooks, de Platão a Sobonfu Somé, passando pela confluência com Nêgo Bispo, que entrelaçam saberes da tradição ocidental com cosmopercepções afrodiaspóricas e indígenas.

O autor Terry Eagleton apresenta no livro Cultura (Editora Unesp, 152 pp, R$ 59 – Trad.: Pedro Paulo Pimenta) um sobrevoo da história do conceito de cultura e sua evolução ao longo dos últimos séculos. Unindo o erudito e o popular e indo de Marx a Nietzsche e Freud, passando por Oscar Wilde, T. S. Eliot e Wittgenstein, o panorama traçado nos abre os olhos para as facetas muitas vezes ignoradas de uma noção que perpassa quase todos os aspectos de nossas vidas. “Se Terry Eagleton não existisse, seria necessário inventá-lo.” — escreveu Simon Critchley, autor de O livro dos filósofos mortos. Terry Eagleton é um proeminente teórico e crítico literário, filósofo e intelectual público inglês e tem entre seus livros as obras: Ideologia: uma introdução, Marx e a liberdade, A tarefa do crítico, A ideia de cultura, Materialismo, O acontecimento da literatura e Revolucionários da crítica.

Organizado por Léo Peruzzo Júnior e Vivian Freitas Rezende Bento, o Compêndio de filosofia do direito (PucPress, 460 pp, R$ 139,90) reúne as principais teorias e conceitos que moldaram o pensamento jurídico ocidental, explorados sob uma abordagem crítica, adotando uma perspectiva crítica que valoriza tanto as tradições consolidadas quanto as vozes historicamente excluídas do debate filosófico. Temas centrais do debate jurídico contemporâneo, como racismo, (de)colonialismo, pobreza, desigualdade econômica e os direitos das mulheres, são examinados a partir de referenciais teóricos inovadores. Ao resgatar o pensamento de autoras como Wendy Brown, Gloria Anzaldúa, Silvia Federici e Hannah Arendt, o livro busca confrontar a hegemonia da tradição filosófica e jurídica, abrindo caminho para novas interpretações dos desafios que atravessam a sociedade. Para além da reafirmação do papel tradicional da filosofia do direito, a obra propõe uma verdadeira “filosofia para o direito”, voltada à investigação dos fundamentos que tornam esse saber não apenas possível, mas necessário.