
A jornalista, atriz e diretora Bianca Ramoneda abre a manhã com a palestra Uma didática da invenção, em que destaca a habilidade de Manoel de Barros em transformar simplicidade em sofisticação poética, abordando temas como consumo, produtividade e a urgência de escutar a natureza. “É um autor que consegue, com clareza e humor, tratar de questões complexas e contemporâneas sem soar pedante”, observa.
Na sequência, o crítico literário e professor da Unicamp Eduardo Sterzi apresenta A vida sempre nova de um clássico, em que discute a atualidade de Dante e a potência imagética da Divina Comédia. “Nossa concepção de Inferno deve mais a Dante do que a livros religiosos. Suas imagens parecem antecipar o cinema, como se pedissem uma arte em movimento para dar conta de tanta vivacidade”, reflete.
Ramoneda tem trajetória marcada pelo jornalismo cultural, com passagens por rádio, televisão e teatro, e publicou o livro Só (Rocco, 1997), finalista do Prêmio Nestlé. Já Sterzi é autor de títulos como Por que ler Dante (2008) e Saudades do mundo (2022), além de atuar como poeta e curador de exposições.
Criada em 1974, a Fundação Maria Luisa e Oscar Americano reúne em São Paulo uma casa-museu, coleção de arte, concertos, cursos e extensa área verde aberta à visitação. O espaço foi doado à cidade por Oscar Americano, dois anos após o falecimento de Maria Luisa, como contribuição cultural e educativa.
Para saber informações mais detalhadas, visite o site oficial deles.